O Campeonato Brasileiro está em sua reta final. Faltam apenas duas rodadas, e agora a grande emoção do torneio se volta principalmente para quem serão os times rebaixados ao lado do Náutico e provavelmente a Ponte Preta.
No momento a torcida que mais sofre é a carioca. Vasco e Fluminense chegaram ao ponto
de terem que somar o máximo de pontos possíveis. Já Portuguesa, Coritiba que já foi até líder, Bahia,
Criciúma sofrerão para não
completar o quarteto do chamado Z4.
Mas o que
deve ficar de lição para os rebaixados? Bem, sempre a mesma dica e conselho. O
de se planejar melhor para uma longa temporada, evitar mudanças constantes de
direção técnica, possuir um plantel que dê conta do recado e possa disputar
competições simultâneas sem ter que priorizar uma ou outra com a esperança de
que pelo fato do Brasileirão ser longo, na reta final dá para se salvar.
Está mais do
que provado que esse é um dos principais erros de uma equipe que é rebaixada.
No ano passado, por exemplo, o Palmeiras passou por isso. Ganhou a Copa do
Brasil, mas não utilizou sua maior força no início do Nacional. A torcida se
revoltou, exigiu uma série de providências, mas teve que se contentar em ficar
mais uma vez de fora da elite.
É claro que
no atual nível técnico do futebol brasileiro, qualquer uma das consideradas
grandes equipes não só terão a obrigação de voltar como também de ser o campeão
como fez o tradicional time palestrino, que diga-se de passagem foi valente,
regular, correto e se valorizou desde o início. Foi um modelo de organização a ser
seguida pelas outras equipes que jogarão a B no ano que vem.
É claro que também vale reforçar que pela cultura brasileira, um time que cai é tido como
uma vergonha, uma agremiação que vira piada nas ruas, um assunto que nem merece
ser comentado nas rodas de amigos. Sinceramente isso é pura besteira. O fato é
que aquele que cai deve saber se reerguer e provar que é a Série A o local que
jamais deveria ter saído.
Apesar da dureza de cair, o fato também deveria ser visto de forma positiva. A direção de um
time rebaixado normalmente possui uma postura diferente dos que estão acima.
Investe menos, monta equipe para disputar um torneio relativamente mais fácil,
não faz logísticas absurdas, enfim, o problema é quando o planejamento dá certo
e a troca dos pés pelas as mãos volta à tona no retorno a elite.
Analise comigo e verá que muitas
equipes que sobem acreditam que do plantel montado vale manter se muito apenas
dez jogadores. Consideram importante se reforçarem e buscarem libertadores, título,
mas calma lá, às vezes vale muito mais um time unido e fraco tecnicamente do
que ao contrário. Se não fosse assim como explicar a quantidade de times
favoritos, nesse ano, por exemplo como Corinthians, São Paulo, Fluminense,
Internacional, entre outros que quebraram a cara por não terem dado conta do
recado na hora H?
E as equipes consideradas zebras como Goiás, Vitória e
Atlético PR que brigam até o fim pela Libertadores, porém que fizeram bem menos
nas ações de marketing e evitaram fazer altos gastos para a temporada? O nome
disso é planejamento, confiança e acima de tudo a certeza que o fator casa é
essencial para a sobrevivência. Concorda? Vamos aguardar os próximos capítulos de mais um nacional que chega ao fim.
Até a próxima!
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