domingo, 7 de maio de 2017

FLAMENGO, O REI DO RIO - Por Rodrigo Curty

E deu a lógica no Rio de Janeiro. O time de melhor campanha levantou a taça do campeonato carioca. Diferente das outras edições, no qual o campeão da Guanabara encarava na final o vencedor da Taça Rio, desde que o campeão não fosse o mesmo do primeiro turno merece atenção.
O torneio é fraco financeiramente e tecnicamente. São sempre os quatro presentes nas decisões, desta forma, o que o torcedor carioca não pôde reclamar foi de confrontos diretos entre os rivais. E isso o Flamengo sobrou. Perdeu apenas um e nos pênaltis para o Fluminense na final do 1º turno, após um eletrizante 3x3, ou seja foi campeão invicto e teve a melhor campanha, o artilheiro do torneio e méritos. Foram 12 vitórias, cinco empates e nenhuma derrota.
Hoje os méritos se estendem com toda justiça ao treinador Zé Ricardo. Ele aguentou a pressão, a insistência em certos jogadores como Rafael Vaz, Marcio Araújo e Gabriel, além da manutenção do time titular em torneios paralelos, mesmo correndo risco de lesões, o que ocorreu com Rômulo, Diego, Everton, etc. Soube mexer na equipe, aprendeu com os erros e manias e ganhou ainda mais força para a temporada. 
Por outro lado, agora mais do que nunca deve saber que não poderá tropeçar nos torneios mais importantes. O mais fácil ele aparentemente têm - o controle e o respeito do grupo. Se estiverem unidos, a tendência é de muita comemoração no ano porque o grupo é forte e comprometido, só não pode deixar o sucesso subir à cabeça.
Mas de volta a final. Ela foi digna de um Fla x Flu e contou com um Maracanã abarrotado com mais de 68 milhões de torcedores. O início do Fluminense foi melhor que o esperado - Gol de Henrique Dourado antes dos 5'. O problema foi que o time deixou de buscar o segundo gol e chamou o Flamengo que dominou as ações, posse de bola e só não empatou, graças a Diego Cavalieri. Na segunda etapa o rubro-negro foi mais envolvente e corajoso e conseguiu chegar ao gol com Guerrero, após lance de Rever em Henrique que para muitos foi falta. Ora, esse tipo de lance, mesmo com a carga existente sempre acontece em bolas paradas e, pena que só valorizam mais em finais. O Fluminense mesmo, levantou a taça em 2005 contra o Volta Redonda, graças ao gol de Tuta, após uma falta claríssima não assinalada. Isso serve apenas para polemizar a conquista que veio também com a virada, um belo gol de Rodinei, em Orejuela, que assumiu o gol depois de ver Cavalieri ser expulso ao atingir o lateral da Gávea e o novo xodó flamenguista.  
O rubro-negro tem hoje o maior orçamento do país com aproximadamente R$484 milhões e precisava ganhar esse título. A gestão Bandeira de Mello somente será lembrada com o brilho que merece se tiver conquistas, afinal o futebol vive de títulos.
O Mengão não sabia o que era levantar uma taça estadual desde 2014. A seca de três anos, porém não tirou a sua hegemonia. A conquista de sua 34ª taça aumentou a diferença, justamente para o tricolor que soma 31 conquistas. Foi o sexto título conquistado de forma invicta se igualando ao Vasco. 
Agora o foco é a Copa do Brasil, início do Brasileirão e a continuidade ou não na Libertadores. Torneios esses que valem muito mais que o regional que para um time milionário deveria ser sempre obrigação.
A dupla Fla x Flu tem tudo para fazer uma excelente temporada. Vamos aguardar.
Até a próxima!

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