domingo, 10 de fevereiro de 2008

UM GRANDE SAN-SÃO - Por Rodrigo Curty

Hoje o Campeonato Paulista apresenta aos torcedores o terceiro clássico no estadual. Claro se consideramos apenas os clubes - São Paulo, Santos, Palmeiras e Corinthians.

A expectativa maior é que tenha finalmente o balanço das redes, já que anteriormente o clássico entre Santos e Palmeiras e São Paulo e Corinthians ficaram no zero a zero.

Alguns aperitivos para o clássico é o fato de o Santos precisar vencer, e assim sair de vez da zona de degola. Pelo lado tricolor, a vitória coloca o time no chamado G4. Caso não aconteça, continuará sendo o campeonato dos times do interior, o que para muitos seria uma desonra.

Longe de ser um San-São que contará nas equipes com craques consagrados, boleiros e equilíbrio, pelo menos é certo dizer que será um duelo de Davi e Golias. Até hoje São Paulo e Santos já se enfrentaram em 268 oportunidades,tendo o tricolor vitorioso em 119 jogos, o Peixe em 84 e os dois empataram em 65 oportunidades. Dos grandes de São Paulo, o Santos é o mais tradicional dos fregueses Tricolores.

Os santistas esperam repetir a dose de 2002, quando também com pratas da casa e um time mais novo do que o poderoso tricolor de Oswaldo de Oliveira, venceram as duas partidas das quartas-de-final (1x2 e 3x1), e que abriu o caminho para o inédito título estadual e consagração dos meninos da Vila e também a do Técnico Emerson Leão.

Hoje os tempos são outros, é verdade. O time da Vila atravessa uma fase ruim e precisa mais do que nunca de se afirmar e mostrar que os jovens talentos podem fazer a diferença.

Mas para isso a cobrança não poderá ser muita, caso contrário, jogadores como Alemão, Tiago Luís, Anderson Salles e Carleto serão queimados e consequentemente ficarão longe do sucesso. A torcida da diretoria santista é que os meninos brilhem e assim traga recursos financeiros ao clube que passa por dificuldades.

Pelo lado tricolor, o elenco reduzido, a perda de jogadores importantes como Breno, Leandro, Tardelli e Souza, precisa mostrar a torcida que têm sim força para seguir em frente nas competições do ano. Conta com o retrospecto de Adriano para aumentar o número de gols no campeonato, apenas oito foram marcados, mas se considerar que a zaga é a melhor junto com a do Corinthians, apenas quatro gols sofridos, 1x0 é goleada.

O tricolor não lança jogadores nascidos no CT de Cotia, talvez porque prefira contratar atletas, e porque prefere que as “pratas” tenham primeiramente experiências em clubes de menor expressão. Basta lembrar como fez com a uma de suas últimas grandes revelações, o volante Hernanes que em 2006 passou uma temporada no Santo André e depois excursionou com o time B.

Hoje percebe-se que o resultado de lançar apenas em 2007 no time profissional foi o correto.

Como torcedor de um bom futebol, espero que São Paulo e Santos, com ou sem garotos, com ou sem craques ou carregadores de piano, façam desse como sempre um eterno San-São, repleto de gols, lances empolgantes e sem violência. É que dessa vez nenhum árbitro queira ser o principal figurante.

Sorte aos dois clubes.

Um comentário:

  1. MUITO BOM TEXTO. REALMENTE FOI UM SAN-SÃO COMO NOS VELHOS TEMPOS, MAS DESSA VEZ NÃO FOI O TRICOLOR QUE CHOROU DA ARBITRAGEM.

    ABS E PARABÉNS,
    RENATO

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