O Cruzeiro manteve a expectativa e conquistou mais um título brasileiro. Depois
de manter a ótima média no torneio, o time mineiro sobrou. A mesma fórmula do
ano passado deu resultado. A equipe que conta com um elenco homogêneo,
jogadores experientes e um treinador que provou saber controlar o emocional,
agora mais do que nunca servirá de exemplo para os que acreditam que apenas
trazer jogadores caros é certeza de conquistas.
O fato é que a Raposa precisou chegar quase no fundo do poço para se
reinventar, recuperar jogadores esquecidos e desgastados em suas equipes. O
planejamento foi essencial para a conquista do bicampeonato ou se preferir o
quarto título da Celeste. Curioso ou não, essa foi a terceira conquista na era
dos pontos corridos, feito conseguido apenas com o São Paulo. Se a fórmula
ainda não agrada em sua totalidade, o certo é que mudar de forma desorganizada
nesta altura dos acontecimentos não seria uma sábia decisão, porém ainda
insisto que uma análise de juntar os pontos corridos com um mata-mata na reta
final, talvez não fosse uma má ideia.
Hoje o torcedor do Cruzeiro sorri à toa. Se a campanha, apesar de não ter
sido tão irretocável como a do ano passado, no qual o Cruzeiro venceu todos os
adversários, nessa ficou apenas o gosto amargo de não ter conseguido bater seu
maior rival, algo aliás que pode ser amenizado, em caso de conquista da Copa do
Brasil, mas isso eu conto em outra oportunidade.
Os comandados de Marcelo Oliveira chegaram a conquista, após vencer o
Goiás por 2x1, debaixo de dilúvio no Mineirão. Foi suado, sofrido, tenso e
merecedor. Ricardo Goulart e Everton Ribeiro mereciam triunfar, assim como Fábio,
questionado por alguns como amarelão na hora H.
A meta agora do clube que chegou ao título com 76 pontos é aproveitar as
duas últimas partidas para chegar aos 79 e ultrapassar o São Paulo que em 2006
somou 78 pontos e até hoje carrega o título do clube com o melhor retrospecto.
Alguém dúvida?
Sinceramente, os números são bem favoráveis a isso. Para se ter uma ideia,
apenas no primeiro turno, o Cruzeiro somou 43 pontos, após vencerem 13
dos seus 19 jogos, empatarem apenas quatro e derrotados em duas oportunidades. O
aproveitamento foi de 75,4% dos pontos disputados.
A Raposa na era dos pontos corridos foi o clube que mais tempo se manteve
na liderança. Terminará com 33 rodadas nesse posto. O São Paulo em 2006 foi
líder por 27 rodadas consecutivas. Foram 23 vitórias, 7 empates e apenas seis
derrotas.
Ano que vem, a ambição será pela Libertadores. O clube, apesar das
conquistas recentes deve se desmantelar. Jogadores rodados, mas também os que
se destacaram podem estar de saída. A grana vai falar alto. Vamos aguardar.
Até a próxima e parabéns ao campeão que honrou o seu hino de tão
combatido, jamais vencido.
Sem dúvidas, Cruzeiro virou Real.
ResponderExcluir( comparativo com nosso padrão monetário ).
O Time tem uma infra estrutura fantástica que, aliada a sua administração objetiva e planejada, tem muito ainda a alcançar. Os outros clubes que o respeitem e o imitem, se não não concorrerão com ele. Parabéns aos cruzeirenses. Quatro títulos, por enquanto. Mas na Copa Brasil, acho que o Galo vai cantar e o poleiro dele será invejado, porque está muito bem também em termos de planejamento e administração. Merece levar.