segunda-feira, 26 de junho de 2017

O MÉRITO DO CORINTHIANS - Por Rodrigo Curty

E a décima rodada do brasileirão, série A foi muito boa para os postulantes ao título. Corinthians, Flamengo, Palmeiras e Atlético MG venceram seus jogos e curiosamente fora de seus domínios.
Tudo bem que o Grêmio atua de forma brilhante na competição e, assim como Cruzeiro e Santos pode brigar até o final pelo título.
É importante ressaltar que a liderança corintiana não é à toa. O clube que começou o ano sendo considerada a quarta força do paulistão, acabou como campeã e diferentemente daqueles que se iludem, após a conquista regional, planejou e bem seu início no torneio e soube se reerguer, mesmo em uma grave crise financeira.
A identidade do clube faz muita diferença. A manutenção do padrão desde a "era" Tite é fundamental para o sucesso da equipe. Basta lembrar que anteriormente Oswaldo de Oliveira e Cristóvão Borges tentaram impor uma nova cultura e metodologia de trabalho e foi uma lástima.
A velha máxima de time que se ganha não se mexe deve ser levada em consideração. Calma, longe de não ser a favor de mudanças, mas penso que cabe principalmente a comissão técnica criar alternativas táticas e estudar bem aspectos básicos como logística e adversários. Inventar ou querer mudar cultura não é fácil e muita das vezes é algo necessário.
No Corinthians definitivamente não é o que importa. Para o clube hoje mais vale manter o que se tem do que investir forte. Se não concorda, como explicar a efetivação de Fábio Carille e poucos jogadores contratados para a temporada? 
O primeiro semestre houve um investimento de apenas R$12 milhões em contratações, sendo a do volante Gabriel o mais caro (R$ 6,7 milhões por 50% dos direitos).   
O elenco é unido e homogêneo. Na equipe titular jogadores como Cássio, que voltou a defender como nos tempos áureos do clube, Fagner, Balbuena, Pablo(emprestado pelo Bordeaux para a temporada) e Arana levaram apenas cinco gols nos dez disputados. No meio, seja com Gabriel ou Paulo Roberto ao lado de Rodriguinho, Maycon e Jádson dá o equilíbrio e a qualidade no passe para o ataque com Romero e Jô deslanchar.
Outro fator importante dessa equipe é o equilíbrio emocional. O time não soma 26 pontos em 30 disputados apenas por sorte. Se analisarmos os números dos confrontos até aqui, na maioria, os comandados de Carille tiveram menos posse de bola e chutes à gol. Ora, no futebol o que vale é a competência. É melhor dar um chute e ganhar o jogo, do que chutar 15 e sair derrotado. Essa é a tal metodologia que perdura após Tite. Um time pragmático e sem a preocupação em dar espetáculo. O torcedor quer viver de títulos e não de exibições de gala.
Ainda tem muita coisa pela frente, porém o fator casa que é primordial para todos os participantes não é diferente em Itaquera. No ano passado, na mesma 10ª rodada, o Palmeiras era líder com 22 pontos, dois a mais que o então rebaixado Internacional, ou seja, os números não param de crescer e a tendência é ainda durar por um longo período.
Vamos aguardar para ver se haverá queda de rendimento na primeira derrota e quebra de recorde no ano. Já são 23 jogos invictos e outro torneio à vista - 4ªfeira é dia de Sul-americana contra o Patriotas (Col).
Faça a sua aposta. Apesar de aplaudir e elogiar o belo trabalho de Carille, a minha é que o Timão não terá fôlego até o final da temporada para se campeão, mas se manterá entre os quatro primeiros, pela "gordura" e fator casa. 
Até a próxima!
Até a próxima!

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