domingo, 20 de março de 2016

UM FLA X FLU PAULISTANO - Por Rodrigo Curty


E neste domingo, a cidade de São Paulo será palco de um dos maiores clássicos do mundo. Sim, mesmo que muitos questionem ou entendam que haja exagero, mas, de fato, o clássico mais romântico do país – Fla x Flu – será inesquecível para quem for ao Pacaembu. 
Infelizmente, o Rio de Janeiro não conta com um estádio apropriado para receber clássicos regionais e muito menos grande duelos contra grandes times de outros Estados, assim surge essa possibilidade de torcedores de outras cidades assistirem de perto o time de coração atuar.
O estádio estará lotado para o duelo válido pela segunda rodada da Taça Guanabara. O torneio não empolga faz tempo, mas ninguém quer ver o seu clube perder um clássico. Apesar de servir de laboratório, a partida também envolve uma atmosfera histórica. Fla x Flu sempre será considerado um grande duelo. A rivalidade, as provocações, a glória de ídolos que brilharam dos dois lados e uma torcida fora dos “padrões” em que estão acostumados são apenas alguns dos ingredientes no domingo às 16h.
É a grande oportunidade de vermos de perto, ambas as torcidas juntas na parte do estádio que será mista. Momento oportuno para levar a família, estrear o filho ou a filha numa partida de futebol. Violência não leva a nada, apenas a gozação saudável, a alegria de quem sabe ver se iniciar uma tendência de outras equipes que possuem ou não estádios próprios. Ser itinerante não é um bom caminho no quesito entrosamento, mas na parte financeira interessa e muito.
A Copa do Mundo, ao meu ver deixou um péssimo legado. Grandes palcos encostados e mal utilizados. A dependência de alguns Estados em ter que virar “palco” de grandes clubes é iminente. Desta forma, se tudo correr bem, a oportunidade de jogar em São Paulo deverá se tornar uma rotina para o rubro-negro, ou seja, nenhuma Arena construída precisará ser utilizada com alta frequência.
É bem verdade que o Flamengo será um clube sem “casa” nesse Brasileiro. Irá usar isso ao seu favor. Independente da casa que jogará, deverá dar maior atenção aos cofres. Isso é um grande risco para conseguir ir bem nas competições. A identidade com seu público “real” é importante, mesmo que os de “fora” tenham a mesma ou até uma paixão maior. Muricy Ramalho espera fazer um grande trabalho, resta saber se o desafio que o espera respeitará também o seu desejo de atuar em Volta Redonda nas partidas consideradas “pequenas” e “médias” e pelo Brasil afora apenas contra os “grandes”.
É aguardar para ver. Por enquanto é vibrar e muito pela oportunidade de ver um Fla x Flu, que já foi da Lagoa, de Juiz de Fora e de Brasília, agora em território paulista.
Até a próxima!

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