segunda-feira, 1 de março de 2010

OS VERDADEIROS GRANDES DE SÃO PAULO - Por Rodrigo Curty

Os campeonatos regionais seguem a toda. No Rio de Janeiro já conhecemos o primeiro finalista da taça Rio. Trata-se do Botafogo, de Joel Santana. No Sul, o Grêmio levou um susto, mas derrotou o Novo Hamburgo por 1x0 e também já se garantiu na finalissíma. Em Minas, a dupla Atlético MG e Cruzeiro seguem atrás do líder Ipatinga. Na Bahia, o Ba-Vi mostra equilíbrio, e ambos seguem na liderança de seus grupos.

Enfim, já em São Paulo, a hegemonia não pertence aos considerados grandes. Se o campeonato terminasse hoje, apenas Santos, líder absoluto com 28 pontos e São Paulo com 20 estariam nas semifinais. Será que os três times da capital, mais o Santos, são realmente os verdadeiros grandes do campeonato?

O Santos mostrou mais uma vez que a meninada dará conta do recado. Em minha opinião, o que precisa e acredito acontecerá é Dorival Jr baixar a bola de jovens promessas como Ganso, André e principalmente Neymar que abusou do drible em Chicão, quando a partida estava parada. Tudo bem que este foi, e talvez seja, o único recurso que sobra para aqueles que não batem, e recebem ameaças, mas o mesmo deveria ser feito com a bola rolando. O que ficou claro foi que sem Robinho, o Peixe fica mais solto e menos preocupado em fazer o rei das pedaladas se destacar. É aguardar para ver se na hora “H” os meninos também terão comportamento de gente grande.

O São Paulo vive duas questões que precisam ser resolvidas o quanto antes. A do esquema tático e a do time titular. Ricardo Gomes deve insistir no esquema com três zagueiros, mas no ataque pode ser o maior problema. Ontem, na vitória de 5x1 contra o fraco Monte Azul, Fernandinho estreou e marcou quatro gols, em apenas 45’ de partida. Já se fala na dupla Dagoberto / Fernandinho, mas sinceramente, grosso ou não, Washington não pode ser descartado num esquema onde a bola parada pode fazer a diferença, principalmente nas partidas pela Libertadores.

Já o Palmeiras mexeu na estrutura interna. Mudou de treinador, conseguiu duas boas vitórias contra São Paulo e Flamengo do PI, mas tropeçou contra um modesto Rio Claro por 1x0. É nítida a falta de treinamento de jogadas pelo alto, e a deficiência técnica nas partidas em campo encharcado. Diego Souza e Cleiton Xavier sabem e muito jogar por baixo, mas se não aprenderem a lidar com as adversidades, a equipe ficará fora do G4. Para se ter uma idéia, matematicamente o Verdão precisará de 19 pontos nos próximos 24 que irá disputar. Será que dá?

Já o Corinthians precisa urgente se acertar na parte esquerda do campo. Desde a saída de Douglas, este é um problema na equipe de Mano Menezes. A solução, no meu ponto de vista se chama Danilo, mas que ausente e sem forma não pode provar a tese. Outro problema do Timão é o nervosismo evidente que domina o clube nos últimos jogos. No clássico contra o Peixe, por exemplo, foram mais dois expulsos. Moacir e mais uma vez Roberto Carlos. Antes de reclamar de arbitragem, a equipe precisa fazer sua parte e reconhecer quando outro é melhor.

Termino destacando as equipes do hoje vice-líder Santo André e do Botafogo de Ribeirão Preto. A prova de fogo de ambos será na próxima rodada contra Palmeiras e Corinthians respectivamente.

4 comentários:

  1. Os regionais servem apenas para testar a melhor formação, pois não se pode pensar que o campeão é um baita time e que esteja pronto para um teste mais difícil.

    abs,
    Rui

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  2. O Santos é um time que surpreende, mas sem dúvida em mata-mata o bicho pega.

    Luis Paulo

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  3. Santos, Santos, golllll. Ninguém segura o Peixe em 2010. Vai Neymar!!

    abs,
    Carlos

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  4. Excelente análise, Rodrigaço. Concordo com que escreveram aqui: os regionais servem mesmo para testar a melhor formação para o restante da temporada. No Paulista, invariavelmente, os times grandes que entram com tudo acabam virando o fio no meio do ano. Há de se ter cautela.

    E por fim: dá gosto ver o Santos jogar e o Corinthians, desgosto. Esqueceu o futebol na Copa do Brasil do ano passado. De lá pra cá, é um show de choros e reclamações. Grande abraço!

    Magic!

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