O futebol brasileiro aos poucos se encaminha para se transformar em campo
o que vimos no final das eleições para presidente nesse ano. Uma categoria
repleta de preconceitos e discriminações.
Apesar do país ser enorme, as condições precárias principalmente nas
regiões Norte e Nordeste nos trazem o cenário atual no esporte Bretão.
Ora, se analisarmos, entenderemos que o torneio de pontos corridos surgido
em 2003 veio para ficar e mesmo com as controvérsias possui a fórmula mais
justa, uma vez que os times se enfrentam em turno e returno. Porém, ao mesmo
tempo nos leva a pensar até que ponto isso será benéfico para os clubes fora do
eixo RJ-SP-MG e sul do país.
Mesmo que passe desapercebido, aos poucos os times de outras regiões do
país saem do que é considerado elite do futebol brasileiro.
Hoje temos apenas o Sport Recife, Bahia e Vitória fazendo as honras. Por
fora vem o Goiás. É muito pouco se considerarmos a quantidade de agremiações
importantes nessas regiões. Dificilmente veremos equipes como Fortaleza, Ceará,
América RN, Santa Cruz, Náutico, Atlético GO, entre outras juntas na série A, o
que nos dá a certeza que a tendência é que nos próximos cinco anos não teremos mais
do que quatro representantes.
Se os clubes das regiões mais evidentes passam por dificuldades
financeiras e de planejamento, o que dirá os de lá? Pois é, a hora é de se
reestruturarem o quanto antes como fizeram os clubes do Sul que hoje comem
pelas beiradas e ocupam grande participação na série A. O Joinville foi o
campeão da série B, o Avaí o quarto colocado.
Nesta edição é bem provável que a situação se agrave, pois a dupla Ba-Vi deve
retornar à série B. Assim teríamos um Brasileirão de 2015 formado com oito
equipes do Sul, cinco paulistas, três cariocas, dois mineiros, um do Centro
Oeste e apenas um do Nordeste.
Para muitos isso seria maravilhoso, afinal o futebol brasileiro precisa se
elitizar, mas calma lá, lembre-se do preconceito e jamais se esqueça que o
Norte e Nordeste oferece muito mais renda aos estádios do que qualquer região
do país. O povo de lá é teoricamente muito mais apaixonado e fiel com o seu
clube de coração.
Esse cenário me faz pensar que em um futuro não muito distante surjam
outros tipos de torneios e que os tão admirados mata-matas ocorram também no
Nacional, nem que seja com uma adaptação aos pontos corridos. Se a adequação se
desse com um calendário justo, humano e rentável, eu seria um que aprovaria no
ato.
Até a próxima!
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