quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM - Por Gustavo Cavalheiro

Sim, essa redundância é mais que necessária!

Na eleição palmeirense na noite de 19 de janeiro de 2011, assistimos um anunciado Blockbuster nonsense. Para alguns um filme de terror, pra outros o fim de um filme pastelão, para muitos “A volta dos que não foram”.

O Conselho do clube falou e a mensagem que ecoou foi límpida e clara: FORA BELLUZZO!

Com 158 votos Arnaldo Tirone bateu Paulo Nobre (96) e Salvador Palaia (21), tivemos o patético voto para Carlos Facchina que era um candidato-backup da oposição e um voto nulo completando o enredo dessa ardilosa trama.

Esse filme não começou ontem, e tem cara de novela em vários capítulos:

Capítulo 1: Em 2005 quando Alfonso Della Mônica venceu Belluzzo por 257 x 201 e logo depois traiu seus correligionários, leia-se Mustafá Contoursi, e se aliou aos de centro (Palaia), se aproximou às forças de Belluzzo e fez um mandato ao estilo do presidente da república Itamar Franco quando substituiu o derrubado Fernando Collor: articulando uma base pela “governabilidade”.

Capítulo 2: Em 2007 é reeleito com o apoio mais articulado da “turma do Belluzzo” venceu o então afilhado de Mustafá, Roberto Frizzo, por 157 x 125 e aportou as condições para algumas mudanças como a vinda do “pojéto do pofexô Luxa” e a parceria costurada pelo, então gerente de planejamento, Belluzzo com a Traffic: resultado? Título Paulista de 2008 tirando o time de uma nova fila.

Capítulo 3: Em 2009 Belluzzo aceita o convite de seu grupo e dos demais alinhados ao Della Mônica para ser o cabeça-de-chapa e vence Roberto Frizzo por 145x123 em um ato que parecia a derrocada final de Mustafá que ficou extremamente isolado dentro da política do clube.

Passado 2 anos, admito que fui ludibriado por Belluzzo e seu discurso de mudanças. Admito que como dizia nosso Ex-presidente Inácio da Silva: Nunca na História do... Palmeiras... os contratos de patrocínio tiveram uma valorização parecida, fato! Pois eram negociados por amadores e começaram a ser explorados ao máximo possível no momento na gestão de Belluzzo, que marcou um gol de placa na feitura da parceria da Arena, mas tal qual um Oséas, Belluzzo cansou de entrar transloucadamente e meter cabeçadas e desferir gols e mais gols contra transformando sua gestão em exemplo. Um exemplo de como não se deve gerir um clube!

Belluzzo não soube ser político, cercado de profissionais das finanças, levou a dívida para práticas Cruzadescas, mas todas corretamente by the book (usando uma expressão do economês), mas não soube delegar a importante tarefa da política aos "profissionais" e aos poucos foi sendo engolido pelos que outrora apoiavam.

Na minha opinião, Belluzzo entrou pra ser DaGuia e virou o Bizú dos presidentes da História do clube! Cipullo foi seu parceiro de trapalhadas Buião, no caso Buinho!

Capítulo 4: A eleição de Tirone eram "favas mais que contadas", somente quem caiu no papo da turma do Belluzzo, que atualmente pode ser chamada de “turma do Cipullo”, podiam acreditar que Paulo Nobre tinha mais de 100 votos.

Tao previsível que tuitei 13h antes

"Hj Tirone vence c/ 155 votos PNobre 85 e Palaia 35!"

foi Tirone 158 PNobre 96, Palaia 21. Errei Pouco! Tirone por 3 e passei 10 do Nobre pro Palaia, mas considerando que eles eram a situação... Acertei muito!

O racha da situação, foi a cena final do capítulo 3 que poderia se chamar “O triste fim de Policarpo Belluzzo Quaresma”.

Palaia cantou de galo, deu um golpe-de-estado ao assumir a presidência temporária na doença de Belluzzo e matou o fim do fim da situação, mas Nobre subiu no tamanco do ego da “turma do Cipullo” e se achou bem mais do que verdadeiramente é. Nobre não é um cara de clube, Tirone é filho de ex-presidente (nasceu politicando nas alamedas) e tinha do lado o quarteto-"fantástico" da política alvi-verde: os 3 últimos ex-presidentes palmeirenses Mustafá, Facchina, DellaMonica e DelNero (presidente da FPF)

Final do pleito: Tirone é eleito!
E DE LAVADA, com todos os vices e quase todo Conselho Fiscal, famoso barba, cabelo e bigode!

Essa é a boa nova pros palmeirenses, agora não veremos mais notícias plantadas em vários pontos, pois a antiga oposição-fantástica que tinha a enorme sanha dos vis pelo poder, agora está na situação.

Sugiro que acompanhem como não teremos o noticiário do apocalipse nos lados da Pompéia por alguns meses, mas veremos um time daqueles... BB (bom e barato) que da última vez virou BBB (bom e barato na série B)!

O lado ruim, além do BBB eu tenho medo... isso mesmo, medo do sangue na boca de parte dos Mustafistas que tiveram quase 5 anos pra planejar sua VENDETTA.

Não podemos tolerar a volta de listas-negras, censuras e arbitrariedades ditatoriais, mas acredito que agora não teremos mais o clima de Virgens do Cabaré dos tempos de Belluzzo. Agora o jogo será jogado, boa sorte Palmeiras! (espero que você não precise)


Imagem: Jabba, the Hut - Star Wars

(http://static.skynetblogs.be/media/11108/dyn008_original_1024_768_pjpeg_2632966_f3fe48a02bd9e910bc0c451e4a5db6f0.jpg)

3 comentários:

  1. Sou saopaulino, mas fiquei triste pelo que aconteceu com o Prof. Beluzzo. Trazia consigo a proposta de agir corretamente, de maneira ética e responsável, mas foi traído pela paixão. Ao cair levou consigo a utopia do correto, referendando o atuar corrupto como o mais eficiente (senão único) e ponto final. Uma lástima!

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  2. É torcer para que dê certo.

    Pior, pode ficar.

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  3. Guz, infelizmente o Palmeiras vive há muito tempo situações complicadas. Arrisco dizer que desde o fim da parceria com a Parmalat. É nítida a impressão que tanto situação quanto oposição que terá a chance de mudar a maré ruim brigam contra um bom Palmeiras e somente pensam em si.

    Vamos ver o que vai dar. Abraço,
    RVC

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