quinta-feira, 23 de março de 2017

MUITO PRAZER, SELEÇÃO BRASILEIRA - Por Rodrigo Curty

Foto: Zero Hora
E o velho jargão de "Nada como um dia após o outro" se faz cada vez mais presente na Seleção Brasileira de Futebol. A seleção canarinho finalmente voltou a encantar o torcedor. Se há muito tempo a equipe ficou sem empolgar, emocionar e fazer com que valesse a pena acompanhá-la, hoje é cada vez mais querida, motivada e confiável.
A torcida brasileira nem ligava, se importava mais para a Seleção Brasileira. O trauma não se cura da noite para o dia, porém quando se tem determinação, vontade e empenho, a dor é trocada pelo prazer. 
E assim o trágico 7x1 sofrido pela Alemanha, em plena casa e, que jamais será esquecido, ganha novos capítulos. De decadência, frustrações, decepções e falta de credibilidade, agora o momento é de paz, união, comprometimento e trabalho em equipe. Finalmente o Brasil pode afirmar que tem um "time". Tem referências, conjunto e respeito entre os envolvidos, independente da entidade CBF - nem tudo são flores. 
Sinceramente, longe de questionar, por exemplo, os trabalhos anteriores de Felipão e Dunga. O fato é que com Tite, a característica, ambiente, táticas e técnicas de cada jogador mudou para melhor. Está provado que a mudança nem sempre é negativa, pelo contrário, muitas das vezes é necessária para chegar aos objetivos.
O treinador sem sombra de dúvidas é um dos principais responsáveis por esse momento mágico da "nova" Seleção Brasileira. Os números estão a favor, como um dia também foram de Dunga. Assim é sabido que bastará um tropeço "dolorido" para tudo voltar ao normal. Não deve ser assim, por mais esperançoso e fanático seja o torcedor.
A vitória maiúscula contra o Uruguai provou que Tite tem o time na mão. O trabalho em equipe, desde o roupeiro até o treinador é visível. Todos felizes, satisfeitos e obedientes ao sistema imposto para cada desafio.
O Brasil provou saber lidar com as adversidades. Se para alguns o grande teste ainda não tinha chegado na excelente campanha, de até então seis vitórias seguidas, desta vez, isso deve ter acabado. O treinador e os seus comandados bateram o recorde de vitórias seguidas no torneio. Antes, o triunfo era da Seleção de João Saldanha, em 1969.
De volta a partida, o bom time uruguaio, que anteriormente havia vencido os seis jogos em seu estádio, o tradicional Centenário e levado apenas um gol começou na frente com o artilheiro das Eliminatórias Sul-Americanas - Cavani (9 gols) batendo pênalti. Quem esperava um tropeço amarelo, viu a maturidade em campo e as alternâncias táticas. 
Neymar esteve solto, chamou o jogo, marcou um golaço com mistura de frieza, confiança e ousadia. Fora isso o camisa 10 ajudou Paulinho a se consagrar de vez. O "homem" de confiança do treinador, calou aqueles que ainda questionam a sua convocação. O volante, meia, atacante, chame do que quiser é essencial no esquema. Autor de três dos quatro gols só não fez chover no Uruguai.
Há sete rodadas, muitos, inclusive eu, chegou a imaginar que o Brasil ficaria pela primeira vez fora de uma Copa do Mundo. Para minha alegria e dos que amam o futebol arte, isso não acontecerá - A Rússia que nos espere em 2018. 
É importante manter os pés no chão, característica do treinador. A contagem é regressiva, a cobrança cada vez maior, afinal, a torcida quer mesmo é vencer o que deve ser vencido, ou seja, a Copa do Mundo. Até lá quer ver bons espetáculos. O próximo ocorre na próxima terça-feira contra o Paraguai, às 21h45 (de Brasília), na Arena Corinthians, em São Paulo. Vamos aguardar.
Até a próxima! 

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