quarta-feira, 18 de junho de 2008

Hoje é CESTA-feira! - por Gustavo Cavalheiro

A Tratorada
Como esperado por muitos, o Boston Celtics de Paul Pierce (MVP das finais), Kevin Garnett e Ray Allen sagrou-se campeão da Liga Profissional Americana de Basquete, NBA.

Com uma série de 4 jogos a 2, que teve alguns recordes em baila como a maior virada de um jogo (+20 pontos) por parte do Celtics na casa dos Lakers no jogo 4, a margem de 3x1 (jogos) do Celtics que mais uma vez não quebrada, as atuações brilhantes mas isoladas de Kobe Bryant que carregou o Lakers até ontem e a incrível TRATORADA dos Celtics no jogo final (131x92).

No seu ginásio, o Garden Stadium, os Celtics quebraram o jejum de 22 anos sem títulos e conquistou o 17º caneco com uma temporada em que colocou 3 astros no plantel e estourou o teto de salários da liga. Quando isso acontece, o time é obrigado a pagar o mesmo valor excedente ao teto como multa para a liga que distribui esse valor entre todos os outros times afetados por essa exceção. Aos amantes do Lakers a minha dica é: enquanto não tiver alguém para ajudar o Kobe, esqueçam. E aos torcedores dos outros times: tudo é possível. Celtics foi o lanterna da liga no ano passado e hoje Boston está em festa com muita cerveja irlandesa.


A Iziane do Brasil e os “Meninos” da NBA
O que a jogadora brasileira fez durante a partida contra a Bielo-Rússia é sim um “bom” motivo para que ela sofra e se arrependa muito na frente da telinha, assistindo a seleção a qual ela era a maior estrela, lá em Pequim, enquanto ela vê de pijamas e debaixo das cobertas.

Iziane escancarou a crise do basquete nacional, agora do lado feminino. Negar-se a jogar na seleção, quando ela mais precisa de você por birrinha de ter sido substituída no meio de uma partida é uma imbecilidade e um foco no “EU”, quando mais precisávamos do “NÓS”.

Todos acreditavam que por essas bandas as coisas seriam mais calmas, mas ficou claro pela atitude da Iziane que Janeth deixou a seleção e não conseguimos formar uma sucessora, mas a culpa, como qualquer pereba sabe, está na Confederação Brasileira de Basquete que dormiu enquanto Vôlei, Futsal, Handebol e tantos outros se profissionalizaram. O Basquete “soberbou” sua grandeza e deitou sobre seus campeonatos mundiais, medalhas e após perder isso tudo, deitou até sobre vagas em eventos como Olimpíadas e Mundiais. Tudo bem que a geopolítica européia pulverizou alguns países mas o Brasil deveria estar pelo menos entre os 10 ou 15 maiores times do mundo se a História das décadas 60,70 e 80 fosse minimamente respeitada.

Hoje o basquete nacional é um moribundo fétido que a todo o momento, perde mais um pedaço da sua honra e suja sua História.

Enquanto Iziane, no meio de uma partida decisiva, se sente uma estrela insubstituível e maior que a camisa amarela, os meninos da NBA (ou ratos?) pulam do barco antes dele adernar. Varejão e Leandrinho já pediram dispensa da seleção com laudos médicos de seus times da NBA, assim como Nenê. Mas convenhamos, tirando o motivo médico justíssimo do Nenê, os outros atletas parecem estar dando um “migué” e não se sabe se é algo contra o técnico espanhol Moncho ou ancorado pelos times da NBA que não querem correr riscos de perder seus atletas.


A pergunta que não quer calar é:

Quem vai pagar o seguro de muitos atletas da NBA de outros países? Eles mesmos pagarão seus seguros pela honra de disputar uma Olimpíada com a camisa da sua terra pátria.

A honra de ter uma camisa amarela no peito e representar a sua nação parece não fazer mais a cabeça de muitos atletas nascidos nessa terra dos Bourbons e Bragança.

Um comentário:

  1. Sou a favor de mandar embora mesmo quem não quer vestir com amor e honra as cores nacionais. Seja no basquete, no futebol, enfim, apesar das dificuldades existentes, ainda há brasileiros patriotas que podem e acredito darão alegrias ao Brasil em Pequim.

    abs,
    RVC

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