E a final da Copa do Brasil 2015, assim como a do ano passado será entre
duas equipes da mesma região. Em 2014 tivemos o clássico mineiro, desta vez, a
final é paulista. Palmeiras e Santos se classificaram para à decisão, após
eliminarem Fluminense e São Paulo, respectivamente.
A tarefa do Verdão não era fácil, mas longe de ser impossível. Com o gol
marcado fora de casa, bastava uma vitória simples por 1x0, na lotada Allianz
Parque para avançar para mais uma final da competição. O jogo teve dois tempos
distintos. No primeiro, os donos da casa pressionaram em busca do objetivo e
conseguiram dois gols antes dos 20’ com Lucas Barrios. Parecia que viria uma
goleada, uma vez que o tricolor carioca não acertava uma bola e errava demais
defensivamente.
Na segunda etapa, porém o jogo foi outro. O Palmeiras chamou o adversário
para o seu campo e foi bastante pressionado. Eduardo Baptista mexeu bem na
equipe e se tornou bem ofensivo. De tanto pressionar, veio o gol aos 25’ com
Fred, mesmo “baleado”. Daí para frente o jogo ficou lá e cá e com chances sendo
desperdiçadas para ambos os lados. O Fluminense bem que tentou fazer o segundo
gol, mas parou em Fernando Prass. Sem mais tempo para nada, veio a decisão da
vaga nas penalidades.
Se o Palmeiras estava sem pernas, no quesito mental provou que estava
equilibrado. As cobranças de Rafael Marques, Jackson, Allione e Cristaldo foram
convertidas com classe. No lado carioca, somente Jean converteu. Gustavo Scarpa
parou nas mãos de Fernando Prass e Gum isolou. Classificação justa pela raça e
determinação, pois à postura tática segue de forma desorganizada e deixando o
palmeirense “maluco” nas arquibancadas. É aguardar para ver se esse quesito
definitivamente irá melhorar nas mãos de Marcelo Oliveira, que sonha finalmente
ser campeão da Copa do Brasil, uma vez que já perdeu em três decisões.
Na Vila Belmiro, mais um passeio do Peixe sobre o tricolor paulista. O
Santos que havia vencido no Morumbi pelo placar de 3x1, podia perder até por
2x0, que mesmo assim se garantiria na final. Para quem esperava um São Paulo
avassalador como na partida de ida, se decepcionou. Bastou menos de 25’ para
que a partida fosse liquidada pelo Santos. Mostrando um futebol de encher os
olhos, repleto de toque de bola rápido, alternâncias táticas e finalizações
perfeitas, os comandados de Dorival Júnior chegaram no 3x0, sobrando. Destaques
para Lucas Lima que participou dos três gols, dando passes e puxando os
contra-ataques. O meia estava endiabrado, “marrento” e provando que ainda há
esperança em ressurgir os camisas 10 no país.
Na frente, Ricardo Oliveira demonstra a cada jogo que é disparado o melhor
atacante em atividade no Brasil. O jogador sabe se colocar nos espaços e
finaliza como poucos. Marcou dois gols e ainda viu Marquinhos Gabriel marcar um
golaço e carimbar a trave.
O São Paulo estava desnorteado, perdido e falhando muito defensivamente.
Doriva não encontrou a fórmula ideal para a equipe e já deve estar de saída. A
defesa é o ponto mais fraco da equipe que até melhorou na etapa final, principalmente
pelo fato do Santos ter tirado o pé, talvez por respeitar as cores do tricolor.
Senão, sinceramente um novo 7x1 não seria nada de anormal pelas circunstâncias.
No fim, nem o gol de Michel Bastos aliviou às críticas ao time da capital, que
agora foca as energias no Brasileirão, afinal ainda há esperança de um G4,
será?
As finais ocorrerão em 25/11 e 02/12. Até lá muita coisa pode acontecer, mas
mesmo sendo mata-mata, a tendência é de que tenhamos o mesmo cenário da final
do Paulista desse ano, ou seja, o título santista. É bom respeitar o Verdão,
mas vai ter que jogar muito.
Até a próxima!
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