sexta-feira, 3 de junho de 2011

DÉJÀ VU DA LIBERTADORES - Por Rodrigo Curty

E o mundo conheceu ontem o adversário do Santos na final da Libertadores de 2011. Trata-se do valente e dedicado time do Peñarol. Os uruguaios garantiram vaga de forma suada, em Buenos Aires. Nem mesmo a derrota por 2x1 para o Vélez Sarsfield tirou a empolgação da equipe de voltar a uma decisão no torneio, após 24 anos. A última vez foi em 87 contra o América de Cali(Col).

Para repetir a dose de levantar o caneco, o atual treinador uruguaio, o responsável pelo gol do título, em 87, Diego Aguirre sabe que será preciso tomar cuidado com Neymar e Cia. Mas, é importante ressaltar que aos poucos o futebol uruguaio retoma seu espaço na América do Sul. Foi assim na última Copa, na África do Sul, quando a Seleção local terminou no surpreendente 4ªlugar.

Nesta edição da Libertadores muito do Peñarol que já conquistou cinco taças (1960, 1961, 1966, 1982 e1987) foi testado. Após ficar em segundo de seu grupo, passou com vitória contra o Internacional, fora de casa, fez a lição de casa contra Universid Católica e Vélez, ao ponto de poder ser derrotado fora de seus domínios em ambas as partidas por 2x1.

Ao mesmo tempo que falta um pouco mais de técnica, a mesma é compensada pela raça, entrega e esquemas táticos. É importante o Santos prestar atenção nesta determinação para segurar a pressão, principalmente no 1º duelo, no estádio Centenário, que mais uma vez vai estar preenchido por 60 mil apaixonados gritando, soltando fogos, e sacudindo bandeiras, além de ficarem embaixo da maior de todas já exibidas em estádios. A bandeira do time Carboneiro tem 309 metros e quase 46 m de largura.

O Peixe, por sua vez também sabe lidar com pressões. Foi assim que chegou novamente nesta decisão. Passou por equipes como Once Caldas, na altitude e pelo Cerro Porteño, em uma panela de pressão. Isso sem falar da experiência de Muricy Ramalho no banco e jogadores sem medo de cara feia como Elano, Neymar e provavelmente Paulo Henrique Ganso. É sabido que o time brasileiro é mais técnico e que conta com mais jogadores que decidem, mas como diz o próprio comandante santista "A bola pune".

Cabeça no lugar, pensamento positivo e duas boas noites(15 e 22) vão decidir o campeão 2011. É importante pensar que uma derrota fora de casa não significará a perda do troféu, mas para isso marcar gols na casa do adversário será essencial.

A única coisa que se pode afirmar é que a final já faz história. Um verdadeito Déjà vu, afinal Santos e Peñarol se enfrentaram há 49 anos. Na ocasião os brasileiros levantaram o troféu. A expectativa para muitos brasileiros, inclusive a minha é para que a história se repita no final e o Peixe chegue ao seu terceiro título na competição (62 e 63). O motivo é simples - No final do ano, os deuses do futebol pode nos presentear com um duelo entre Neymar e Messi.

Até a próxima!

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