quinta-feira, 12 de junho de 2014

A COPA É DO BRASIL - Por Rodrigo Curty

E finalmente chegou o dia. A bola vai rolar para mais uma Copa do Mundo da FIFA. 
O Brasil que durante toda a sua preparação passou por um período de insatisfação, preocupações, incertezas e muito mais erros que acertos, hoje comemora o fato de após 64 anos ser novamente o centro das atenções no mundo da bola.
Grandes Seleções estarão frente a frente em busca da taça FIFA no dia 13/07. Vejo o Brasil, Alemanha e Argentina como favoritas, mas jamais descartaria a atual campeã Espanha, a experiente Holanda, a expressiva Itália, e as possíveis surpresas França , Uruguai e Bélgica. 
A tendência é que das oitavas de final para frente, tenhamos só partidas clássicas com cara de final. Por isso o país, mesmo que não em sua totalidade está em festa, é certo de que no campo a história é outra. A hegemonia de ser o único pentacampeão tem seu peso e incomoda os adversários. O brasileiro há um bom tempo se preocupa mais com seu clube de coração do que propriamente com a Seleção Brasileira, porém na Copa a magia é outra e a torcida para mais uma conquista não poderia ser diferente de Norte a Sul. 
A Seleção Brasileira vai precisar de muito apoio para chegar ao tão sonhado hexacampeonato. A equipe tem a cara de Felipão, homem de pulso forte, que sabe talvez como ninguém juntar um grupo para competições de tiros curtos, mas é graças a Parreira que o time consegue se estabelecer taticamente. A união dos dois treinadores vencedores é uma vantagem a mais, porém sem o apoio total de um povo com mais de 200 milhões de habitantes, as expectativas, o clima bom e o emocional podem ir por água abaixo.
Para chegar a sexta conquista serão necessários passar por sete seleções. As três primeiras já conhecemos: Croácia, México e Camarões. 
A primeira chega com banca, desfalcada e confiante que pode estragar a festa nacional. A equipe é boa tecnicamente, principalmente do meio para frente. Conta com jogadores que atuam na Europa e são destaques em seus clubes. A escola futebolística é fria e calculista. É um time que inspira cuidados, mas jogando em casa é obrigação do Brasil mostrar quem é que manda. O segundo gosta de atrapalhar os planos do Brasil, mas não deve ser um problema, e o terceiro pelas tradições africanas deve ser atropelada.
Um dos aspectos que a Seleção Brasileira me preocupa é a falta de experiência. O fato de estar em casa, e se não jogar o esperado receber vaias, e consequentemente pressão do adversário e perder o controle. Sinto que falta mais vibração quando alguma jogada dá certo e mais certeza que os erros e acertos serão compartilhados. O time tem que provar que todos jogarão para todos e não apenas para um, afinal não há motivos para esse grupo entender que na vitória todos ganham e num possível tropeço apenas alguns serão culpados, afinal em qualquer esporte, ganhar e perder faz parte, e assim espero que o que tiver que acontecer que seja de forma leal e não com dúvidas de esquemas arquitetados anteriormente. 
Neymar é o nosso craque e chega com grande pressão nos ombros. Ele aparentemente se mostra tranquilo quanto a isso, mas deve saber que será sim a peça mais importante, mas não o fator dependente. O Brasil tem que saber usar bem de sua espinha dorsal. Julio Cesar no gol, uma zaga equilibrada, mas às vezes assustada, o bom apoio dos laterais Daniel Alves e Marcelo, desde que contem com ajuda dos volantes Paulinho e Luiz Gustavo. O meio de campo com o rápido Oscar que deve ter o apoio de Hulk na marcação e objetividade para abastecer o ataque que não poderá dar o luxo de desperdiçar as chances. Neymar e Fred tem tudo para serem os protagonistas da Copa, mas devem estar leves emocionalmente e mentalmente bem concentrados. 
Vejo muitas oportunidades de vitória através da bola parada. Haja coração. Prepare sua torcida, torça com alegria, grite, ria, chore, mas jamais perca as estribeiras, mesmo porque trata-se apenas de partidas de futebol.
Vai Brasil! Até a próxima!



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