domingo, 23 de julho de 2017

O ETERNO WALDIR PERES - Por Rodrigo Curty

E hoje o futebol brasileiro ficou mais triste. Waldir Peres Arruda, o Waldir Peres sofreu um infarto fulminante aos 66 anos de idade.
O ex-goleiro, nascido em Garça, interior de São Paulo que iniciou a carreira no Garça FC, passou pela Ponte Preta em 1970, viveu o auge da carreira de 73 a 84 no São Paulo e ainda vestiu as camisas do América -RJ(84), Guarani(85 e 86), Corinthians(86 a 88), Portuguesa e Santa Cruz em 88 e, encerrou a carreira na Ponte Preta em 89 foi vencido pelo coração. Como treinador comandou durante 22 anos, de 1991 até 2013, equipes como (São Bento, Inter de Limeira, Nacional, Ferroviária  Oeste, Itabaiana-SE, Rio Branco-PR, Uberlândia-MG, Vitória-ES e Grêmio Maringá-PR.
É claro que não podemos esquecer da passagem de Waldir Peres pela Seleção Brasileira. Participou de 3 Copas do Mundo (74 e 78 na reserva e 82 na equipe titular). Quis o destino que participasse daquele time histórico, que encantou o mundo e infelizmente sucumbiu contra a Itália de Paolo Rossi. Se não há maior, com certeza uma das maiores derrotas do futebol mundial.
Muitos não sabem, mas Waldir como titular pela Seleção jogou 39 partidas e perdeu apenas essa partida. Fez defesas antológicas nessa Copa. Conquistou a Copa Rio Branco, a Copa Roca e a Taça do Atlântico. 
Em toda a sua carreira, porém, o time que mais agradece a sua presença é o São Paulo. No tricolor, o camisa 1 teve a fantástica marca de 617 partidas(perdendo apenas para Rogério Ceni). Conquistou 296 vitórias, 193 empates e apenas 122 derrotas. Levantou as taças do campeonato paulista de 75,80 e 81 e o brasileiro de 77, o primeiro do time paulista contra o Atlético MG, em pleno Mineirão. A conquista ficou marcada pela "malandragem" do arqueiro, que apesar de não pegar nenhuma cobrança, sem dúvida colaborou para que três (Toninho Cerezo, Joãozinho Paulista e Márcio) mandassem a bola para fora da meta.
Waldir Peres foi ídolo dos mais jovens são-paulinos. Era o "cara" que toda criança gostava de falar o nome nas partidas de rua, clubes e aonde quer que a bola corria, principalmente quando tinha uma penalidade máxima. Sim, Waldir também era pegador de pênaltis. Como se esquecer das defesas no histórico 19 de maio de 1981, quando o Brasil encarou a Alemanha em Stuttgart, vencendo por 2x1 e o lateral-esquerdo Paul Breitner, que nunca havia perdido uma penalidade na carreira, perdeu duas. A primeira no lado direito e na nova cobrança na esquerda? 
Waldir Peres deixa três filhos (dois homens e uma mulher) e uma noiva. Sem dúvida deixará saudades e uma marca importante, pelo menos para mim no que avalio dos goleiros. Goleiro bom é aquele que leva frango e se supera, é aquele que deixa sua marca e causa nervoso nos adversários. Aquele que tem maturidade de saber que errou e humildade quando faz o seu papel em campo. Vai com Deus Waldir.

Até a próxima!

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