E mais uma decisão da Copa SP de futebol JR se aproxima. Nas semifinais
tivemos o bom time do Palmeiras sendo derrotado pelo surpreendente e envolvente
Botafogo-SP por 2x1. O Botinha repete o feito de 1983, quando acabou derrotado
na final para o Atlético - MG. A expectativa agora é para conseguir o feito
contra o maior vencedor do torneio.
Sim, pela frente o time de Ribeirão Preto terá o Corinthians que passou
pelo grande rival São Paulo com o placar de 3x0 e que busca o nono caneco.
Bem que eu poderia falar apenas do futebol e das possibilidades de vermos em
breve novos craques ou simplesmente revelações nos times de cima, mas impossível
não retratar a velha e inadmissível postura dos nossos jovens boleiros e marginais
fantasiados de torcedores.
O jogo em Limeira, apesar de ter tido o ingresso cobrado para quem foi ao
estádio, cordões de isolamento e planejamento de logística para cada torcedor, o que vimos e já era de
se esperar foi uma briga generalizada fora do estádio. São-Paulinos e
corinthianos saíram cada um pelo seu portão e se encontraram na rua de cima do
Major Levy Sobrinho. A polícia interviu com bombas de
gás e de acordo com o secretário municipal de Segurança Pública, Maurício Miranda de
Queiroz, não houve feridos ou detidos.
Ora, isso é imperdoável. Enquanto houver
impunidade aos agressores e motivadores de violência em estádios ou qualquer
que seja o evento público, nos caberá evitarmos as participações ou
no caso das presenças, rezarmos para chegarmos vivos em casa.
Agora é bom que se diga que uma das razões dessa violência
que parece não ter fim é o comportamento que saí do campo para as
arquibancadas. Ontem, o clássico “Majestoso” foi muito interessante e com todos
os ingredientes. Provocações, cusparadas, entradas ríspidas, mas isso até o gol
de Gabriel Vasconcelos. O atacante reviveu o péssimo comportamento do agora novamente corinthiano volante
Cristian na semifinal do Paulista em 2009. Ele fez gestos obscenos para os torcedores do
tricolor. E o pior que por ser tão novo deveria ter sido repreendido pelo seu
treinador Osmar Loss e por quem estava em campo, principalmente pela arbitragem
que permitiu. Mas tudo bem, é tudo lindo, normal e o que vale é a gozação dos
torcedores para com os outros. Só que ninguém tem sangue de barata e muito
menos discernimento para aceitar na boa esse tipo de provocação.
A final de domingo no Pacaembu promete ser quente e por que
não com problemas nas imediações, uma vez que nada impedirá as tocaias de
tricolores? É uma pena, se não bastasse a pobreza que é o futebol brasileiro, a
nova safra que deveria ser exemplo, prova que no quesito provocação, postura
marrenta e liberdade para sentir-se Deus é maior que a obrigação que é a de
apenas jogar bola.
É aguardar para ver se com o tempo, o país e os clubes desenvolverão
monstros da bola ou da imaturidade.
Até a próxima!
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