quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O DURO FIM DO CASAMENTO - Por Rodrigo Curty

Hoje o torcedor do Fluminense começou o dia bem preocupado com a notícia do fim da parceria da Unimed com o clube. É bem verdade que o anúncio desta possibilidade já vinha sendo tratado nos últimos 40 dias. Se de fato é sabido que tudo que é bom dura pouco e que nada é para sempre, sinceramente arrisco dizer que o casamento seria mantido, em caso de participação do time na Libertadores de 2015, mas não houve jeito.

O clube, assim como praticamente todos no país atravessa uma crise financeira incontrolável. Era questão de tempo para terminar o que já há algum tempo era insustentável, principalmente por parte dos presidentes do tricolor, Peter Siemsen e o da cooperativa de médicos, Celso Barros.

Apesar do fim da relação, a promessa é que alguns assuntos ainda gerem mais capítulos de bastidores, entre eles o de como ficará a folha de pagamentos de alguns jogadores.
Por enquanto o que está certo é que a Unimed Rio, por questões estratégicas de marketing e também por sofrer graves questões financeiras não pagará mais os direitos de imagens dos atletas que ainda estão com o contrato em vigor.

De qualquer maneira, a cooperativa deve honrar até o final os contratos vigentes com vários jogadores como Fred, Conca, Rafael Sóbis, Walter, Wagner, Henrique e Jean. Esses atletas recebem direitos de imagem da empresa, o que representa 50% a 80% de seus vencimentos.

Para se ter uma ideia, a patrocinadora com esses atletas conta com uma despesa que gira em torno do R$5 milhões, sendo que só Fred e Conca juntos somam cerca de R$ 1,3 milhão por mês.

O que fica no ar é se o Fluminense está preparado para andar com os próprios pés e se terá estrutura para seguir forte sem essa grande ajuda de 15 anos. Fora isso, apresentar em curto espaço de tempo resultados tão expressivos como nos tempos da parceria, afinal nos 15 anos de casamento foram vários títulos. Dois brasileiros da série A em 2010 e 2012, a Copa do Brasil em 2007 e a série C em 1999.  Pelo regional vieram o Campeonato Carioca em 2002, 2005 e 2012. Mas o sonho de levantar um título internacional, apenas passou perto como o vice-campeonato da Libertadores em 2008 e da Copa Sul-Americana em 2009.

Sinceramente eu vejo o clube das Laranjeiras com um futuro bem complicado. Algo bem parecido com o que o Palmeiras passou, após romper com a Parmalat. Realidade dura, mas necessária para tomar às rédeas. É claro que é difícil aceitar da forma que foi, de esperar o fim sem que se organizasse, mas um clube com tamanha grandeza não poderia mais seguir refém de um patrocinador.

Agora é juntar os cacos, reviver os tempos em que lançava bons juvenis e saber conviver com os torcedores rivais que insistem em dizer que o time se beneficiou de quedas e punições pela força da cooperativa junto as entidades esportivas.

É bom o torcedor pó-de-arroz se acostumar com a dura realidade do rompimento. O adeus de Diego Cavalieri, Valencia, Wagner, Walter, Jean, Gum, Diguinho, Sóbis, Fred,Conca, entre outros se aproxima, assim como será que o Fluminense seria escalado? Só o tempo para dizer, por enquanto é aceitar que Celso Barros já não ajuda mais.  

Até a próxima!




Um comentário:

  1. O que pergunto é o seguinte:
    Brasil descendo a ladeira com sua economia em queda e o caso da corrupção devastadora, coisa que só mata orçamentos, qual o Clube que terá condições de dar salários nababos a seus jogadores? O Fluminense não é um deles. E não vejo nenhum outro sendo capaz de ter patrocínios milionários daqui prá frente. Pé no chão será a nova regra a ser implantada e seguida por todos.

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