segunda-feira, 24 de novembro de 2014

UM BICAMPEONATO IRRETOCÁVEL - Por Rodrigo Curty


O Cruzeiro manteve a expectativa e conquistou mais um título brasileiro. Depois de manter a ótima média no torneio, o time mineiro sobrou. A mesma fórmula do ano passado deu resultado. A equipe que conta com um elenco homogêneo, jogadores experientes e um treinador que provou saber controlar o emocional, agora mais do que nunca servirá de exemplo para os que acreditam que apenas trazer jogadores caros é certeza de conquistas.
O fato é que a Raposa precisou chegar quase no fundo do poço para se reinventar, recuperar jogadores esquecidos e desgastados em suas equipes. O planejamento foi essencial para a conquista do bicampeonato ou se preferir o quarto título da Celeste. Curioso ou não, essa foi a terceira conquista na era dos pontos corridos, feito conseguido apenas com o São Paulo. Se a fórmula ainda não agrada em sua totalidade, o certo é que mudar de forma desorganizada nesta altura dos acontecimentos não seria uma sábia decisão, porém ainda insisto que uma análise de juntar os pontos corridos com um mata-mata na reta final, talvez não fosse uma má ideia.
Hoje o torcedor do Cruzeiro sorri à toa. Se a campanha, apesar de não ter sido tão irretocável como a do ano passado, no qual o Cruzeiro venceu todos os adversários, nessa ficou apenas o gosto amargo de não ter conseguido bater seu maior rival, algo aliás que pode ser amenizado, em caso de conquista da Copa do Brasil, mas isso eu conto em outra oportunidade.
Os comandados de Marcelo Oliveira chegaram a conquista, após vencer o Goiás por 2x1, debaixo de dilúvio no Mineirão. Foi suado, sofrido, tenso e merecedor. Ricardo Goulart e Everton Ribeiro mereciam triunfar, assim como Fábio, questionado por alguns como amarelão na hora H.
A meta agora do clube que chegou ao título com 76 pontos é aproveitar as duas últimas partidas para chegar aos 79 e ultrapassar o São Paulo que em 2006 somou 78 pontos e até hoje carrega o título do clube com o melhor retrospecto. Alguém dúvida?
Sinceramente, os números são bem favoráveis a isso. Para se ter uma ideia, apenas no primeiro turno, o Cruzeiro somou 43 pontos, após vencerem 13 dos seus 19 jogos, empatarem apenas quatro e derrotados em duas oportunidades. O aproveitamento foi de 75,4% dos pontos disputados.
A Raposa na era dos pontos corridos foi o clube que mais tempo se manteve na liderança. Terminará com 33 rodadas nesse posto. O São Paulo em 2006 foi líder por 27 rodadas consecutivas. Foram 23 vitórias, 7 empates e apenas seis derrotas.
Ano que vem, a ambição será pela Libertadores. O clube, apesar das conquistas recentes deve se desmantelar. Jogadores rodados, mas também os que se destacaram podem estar de saída. A grana vai falar alto. Vamos aguardar.
Até a próxima e parabéns ao campeão que honrou o seu hino de tão combatido, jamais vencido.

 

Um comentário:

  1. Sem dúvidas, Cruzeiro virou Real.
    ( comparativo com nosso padrão monetário ).
    O Time tem uma infra estrutura fantástica que, aliada a sua administração objetiva e planejada, tem muito ainda a alcançar. Os outros clubes que o respeitem e o imitem, se não não concorrerão com ele. Parabéns aos cruzeirenses. Quatro títulos, por enquanto. Mas na Copa Brasil, acho que o Galo vai cantar e o poleiro dele será invejado, porque está muito bem também em termos de planejamento e administração. Merece levar.

    ResponderExcluir