E o Brasil conheceu nesse domingo muitos campeões regionais. De Norte a
Sul houve festas, surpresas e para variar polêmicas, erros de arbitragem, administração
e violência. Viva o Brasil que se sem folga se prepara para mais um
Brasileirão, que promete ser um dos mais equilibrados dos últimos anos,
principalmente pelo baixo nível técnico das equipes.
Começo pelo Nordeste. O Santa Cruz sagrou-se campeão e tirou a chance do
Estado de Pernambuco ter pela primeira vez um campeão do interior. O Salgueiro
valorizou a conquista.
No Castelão, o Ceará, atual campeão do Nordeste bem que tentou, mas o
Fortaleza segurou a pressão e levantou a taça, após o empate por 2x2. Destaque
negativo para à invasão das duas torcidas em campo, o que demonstrou a
incompetência da polícia e dos organizadores na administração da final.
Em Salvador, o Vitória da Conquista que venceu a primeira partida contra o
Bahia por 3x0 foi massacrada e levou um sonoro 6x0. É inadmissível um time que
não consegue defender uma vantagem tão expressaste como essa. Parabéns ao
tricolor.
Em Minas, a Caldense jogou muito contra o Atlético MG. Em jogo bem
equilibrado, o time de Poços de Caldas perdeu por 2x1, reclamou da arbitragem,
errou à pontaria, mas deixou uma ótima impressão.
Em Santa Catarina, Joinville e Figueirense mais uma vez não saíram do
zero. A princípio o título vai para o JEC, mas a decisão final depende do
Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-SC). É uma piada!
No Paraná, o Coritiba perdeu mais uma vez do Operário. Desta vez, em pleno
Couto Pereira e por 3x0. Com uma campanha irretocável, o Fantasma conquistou
seu primeiro título regional, após 103 anos. O Coxa entra conturbado no
Brasileirão e assim como seu rival Atlético PR é um sério candidato ao
rebaixamento. É claro que no decorrer do ano, ambos devem se reforçar.
E o Gre-Nal foi para variar bem pegado. Desta vez nada de placar em
branco. O Colorado provou ser uma equipe muito mais qualificada que o tricolor
e venceu por 2x1 com méritos. Nas arquibancadas as cenas lamentáveis dos
gremistas destruindo as cadeiras e brigando com a polícia mancharam o que vinha
sendo elogiado na iniciativa da criação da zona mista. Se tivéssemos leis mais
severas, essas cenas não ocorreriam com tanta frequência.
E o Goiás? Pois é, o Esmeraldino empatou com a Aparecidense por 1x1 e
também comemorou o título regional. No Mato Grosso do Sul, o Comercial soltou o
grito de “É campeão”, após bater o Ivinhema por 3x2. No Pará quem vibrou foi o
Remo. Vitória de 2x0 sobre o Independente.
Já no eixo Rio-São Paulo melhor para os alvinegros. O do Rio esperou 12
anos para soltar o grito e comemorar sua 23ª conquista. O torcedor lavou à alma
no Maracanã que recebeu o maior público do ano. Foram mais de 66 mil
torcedores, sendo a maioria vascaína. A vitória de 2x1, de forma justa e na
bola trouxe, como os próprios torcedores gritavam o “respeito de volta”. O
resultado não vinha, o tabu sobre o Botafogo incomodava, assim como a síndrome de na hora H ser sempre vice, mas nem por isso o clube deixou de ser grande e muito menos
necessitado de seu presidente Eurico Miranda que volta às manchetes e promete
mais alegrias, será? Eu acredito que o Vasco terá um Brasileirão complicado se
achar que o time está preparado para fazer uma boa campanha.
Por fim, o Paulistão. O Santos provou que realmente é o dono do Estadual. Após
ser vice nos últimos dois anos, agora não teve jeito. O time da Vila levantou
seu 21º título de forma brilhante. O Palmeiras, por sua vez valorizou a
conquista. A derrota na primeira partida por 1x0 fez com que o Santos buscasse
o placar. Depois da desorganização para à chegada do Palmeiras em campo, o que
se viu foi o time praiano bem postado e pressionando. Longe de querer culpar
apenas um jogador pela derrota, mas Dudu provou que precisa amadurecer para às
decisões. Se no primeiro jogo ele perdeu um pênalti que daria uma vantagem
ainda maior, hoje ele perdeu a cabeça ainda no 1º tempo. Deu sorte que confuso
árbitro Guilherme Cereta de
Lima ainda expulsou Geovânio. Aliás, a arbitragem foi uma tônica negativa desse
Paulistão. Coronel Marinho precisa rever seus conceitos, pois foram muitos
erros, falta de critérios, entre outras questões administrativas para essa
classe que sofre mais a cada ano. E olha que não é exclusividade de São Paulo.
A comissão é péssima em todo país.
Mais de volta ao jogo, a expulsão foi melhor para o Peixe que chegou ao
placar de 2x0 sem muitos problemas. É bem verdade que o alvinegro errou ao
voltar para etapa final se defendendo. O Verdão chegou ao seu gol e poderia ter
empatado, mas quis o destino que a decisão fosse para os penais. Daí não teve
jeito. Com uma frieza maior, o Peixe venceu por 4x2.
A lição que fica para ambos é que para o campeão a mescla dos últimos anos
dão resultados nos estaduais, mas no Nacional é preciso se reforçar e ter um
banco homogêneo. Para o segundo que pelo incrível que possa parecer, a derrota
fez bem, afinal se levantasse a taça, o Palmeiras teria seu planejamento sendo
visto de forma precoce, o que seria um perigo. O time está em formação, precisa
de tempo e paciência para chegar às glórias. Dinheiro e organização já fazem
parte disso, mas será que o torcedor se contentará com mais um ano de
sofrimento no Brasileiro? Não acredito que sofra, não por suas qualidades, mas
porque já temos pelo menos sete times brigando pelas quatro vagas da zona de
rebaixamento. Vamos aguardar.
Até a próxima e parabéns aos campeões.
Belos comentários, retratos das finais regionais.
ResponderExcluirDe fato, para o Brasileirão os principais precisarão de reforços, pois é campeonato longo, difícil e sem banco forte, não dá conta do recado.
Quanto as arbitragens, dá dó.
O Coronel precisa fazer muito dever de casa e sem erros para escalar árbitros/critérios mais claros, pois dá a impressão de que só há árbitros juvenis. A conferir.