A Libertadores de 2015 definitivamente será mais equilibrada do que no ano
passado. Acredito que pela quantidade de boas equipes ou no mínimo similares, dificilmente
teremos clubes sem tradição no torneio figurando entre os quatro melhores como
foi quando o San Lorenzo conquistou o inédito título.
As equipes brasileiras terão dificuldades para avançar. Na primeira fase,
exceção, pelo menos no papel para o Cruzeiro que pegou o grupo mais fraco,
porém mais cansativo e de problemas climáticos. O rival Atlético MG deverá ser
forte no “Horto”, mas os desfalques podem custar caro. Já Corinthians e São Paulo,
apesar do equilíbrio no grupo devem passar, mas é bom não descuidar jogando em
casa. O Internacional é uma incógnita. O elenco é sempre valorizado, mas a “liga”
não acontece. Vai entender.
Esse ano outro grande obstáculo para os brasileiros serão as equipes
argentinas. Os tradicionais River Plate e Boca Jrs estão de volta. Não tão
tradicional no torneio, mas também campeão e muito respeitado em seu país, o
Racing é uma boa aposta. E obviamente também vale não se descuidar de São
Lorenzo, Estudiantes e até da surpresa Huracán.
É claro que outros participantes merecem destaques, mas hoje eu vou escrever
sobre o Racing. A Lá Academia voltou com tudo para o principal torneio
da América. Foram mais de uma década ausente. Nunca é demais lembrar que em 99
o clube declarou falência e foi salvo pelos torcedores e passou a ser
administrado por uma empresa, no caso a Blanquiceleste S.A em 2000.
Muitos vão dizer que o grupo do time argentino é fraco, afinal
Tachira(Ven), Sporting Cristal (Per) e Guaraní (Par) não darão trabalho. Ora, a
Libertadores já prova há anos que vence quem se planeja bem e não apenas quem
tem camisa. Fazer a lição de casa é uma das principais obrigações para quem
deseja ir longe. No mata-mata tudo pode acontecer.
O fato é que ficou claro o que o Racing pode fazer no
torneio. A estreia contra o Tachira foi arrasadora. 5x0 com destaque para o
atacante Gustavo Bou, autor de três gols. Para quem acha que foi sorte de estreia do jogador, vale conhecer a história do jovem que leva nas costas o número 23.
De início na base do River Plate, problemas familiares com a morte da mãe
quando tinha apenas 15 anos, passagens por Bahía Blanca, LDU e Gimnasia y
Esgrima, hoje tem a minha aposta para se tornar um dos maiores artilheiros da
Libertadores e ser o jogador destaque.
Ontem, a fanática torcida Acadé fez uma bela festa, como já
é de costume por ser considerada a mais fanática da Argentina e uma das mais apaixonadas
do mundo. O "El Cilindro" estava lotado para ver os comandados
de Diego Cocca golearem novamente. A vítima da vez foram os paraguaios do
Guaraní. Vitória de 4x1. E o destaque da partida? Acredite foi o conjunto, mas a técnica
de Diego Milito e o oportunismo e frieza de Gustavo Bou que marcou mais três
gols no torneio merecem uma atenção maior. O líder do grupo 8 tem tudo para ir
longe. Vamos aguardar.
Até a próxima!
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