segunda-feira, 12 de novembro de 2012

SEGREDOS DE UM CAMPEÃO - Por Rodrigo Curty

E nesta última rodada do campeonato brasileiro foi conhecido o campeão. Trata-se do Fluminense. O tricolor das Laranjeiras, chegou ao seu quarto título nacional(70, 84, 2010,2012), sendo o segundo em três anos. 

O torneio ainda terá bastante equilibrio na parte mediana da tabela, contou com disparidades na parte de cima. O Atlético MG foi e ainda é um time a ser batido em casa, mas fora dele não teve as mesmas atuações, e por isso não conseguiu a conquista, e pior, caiu para terceira posição.

Mas vamos falar do campeão. O time carioca foi muito bem dentro e fora de casa, contou para muitos com erros cruciais da arbitragem para chegar ao objetivo. Opiniões devem ser respeitadas, mas sinceramente é pura besteira pensar que o título veio, graças a isso. o tricolor em 35 rodadas foi batido apenas três vezes, conquistou 22 vitórias, 10 empates, marcou 59 gols e sofreu apenas 28. Então, é ou não é uma campanha digna de um campeão?

O futebol a cada dia nos mostra que nem sempre o clube mais estruturado, o de salários em dia, o que mais conta com jogadores espetaculares é o que no final levanta a taça. O Fluminense, por sua vez tem um pouco de cada situação. Conta com uma estrutura relativamente boa, longe do ideal para um clube que há um bom tempo luta sempre pelas primeiras posições. 


O elenco atual é acima da média de 1 a 22, e ainda possui um investidor que assusta as outras agremiações. A Unimed foi tão fundamental quanto o melhor goleiro do torneio, Diego Cavalieri, as laterais e a regular zaga, o meio eficiente com Edinho, Jean, Thiago Neves, Deco, entre tantos outros que de alguma forma contribuiram. Mas, talvez um fundamento inquestionável fora a patrocinado para decretar o título foi o ataque. Wellington Nem voou, e Fred, bem este dispensa comentários. Presença de área, qualidade técnica, vibração e sorte, mas esta sempre acompanha os competentes. 

O Fluminense foi mais competente do que qualquer equipe, foi aguerrida, focada, unida e menos deslumbrada em todos os momentos. Contou com um torcedor apaixonado, e que fica a cada conquista mais mal acostumado. Antes que questionem a falta, Abel Braga teve sim sua parcela na conquista, apesar de não ter conseguido, no meu entendimento fazer com o elenco que tem em mãos dar shows, com raras exceções pontuais, durante algumas partidas, não interessa. O torcedor de hoje é menos romântico e mais cobrador. Quer é ver seu time levantar taças, mesmo que sem brilho. 


A questão que fica para a próxima temporada é se o tricolor carioca finalmente conquistará a sonhada Libertadores, se o elenco será reforçado ou mantido, e principalmente se haverá planejamento numa possível saída futura de seu investidor. É aguardar para ver.


Por enquanto é parabenizar o futebol carioca que na era dos pontos corridos chegou ao terceiro título contra seis dos paulistas e um dos mineiros, e a torcida pó-de-arroz por mais uma conquista junto com o time de coração. 

Até a próxima! 

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