quinta-feira, 26 de março de 2015

O CLÁSSICO NOTA 10 - Por Rodrigo Curty


A noite de 25/03/2015 não será esquecida tão cedo pelo torcedor do Palmeiras. Mais de 25 mil torcedores que estiveram presentes no Allianz Parque viu uma aula de futebol do Verdão e um show de imaturidade do Tricolor.
O Palmeiras não vencia um clássico contra o trio Corinthians, São Paulo e Santos há dez jogos e pouco mais de 1 ano. Mas, definitivamente a noite foi digna de nota 10. 10 para a postura, vontade, garra e desejo de vencer e encantar do Palmeiras e 10 para a falta de controle emocional, competência, desunião e infantilidade do São Paulo.
Tudo bem que muitos vão dizer que a derrota se deu, pelo fato do tricolor ter sido surpreendido logo no início com um erro grotesco de seu goleiro e ídolo Rogério Ceni e gol de rara beleza de Robinho, que está em uma fase excepcional. Um erro não justifica outro, mas a falta de tranquilidade para superar as adversidades se fez presente mais uma vez no time do Morumbi. Aos sete minutos Rafael Toloi foi expulso, após agredir o atacante Dudu na frente do árbitro. O duelo ficou ainda mais complicado.
O São Paulo não se encontrava em campo. Muricy Ramalho pedia calma e o time não obedecia. A tática de manter Allan Kardec e tirar Alexandre Pato, que pouco antes obrigou Fernando Prass a fazer grande defesa foi no mínimo equivocada, mas ninguém melhor do que o treinador para saber o que é essencial para sua equipe.
A troca não surtiu efeito, talvez por falta de tempo. Logo em seguida Rafael Marques, o atacante preferido de Oswaldo de Oliveira marcou o segundo gol e enlouqueceu os torcedores.
Aos poucos ficava óbvio o clima que reina no tricolor. Os jogadores definitivamente não se entendem com o comandante. Falta respeito, compreensão e orgulho de muitos em vestir essa importante camisa do futebol brasileiro. Paulo Henrique Ganso é um exemplo clássico disso e deve mesmo estar com um pé fora do clube, o que seria bom para ambos.Muricy pode ter muitos defeitos e há tempos não se encontra com a boa fase, mas é bom que se diga, ele sozinho já fez muito mais pelo clube, seja como jogador ou treinador do que qualquer um presente no plantel, por isso deveria pensar em novos ares.
O Palmeiras não tem nada a ver com isso e precisa a cada jogo provar ao seu torcedor que o ano será diferente. A expectativa é de que o time brigue sim na temporada por coisas maiores. Na segunda etapa isso ficou claro. O time fez bem a sua parte. Rafael Marques mais uma vez foi às redes. Um belo gol. A torcida queria mais, porém houve muito respeito ao rival que ainda ficaria antes do término sem Michel Bastos, expulso por falta em Arouca. As chances foram sendo criadas e a bola insistia em não entrar. Melhor assim para o São Paulo e por outro lado, apesar de desejar uma goleada não houve nenhum problema para o time Palestrino.
Agora resta sabermos como será o dia de hoje. Penso que Muricy por estar com a cabeça mais fria deveria agradecer ao torcedor e que por provavelmente estar sofrendo tanto quanto, uma vez que é um são-paulino fervoroso deixar o cargo. Não seria nenhuma covardia. Se o problema é ele, que se resolva logo. A paixão e ódio andam lado a lado. O amor do são-paulino está esgotado. Muitos admiram e querem que o treinador de a volta por cima, mas a maioria quer que ele saia imediatamente. Se eu fosse assessor ou empresário de Muricy já iria a campo há muito tempo. Buscaria um clube nos EUA ou qualquer outro fora do país.
Como sabemos que nada melhor que um dia após o outro, bastará uma vitória sobre o San Lorenzo para abafarem a crise, será?
Parabéns ao Palmeiras pela excelente vitória, boa sorte ao São Paulo e até a próxima!  

 

Um comentário:

  1. Certíssimo. Ontem o Muricy chegou a pedir demissão, mas o SP não aceitou. Acertou.
    Não há problema sem solução e no caso do SP ela não está no técnico, a meu ver, ao menos em sua principal razão. O time está passando por um momento de fraqueza de direção e isto conta.
    O jogo contra o San Lorenzo vai dar final a este sofrimento.
    A conferir, conforme diz o amigo blogger.

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