sexta-feira, 31 de maio de 2013

COMPETÊNCIA E SORTE DE CAMPEÃO - Por Rodrigo Curty

E foi por pouco que o Atlético MG não se despediu da Copa Libertadores da América. O adversário, o novato Tijuana(Mex) valorizou demais a passagem da equipe mineira às semifinais do torneio. O ambiente pré-jogo foi como sempre o mesmo. Estadio Independência para variar lotado e empolgado com o Galo, mas nem os mais otimistas atleticanos poderiam esperar uma partida tão dramática e sem dúvida a que determinou o maior drama da equipe até aqui na competição. 
O resultado de 2x2 no primeiro duelo foi determinante para tanta confiança, afinal o time brasileiro se classificaria com um simples 0x0 ou 1x1 e na pior das hipóteses, levaria a decisão para as penalidade no empate em 2x2. 
O clima de festa aos poucos foi tranformado em nervosismo. O time mexicano veio para vencer. De forma exemplar conseguiu parar o ataque do Galo. Marcou bem os cérebros da equipe, visto que Ronaldinho ficou aquém do que se espera. Bem postado defensivamente, e com rapidez nos contra-ataques, abriu o placar com um golaço de Reascos. A pressão continuou e o goleiro Victor já começava a fazer história. Mas na casa do Horto quem manda é o visitante. Em jogada típica de treinamento exaustivo de Cuca, Réver empatou para delírio e alívio dos torcedores. 
Parecia que ali, a vitória viria em questão de tempo, mas o que se viu na etapa final foi um Atlético nervoso, correndo contra o tempo, quando na verdade poderia esperar, uma vez que jogava pelo resultado. O Tijuana pressionou, mandou bola no travessão, perdeu gols e viu o arqueiro atleticano em noite iluminada. Foi assim pouco antes dos 30' onde salvou um gol feito. A agonia seguiu até os acréscimos, onde aos 47', uma penalidade infantil de Leonardo Silva poderia jogar todo o projeto por água abaixo. 
Reascos chamou a responsabilidade, e em um silêncio profundo no Horto, a bola do jogo estava entre ele e Victor. Melhor para o arqueiro que se adiantou ou não, teve méritos para pegar a cobrança com os pés e transformar o silêncio em alívio, choro, euforia, preocupação e a certeza que a conquista do título está cada vez mais vivo entre o elenco.
Agora é descansar, perder um ritmo que pode ser determinante, já que a parada para a Copa das Confederações, apesar de ser para todos, prejudica quem está em êxtase e louco para baixar a adrenalina.
A certeza aqui também é outra. Encarar uma equipe argentina que também tem o desejo de conquistar à América pela primeira vez não será tarefa fácil. Newell's Old Boys vem muito bem e confiante. Conta também com uma equipe experiente e promete atrapalhar os planos brasileiros. É aguardar para ver, quem daqui sai para encarar o vencedor do tricampeão Olímpia(Par) contra o também virgem das américas Independiente de Santa Fé.
Até a próxima!

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