quinta-feira, 2 de agosto de 2018

FLAMENGO TEM TUDO PARA AFASTAR O DESGOSTO - Por Rodrigo Curty

E começou a maratona de jogos para o Flamengo. E mesmo que não seja uma exclusividade do atual líder do Brasileirão, o fato é que o planejamento será fundamental para o sucesso. Caso contrário, o mês de agosto poderá ser lembrado como de desgosto e possíveis momentos de "terror" no Mais-Querido do Brasil.
Se no hino se canta " eu teria um desgosto profundo, se faltasse o Flamengo no mundo", sair precocemente não seria diferente.
Sim, para muitos rubro-negros, a obrigação é a de ganhar todos os torneios. Claro que isso é algo muito complicado para qualquer equipe, mesmo que recheada de jogadores por posições. O motivo são vários, entre eles, o entrosamento de um time "B", o calendário maluco - responsável por colaborar nas lesões de jogadores importantes e também o fator emocional, não menos importante.
De qualquer maneira, é importante ressaltar que o clube da Gávea montou um belo plantel para suportar suas obrigações no ano e tem reais possibilidades de sucesso. Quando falo em belo elenco, penso na homogeneidade, cada vez mais importante nos clubes que visam chegar aos títulos, como por exemplo, o Corinthians no ano passado.
COMPETIÇÕES
A liderança no Brasileirão está ameaçada e merece atenção especial. O São Paulo foi bem contra os considerados mais "fortes" e tem tudo para alcançar a liderança nas próximas rodadas, considerando os duelos que tem em relação ao Flamengo. É bom se atentar para Atlético MG e Internacional que correm por fora e não têm mais nada para se preocuparem. Outros como Cruzeiro e Palmeiras, saindo de alguma das outras duas competições, tendem a crescer. Haja emoção e coração aos torcedores dessas equipes. Penso que o Flamengo deveria valorizar muito a busca desse título.
Libertadores - A ambição de conquistar à América é uma realidade. Jogos mais duros e sem tempo de recuperação para outras competições. Agora será que vale mesmo a pena se "matar" e abdicar de outros torneios que se vai bem? Quem muito quer, nada tem. Mata-Mata é complicado e muitas das vezes quem vence é o time competente e não o mais forte. Trabalhar o plantel aqui, evitando desgaste físico e emocional é essencial para o sucesso. O Flamengo pode fazer bem isso. 
Já a Copa do Brasil é um título importante, só que sinceramente, repito que ao meu ver, o Brasileirão e a Libertadores, na atual conjuntura do clube, devem ter mais atenção. 
É mais fácil opinar e falar estando de fora. Agora, convenhamos, é claro que fica complicado escolher se esse torneio deve ser muito valorizado. 
É muita pressão e uma eliminação precoce, caso fosse escalado um time considerado misto, seria um problema, assim como se entendessem que a mesma, por exemplo fosse o "campeonato carioca", perto dos outros dois - questionariam o porque da competição de menos peso ter sido tão valorizada, concorda? 
Mas, de volta as vacas magras, o primeiro desafio foi nada mais, nada menos que o atual campeão da Libertadores, o forte e entrosado Grêmio, no qual o seu treinador, Renato Portaluppi tem na mão e sabe mexer muito bem nas variações.
Do outro lado, o bem menos badalado, porém ganhando seu espaço dia após dia estava Maurício Barbieri. 
Foi sem dúvida a melhor partida do ano no Brasil. Duas equipes que valorizam a posse de bola, que sabem jogar pressionadas e que se respeitam. Não houve chutões, pancadaria e jogadas bizarras que estamos acostumados a ver. Vimos sim, uma aula tática e no fim um resultado de 1x1 com sabor de vitória para os cariocas, que buscaram insistentemente o gol de empate e foram bem melhores, sobretudo na etapa final.
Impossível não mencionar a entrada do estreante Vitinho no Flamengo. Mostrou personalidade e não sentiu a pressão. Nem ele e nem o garoto da vez, Lincoln, que empatou a partida. Olho no garoto porque tem muito potencial. 
A partida de volta será no dia 15. Até lá, os compromissos de Brasileirão e Libertadores entram em cena. Sábado, ambos voltam a se encontrar pelo nacional. Será que teremos time misto para ambos? No tricolor com certeza, no Flamengo, talvez quatro ou cinco mudanças, que não mudarão o jeito que Barbieri gosta de ver - um time ofensivo, paciente e envolvente. Faça a sua aposta e que venham mais jogos assim para assistirmos.
Até a próxima!

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