segunda-feira, 27 de abril de 2015

DECISÕES ARRASTADAS - Por Rodrigo Curty

E o domingo foi marcado por várias decisões pelo Brasil. Apenas para variar, as finais dos estaduais tiveram um péssimo nível técnico, erros grosseiros da arbitragem e reclamações. Jogos sem muita emoção e arrastados até o seu término. 

Podem me chamar de chato, crítico, desanimado com o nosso futebol, mas é impossível não ser e ficar com esse sentimento, após assistir, por exemplo aos jogos da Copa dos Campeões, uma competição que vai além da partida. A organização, evento, atmosfera é incomparável, doa a quem doer.


O que temos para o momento na América do Sul é a interessante, mas também ruim tecnicamente Libertadores da América. Não é à toa que desde o surgimento do campeonato brasileiro de pontos corridos, em 2003, as equipes sempre entram para buscar uma vaga no torneio e se der para levantar a taça, o que é uma coisa lamentável, afinal de contas o título deveria ser a maior ambição e muitas das vezes fica em segundo plano.


Mas de volta as vacas magras dos regionais. Um dia quem sabe os dirigentes, federações e a entidade que só se preocupa em enriquecer não pensem em deixar os pequenos se valorizarem no torneio que é para muitos o único no ano e privilegiem os grandes para se adequarem a longa temporada? Tudo leva a crer que alguns terão peito para sair da competição, no Rio de Janeiro, a dupla FlaxFlu pensa seriamente nisso.


Mas já que ainda não mudou vamos aos destaques. No Sul do país, o Gre-Nal mais uma vez não saiu do zero. Uma pena, pois é um clássico que realiza torcida mista e que seria interessante ver as comemorações.


Em Minas, a Caldense, o time a ser batido na temporada segurou e bem o placar em branco contra o Atlético MG. Pode se tornar de forma inédita e merecedora o campeão invicto. Vamos aguardar.
Em Pernambuco, quem diria? O Sport foi eliminado pelo Salgueiro que agora terá que medir forças contra o Santa Cruz que passou sem problema pelo Central.


O Goiás foi bem contra o Aparecidense. Venceu por 2x0 e colocou praticamente as mãos na taça desse ano. O mesmo serve para o Operário-PR que venceu por 2x0 no Coritiba. Que fase dos grandes paranaenses.


Agora o eixo Rio-São Paulo. No Paulista, o Allianz Parque lotou para a primeira partida entre Palmeiras e Santos. Ambos entraram desfalcados. Valdivio, que não é nenhuma novidade de um lado e Robinho do outro, o que fez muita falta. O árbitro Vinicius Furlan fez muitas lambanças. Perdido, nervoso e sem critérios.  Entre os principais erros, deixou de marcar impedimento de Robinho, que participou no lance do gol do Palmeiras. Mas aqui é interpretação, dá para relevar.


Agora as penalidades não marcadas em Rafael Marques no fim primeiro tempo e em Ricardo Oliveira foram esquisitas. Isso sem falar no pior.  Ele, mesmo muito longe da jogada, assinalou penalidade de Paulo Ricardo em Leandro Pereira na segunda etapa, expulsão David Bráz, voltou atrás e causou mais impaciência dos jogadores. O palmeiras poderia ter aberto uma vantagem ainda maior se Dudu não chutasse a bola no travessão, repetindo, aliás a mesma cobrança desperdiçada contra a Penapolense, parecia replay. O Santos joga na Vila e precisa de dois gols. Decisão segue aberta.


No Rio de Janeiro, Vasco e Botafogo fizeram um bom clássico. O Glorioso se deu ao luxo de perder várias oportunidades, entre elas, de carimbar o travessão duas vezes. O Cruz-Maltino, por sua vez também teve chances.

A final foi limpa, na bola e sem erros que comprometessem a vitória vascaína por 1x0, graças ao chute errado de Bernard e oportunismo de Rafael Silva no apagar das luzes.  Tem coisas que só acontecem com o Botafogo, assim a expectativa de seu torcedor é que o time reverta, como já feito na semifinal contra o Fluminense, o placar adverso. Será que dessa vez o Vasco se dará melhor que o Fogão em decisão? Acredito que sim, como já dito antes do início da competição, mas é bom não comemorar antes da hora e segurar a ansiedade de não levantar a taça do Carioca, desde 2003.

Até a próxima!

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