terça-feira, 8 de setembro de 2015

FLAMENGO, UM EXEMPLO DE GESTÃO A SER SEGUIDO - Por Rodrigo Curty

A situação econômica vivida no país é bem assustadora. O ano de 2015 foi muito ruim e temeroso para os grandes investidores. A ordem é apostar certo, saber que o que se investe terá um retorno no mínimo a médio-longo prazo. No futebol, a situação não é diferente.
Com todo respeito aos clubes presentes na elite do futebol brasileiro, mas é sabido que o Clube de Regatas do Flamengo é hoje um exemplo de gestão profissional e vitrine para os investidores. Apesar disso, se a situação não for tratada com tranquilidade e assertividade,  poderá ir por água abaixo, ainda mais se às frentes que disputarão às eleições no final do ano não se “juntarem” ou “manterem” tudo de positivo que foi conquistado financeiramente para o clube.
No final do ano, quatro contratos se encerrarão na Gávea. Apesar da preocupação de deixar de receber R$43 milhões, divididos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 16 milhões), Viton 44 (R$ 20 milhões), Jeep (R$ 4,5 milhões) e Tim (R$ 2,5 milhões), a direção rubro-negra tenta um novo acerto e também novos colaboradores.
De acordo com o vice de marketing do clube, José Rodrigo Sabino, a crise apesar de assustar, tem uma preocupação menor no Flamengo, pelo simples fato de estar no caminho certo do crescimento profissional. Sabino ainda afirma que “ o clube está organizado, com uma estrutura executiva e super profissional. Os nossos patrocinadores, todos eles, mostram satisfação com retorno, nível de atendimento, exposição. Compara-se com outros e dá exposição e retorno do que foi investido de dez a 15 vezes maior do que outro clube de nível intermediários. Acho que o que pagam, o Flamengo é abaixo do que deveriam pagar, pelo nível de exposição".
De certa forma, o VP tem razão no que diz, afinal a recuperação financeira do clube carioca nos últimos anos hoje é mais determinante do pessoal. O Flamengo é um caçador de parceiros. É nítido o interesse de não apenas cinco empresas em colocar sua marca atrelada ao clube. A mentalidade de fazer algo como alguns gigantes na Europa, por exemplo, Manchester United e Real Madrid já fazem há anos, de terem, por volta de cem parceiros é uma meta palpável. Hoje não só o Flamengo, mas tantos outros fazem permutas interessantes como reestruturação de sala de musculação, construção de CT, suplementos, enfim.
O torcedor deve se orgulhar de terem profissionais responsáveis e com conhecimento para que o clube não volte a ser motivo de chacota e chamado de amador. Sabino é o responsável por manter essa hegemonia e um clube cada vez mais forte e respeitado não só no Brasil. Inclusive garantiu ter conversado com mais de 30 empresas que estão abertas em colaborar.
Ora, isso mostra que o histórico negativo e preocupante dá lugar a outra realidade. Falta muito para os times brasileiros se tornarem potências como a dos times europeus que lucram mais que suas próprias Seleções. Mas esse é o caminho, ainda mais se a cada ano ficar provado que a desorganização e modelo pouco profissional se extingue dos clubes. O Flamengo é um exemplo a ser seguido e pode fazer do Brasil um outro patamar para investidores que buscam no futebol, a solução para aumentar seus ganhos e exposição.
Vamos aguardar que fim dará esse árduo trabalho do marketing rubro-negro, que por enquanto tem a certeza de que em 2016, os quase R$38 milhões da Adidas estão garantidos, além de um aumento na receita de TV, saltando de R$ 110 milhões para aproximadamente R$ 170 milhões.
E detalhe, do jeito que os profissionais trabalham o programa sócio – torcedor, a receita sem muitos patrocinadores será apenas um mero detalhe.
Até a próxima!

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