quinta-feira, 29 de maio de 2014

FLAMENGO NA BEIRA DO CAOS - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez o Flamengo decepcionou seu torcedor no campeonato brasileiro. Desta vez, os comandados de Ney Franco não passaram de um empate por 1x1 contra o Figueirense. 
O rubro-negro definitivamente não consegue se acertar, falha na parte técnica, física, emocional, e por aí vai, mas de quem é a culpa?
Cada um pode ter a sua resposta, a minha é devido a falta de planejamento, intromissões de terceiros no comando do futebol, desorganização na gestão do clube como um todo e, principalmente pela imaturidade profissional que impera na Gávea, o que é sabido de todos e que não é de hoje.
Se no começo do torneio a meta era fazer pelo menos 18 pontos, hoje a realidade para se chegar nessa pontuação é algo que parece impossível. O time tem muitas limitações, mas sinceramente, se analisarmos friamente, chegaremos a conclusão que o elenco está no mínimo entre os dez melhores do Brasil. Ora, jogadores como Felipe, Léo Moura, André Santos, Chicão, Elano e Alecsandro jogariam em qualquer clube, porém não engrenam, seja por desmotivação, seja por estarem rachados entre eles.
É lógico que isso é tudo besteira. O fato é que mesmo se o Flamengo estivesse uma máquina, na forma que é escalado e organizado taticamente também não conseguiria os frutos. 
A política inicial da nova gestão do futebol deu uma segurança ao fanático torcedor e criou expectativas, afinal a promessa de que as dívidas seriam sanadas, de que o time disputaria os títulos importantes e sempre entraria para brigar pelas primeiras posições não ocorre em sua totalidade. É claro, que de fato muita coisa melhorou, mas a falta de experiência do comando nas atuais cobranças da torcida pelos resultados, empenho, respeito e comprometimento deve fazer o clube a tomar medidas que serão prejudiciais a longo prazo.
Por exemplo, trazer Montillo para ganhar R$700 mil, Fernandinho, Bernard, Júlio César com salários altíssimos para os padrões Bandeira de Mello pode ajudar o time a se manter na elite em 2015, mas como esses lidariam com os jogadores que ganhariam bem menos? 
A receita é simples, basta chamar o elenco e jogar limpo. Saber quem está realmente comprometido, interessado em dar a volta por cima, e ao mesmo tempo ter um treinador que seja aberto as sugestões táticas passadas pelos jogadores. Cada hora o Flamengo joga de uma forma e por isso não encontra um padrão. Isso sem falar que Ney Franco demonstra a cada rodada que definitivamente não tem o perfil do clube e prefere a teimosia do que a harmonia.
Faltam 30 rodadas para o término da competição, mas está provado que esse papo de "que ainda temos muito campeonato", "o time tem que levantar a cabeça", "a bola não quer entrar", entre outras desculpas colocará o tradicional time carioca cada vez mais na Beira do Caos e na piração total.
É aguardar para ver os próximos passos, mas se pudesse dar uma dica, diria para o time de futebol se espelhar no basquete, que aos trancos e barrancos nos problemas enfrentados, jogam a vida para fazer do clube um vencedor.
Até a próxima!

Um comentário:

  1. Não há exceção neste Brasileirão.
    Ou o time se organiza para competir ou não se qualifica a tal.
    Isto é o futebol no Brasil atualmente. Se a Copa tivesse sido bem sucedida em sua organização, os times também seriam. Mas não é esta a situação do Brasil. Paga Flamengo, etc.

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