Hoje
eu poderia falar apenas sobre a merecida vitória de 1x0, na base da
raça do São Paulo sobre o interessante, porém incompetente time do
Huachipato (Chi), no Morumbi, pela Copa Sul-Americana.
Por que não citar os jogos da
série B que está cada vez mais equilibrada na parte de cima e com a
possibilidade de equipes tradicionais caindo para a série C?
Poderia
falar também das belas partidas da Champions League, entre elas dos
golaços da partida entre PSG e Barcelona. Outra pauta interessante
seria, é claro, das partidas das quartas de final da Copa do Brasil que
movimentam a noite de hoje, mas não farei isso.
É
que o futebol brasileiro, apenas para variar atravessa um período
crítico em sua maior instituição, a CBF. O órgão que ultimamente ou
porque não, desde sua existência está sempre em evidência de forma
negativa. Mas a culpa seria apenas dela? É claro que sabemos ou
imaginamos que as amarrações com A ou B também colaboram para o retrato
do que é nossa competição. Equipes falidas, dependentes de estatais, sem
estrutura para desenvolver novos talentos, e os que fazem, infelizmente
viram reféns de empresários e equipes de fora com dinheiro impossível
de dizer não.
Pois
bem, a CBF também é a principal culpada pelo que vimos hoje pelos
gramados do futebol brasileiro, onde ainda acreditam ser o país do
futebol. Ao invés da Instituição ser um exemplo de regulamento, regras,
inclusões de profissionais capacitados, prefere tapar o sol com a
peneira. Para piorar quando precisa tomar alguma decisão disciplinar
conta com o STJD, que por sua vez faz uma lambança ainda pior e questão
de posar como parte da falta de evolução.
Desta
vez, acredite se quiser, o tribunal acertou com o caso Emerson Sheik,
ora acertou? Claro que o cidadão, esportista ou não tem o direito de
dizer aquilo que pensa expressar sua insatisfação, mas desde que assuma e
aguente as consequências. Quatro partidas de suspensão ficaram sim de
bom tamanho, pois em caso de punição maior, arrisco dizer que a classe
de atletas, que acredite se quiser é bastante unida e menos hipócrita do
que possa parecer, não aceitaria ver o jogador do Botafogo fora da
competição, uma vez que a maioria pensa igual, mas não tem coragem de se
expor. Não é de hoje que Sheik cria polêmica e que não está nem aí para o
que pensam ou deixam de pensar, o problema é que a atitude incomoda uma grande classe.
Agora sem
paixão, mas desejava ver se fosse um outro atleta que tivesse feito o
que fez ou se Sheik defendesse outra agremiação, afinal o clube carioca passa por sérios problemas financeiros e de gestão, fora que dizem ter benefício do Supremo, sinceramente não sei se é o caso, basta analisarmos friamente que o Corinthians, por exemplo foi beneficiado com a pena mínima aplicada ao jogador Petros.
Cheguei nessa análise para defender que o problema CBF e STJD é o administrativo. Ambos parecem não se importar com a classe de arbitragem, que diga-se de passagem está muito ruim, porém é tido como o único culpado. Aí o grande problema. A classe está "magoada", ameaça fazer greve, ora é muito mimimi por nada. A arbitragem tem é que lutar pelos seus direitos de outra forma. Brigar por condições de trabalho mais adequado e não choramingar e reclamar da perseguição por culpa própria.
Vamos ver se o futebol brasileiro definitivamente amadurece em todos os pontos. A Copa do Mundo passou, os exemplos de como se deve fazer foram vistos, mas infelizmente a tendência é que o país também nesse segmento engatinhe se pressa de levantar.
Até a próxima!
O Blogger tocou em um ponto crítico, mas que mostra onde se encontra a causa da deterioração do nosso maior orgulho esportivo - o futebol: é a nossa organização. Leia-se CBF.
ResponderExcluirEsta é a Entidade que deveria zelar para fazer grande nosso esporte. Ao contrário, entretanto, dele se aproveita em uso próprio. Está rica e os Clubes que deveriam ser Empresas e lucrar com o que produz, está ficando pobre ou já na penúria. Mas por sua culpa também, em grande parte, pois "cartolam" à revelia dos torcedores seus poderes de serem Presidentes e Dirigentes de Clubes, atrás de poder e grana.
O STJD não sabe julgar, segue seu próprio modelo. Danem-se os Clubes que recorrem à justiça comum quando é contra ele.
Portuguesa por exemplo, que o diga. Seguem o padrão FIFA. Precisa de mudança sim e o assunto exposto está legal, mas sugiro que o blog não gaste seu talento com a política do futebol e sim com o que conhece do campo, arte, cultura e maravilha que o futebol representa para a galera.
E o blogger técnico é que vamos assistir. Valeu.