E lá se foi mais uma rodada do Campeonato Brasileiro, para ser mais exato
a de número quatro. O torneio de 38 rodadas ainda não empolga e tão pouco deva
empolgar antes das dez, quinze primeiras rodadas com exceção quando tivermos os
clássicos.
Mas calma lá. Os clássicos que digo, infelizmente não é nacional e sim o regional.
Uma pena, pois quem não torce para termos logo fantásticos jogos entre o eixo
RJ-SP, MG-RS, e por aí vai? Eles irão empolgar, porém quando a pontuação for
algo crucial para a sobrevivência ou para se chegar ao patamar, às vezes impensável.
Hoje isso é uma realidade. Basta com todo respeito pegar os quatro
primeiros até aqui. Ora, longe de querer polemizar ou desrespeitar Atlético PR,
Ponte Preta, Sport e Goiás, mas não entendo que se manterão por muito tempo nas
primeiras colocações.
De qualquer maneira, o que não podemos questionar é o bom trabalho
realizado por essas equipes. O quarteto vem surpreendendo e como costumamos
dizer, comendo pelas beiradas. O fato de não entender que conseguirão suportar
até o fim é pela ausência de um plantel homogêneo quando um titular tiver que
sair de cena. Além disso, impossível não entender que Internacional, Cruzeiro,
São Paulo, Palmeiras, Flamengo e Santos em algum momento serão mais regulares. É
claro que posso me enganar, mas prefiro aguardar.
A questão que devemos analisar antes dos que estão acima ou na zona de
degola é o nível técnico. Como acreditar que essa competição é a melhor do
planeta e a mais difícil quando pegamos os números e nos deparamos até aqui com
uma média inferior a um gol por partida? Isso mesmo. Em oitenta partidas foram
marcados apenas 89 gols, lamentável.
Nessa rodada tivemos jogos interessantes e que finalmente ajudaram a subir
essa quantidade de gols.
Nessa rodada do final de semana, valem alguns registros como aplaudir a
bem armada Ponte Preta que prova que o planejamento para no mínimo se manter na
elite foi bem realizada. O Atlético PR e
o Sport também merecem aplausos. O primeiro venceu o Joinville fora e ganha “gordura”
na liderança. O segundo arrancou um empate com o Santos por 2x2 na Vila Belmiro
e já havia feito o mesmo contra o Flamengo. Na zona intermediária, o que dizer
do Avaí que passou pelo Coritiba, no Couto Pereira? São equipes que vencem as
adversidades e a síndrome de time surpresa.
Já Flamengo e Vasco sofrem as pressões da torcida. O primeiro, mesmo jogando
aquém das expectativas, sem padrão tático e insistindo em bolas aéreas foi
pela segunda vez prejudicado pela arbitragem. É claro que pelo nível do que temos
no Brasil, em breve deverá ser ele o beneficiado. O Fluminense foi mais
competente, mas tem que ter a certeza que precisa de algumas peças de reposição
e melhorar a sua condição física, caso contrário sofrerá em breve com lesões de
jogadores importantes. O Vasco mostrou que o título carioca é uma ilusão. O
time perdeu para o Atlético MG por 3x0 e vê o trabalho de Doriva sendo questionado.
Outro mineiro, o Cruzeiro não consegue decolar e viveu uma semana para ser
esquecida. Marcelo Oliveira não é mais unanimidade. Estão fritando o treinador?
Não acredito, porém a união acabou.
O mesmo não se pode dizer do Palmeiras. Bastou uma vitória convincente
sobre seu maior rival, o Corinthians por 2x0 para a torcida dá um pouco de paz
para Oswaldo de Oliveira e cia. Parece que finalmente o treinador achou a
melhor formação. Agora é aguardar para ver se em uma nova derrota, a chapa
volta esquentar. O Timão sente e sentirá por um bom tempo as saídas de Emerson Sheik
e Guerrero. Deve ter mais algumas baixas em breve.
A Copa América vem aí e com ela os desfalques em algumas equipes, ou seja,
prepare o coração para fortes emoções positivas e negativas. E lembre-se que
muita coisa irá mudar entre a 10ª e 15ª rodada. Podem me cobrar.
Até a próxima!
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