quinta-feira, 4 de maio de 2017

A QUEDA DE EDUARDO BAPTISTA - Por Rodrigo Curty

E hoje se confirmou o que já era esperado - Eduardo Baptista não é mais o treinador do Palmeiras. É sempre importante assumir os erros e acima de tudo saber lidar com as aposta erradas. Antes tarde do que nunca, o atual campeão brasileiro entendeu que a permanência do comandante seria um tiro no pé.
E olha que estou longe de achar que Eduardo não seja um bom treinador, apenas entendo que ter "queimado" etapas foi um grande erro de ambos. Dele por ter aceitado assumir um compromisso no clube da "moda". Do clube que almeja, que contrata sem dó e investe o que for preciso para se manter no topo de qualquer torneio que disputa. E erro desse mesmo clube em contratar equivocadamente o treinador que tem uma filosofia de trabalho completamente diferente de Cuca, o ex- treinador que deve retornar em breve.
Desde que Eduardo Baptista chegou ao clube, esteve nítido o comportamento de alguns jogadores. A insatisfação, a falta de comprometimento ao que era pedido e queda de rendimentos de peças importantes na temporada passada como por exemplo, Mina, Tchê-Tchê e Dudu, para não citarmos mais. 
De fora das quatro linhas, culminou e muito as declarações do diretor de futebol Alexandre Matos, antes e após a "batalha" no Uruguai contra o Peñarol. O time perdeu o rumo nas semifinais ao ser atropelado pela Ponte Preta. A paciência ali se esgotou. Lavaram roupa suja e fizeram questão de externar. Depois veio a vitória épica de virada por 3x2 e as declarações quentes do treinador. E olha que não vejo erro nisso. Era preciso se posicionar por tudo que ouvira antes -  ser taxado de um treinador contratado por ser flexível e aceitar o que vem de baixo ficou no mínimo deselegante.
Porém ser eliminado de um torneio, ainda mais sendo o regional é normal. Normal para qualquer um e não para um time que investiu para ganhar tudo. E pior, jogar da forma que estava, sem encantar, empolgar e sem sinais de crescimento e comprometimento de todos, sinceramente, a queda demorou para acontecer.
O Palmeiras não demitiu o treinador, por causa da derrota contra o Jorge Wilstermann, na Bolívia. Demitiu porque entende que daqui para frente com a Copa do Brasil, sequência da Libertadores e Brasileirão é preciso um cara que conheça e exija tudo de seus comandados. Cuca é esse cara, e engana-se quem pensa que ele se realmente vier, será um cara que deverá aceitar o que vier de baixo. O "Cucabol" pode não dar certo dessa vez e mesmo assim o clube terá que honrar o contrato que for fechado. O grupo teve ajustes do que levantou a taça no nacional ano passado. Vaidades, liberdades e respeito serão à tônica para o sucesso. É aguardar para ver se o Palmeiras se enquadra de vez na temporada.
E que fique claro que os números, retrospecto nem sempre serão parâmetros para um técnico ser mantido, afinal, Eduardo Baptista comandou 23 jogos, vencendo 14, empatando quatro e perdendo apenas cinco. Vencer é tão importante quanto que tipo de derrota você não pode ter. Vida de treinador não é fácil. Boa sorte ao comandante em sua nova jornada e sucesso para quem chega ao Palestra - deve mesmo ser Cuca.
Até a próxima!

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