segunda-feira, 5 de maio de 2014

O NÍVEL BAIXO DO FUTEBOL BRASILEIRO - Por Rodrigo Curty

O Brasileirão já começou, mas ainda não empolga a grande massa. Seja por questões que envolvem a proximidade da Copa do Mundo, seja pela falta de motivação com as equipes ou simplesmente porque o espetáculo não vale o que está custando. Independente de qual seja a razão, o fato é que o brasileiro vive e respira futebol, porém espera no mínimo um nível de qualidade superior do que foi apresentado nessas três primeiras rodadas.
Para quem não acompanhou desde o início, mas cravou o atual campeão Cruzeiro, Internacional, Corinthians, São Paulo, Fluminense e Grêmio como postulantes ao título desse ano, se surpreendem ao ver que nem todos dão conta do recado. Não há nenhum super time no momento, o que gera uma competição equilibrada e com possibilidade de constantes altos e baixos.
Basta analisar que os três primeiros lideram o certame ao lado do inexplicável Goiás. Os tricolores carioca, baiano e paulista estão logo atrás. A questão é que destes, o São Paulo ainda não encantou e, de quebra já criou burburinhos entre técnico e jogadores, isso sem falar que a nova gestão anda complicando as relações com outras agremiações. Erros e acertos sempre serão vistos nos clubes brasileiros, o que não pode é deixar de mostrar quem é que manda.
A surpresa mesmo é vermos Botafogo e Atlético MG na zona de rebaixamento. O Glorioso está mal desde o regional e se não se ajustar logo, essa conversa de que falta muitas partidas poderá custar caro. O Galo, por sua vez precisa se encaixar. Está nítido que Levir Culpi não agradou o elenco e, time que não joga como deve derruba treinador, por isso é bom o último campeão da América se ligar.
O mesmo serve para os paulistas Santos e Palmeiras. O primeiro que já jogou duas partidas com o mando de campo só empatou e marcou apenas um gol. A maré está ruim para Oswaldo de Oliveira e Leandro Damião. No Palmeiras, o cenário não é diferente. O elenco precisa esquecer de vez a saída de Allan Kardec e focar no ano de seu centenário para não fazer feio. Gilson Kleina não é unanimidade como parece, o elenco é tecnicamente fraco e cobra entre aspas por reforços urgente. Sem Fernando Prass, machucado as coisas tendem piorar ainda mais entre time e torcida. 
Na zona intermediária, o Flamengo que passou pelo Palmeiras também deve se atentar. Jayme de Almeida inventou uma formação, mas se recuperou ao colocar Mugni para fazer o time girar.Com problemas de contusões de peças importantes e sem reforços para algumas posições, a tendência é que o rubro-negro fique mesmo entre os doze primeiros. Já o Grêmio me parece mais equilibrado e com possibilidades de retornar a Libertadores.
Nas equipes catarinenses o sinal de alerta está ligado. O Figueirense retornou e sequer marcou um gol. Três derrotas e pressão sem tamanho. O Criciúma deve ser o melhor classificado dos três, já que a Chapecoense também não demonstra poder de reação. O restante dos participantes que me perdoe, mas provavelmente lutem apenas pela permanência na Elite em 2014.
Vale lembrar que a bola no Brasileirão rola até a nona rodada e, acredite, muita coisa vai mudar, a questão é saber como cada equipe irá lidar com um período de 40 dias até a décima rodada, com as cobranças da torcida, jogadas nos bastidores, entre outras coisas que estamos carecas de saber.
Até a próxima!

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