sábado, 18 de abril de 2015

HERÓIS GLORIOSOS - Por Rodrigo Curty

E foi conhecido o primeiro finalista do Campeonato Carioca. O Botafogo eliminou o Fluminense na segunda partida das semifinais. O Glorioso conseguiu vantagem antes mesmo da decisão. Conseguiu levar o jogo para seu estádio e viu Fred, o principal jogador do Tricolor que por ter falado algumas verdades da competição foi suspenso pela federação carioca e não pode entrar em campo. Era sabido que faria falta, basta lembrar que é o maior carrasco do alvinegro. No primeiro jogo, por exemplo marcou os dois gols da vitória por 2x1.
O gol marcado por Willian Arão, aliás foi muito importante para o duelo de hoje. O Glorioso precisava vencer por dois gols de vantagem ou repetir a diferença para levar a decisão para as penalidades, e foi exatamente isso que aconteceu.
É uma pena que o torneio está a cada ano jogado às traças e se destacando mais pelos bastidores do que o que ocorre em campo, mas hoje, menos mal que a vitória veio de forma justa, na bola e sem influências, mesmo que digam que no primeiro gol, o lance nasceu de um impedimento, esse que não teve reclamação de nenhum jogador do Fluminense, é bom que se diga. De qualquer maneira deve ter polêmica, após ver o lance na TV. Erros ocorrem e sempre irão ocorrer, mas vale o lance de cada peso uma medida. Não me pareceu arquitetado.
Fora isso, o Botafogo foi um time valente, organizado e com muita vontade de resolver logo a classificação. Abriu 2x0 e poderia ter feito pelo menos mais dois gols. Como quem não faz leva, o preguiçoso, desorganizado e desanimado Fluminense chegou ao seu gol na cobrança de pênalti perfeita de Jean quase no fim da primeira etapa. Vale o registro que o lance é um daqueles que alguns árbitros não marcariam, por entender que o atacante, no caso o jovem Kennedy foi para o contato. Enfim, ao meu ver, qualquer coisa que fosse marcado seria correto.
Veio o segundo tempo e o cenário foi outro. O tricolor mais empenhado, concentrado, porém errando sempre na última bola e com azar nas oportunidades com o zagueiro Gum que carimbou a trave por duas vezes. Além disso faltou experiência, essa que deve seguir com muita frequência no Brasileirão. O time tem que se reforçar para não ficar no sobe e desce da zona de degola com a intermediária. 
De volta a partida, a partir dos 20' o time do Botafogo começou a ter problemas com lesões de seus jogadores. Bill, Marcelo Mattos, Carleto, enfim, era um time valente e nitidamente sem pernas e que não passou sufoco. O jogo foi se arrastando e finalmente chegou no destino que nenhum clube gosta, a marca da cal.
Uma pena o Nílton Santos estar vazio. Pouco mais de 16 mil torcedores viram as incríveis 11 penalidades para cada equipe e o placar final de 9x8 e duas defesas de cada goleiro. Renan e Diego Cavalieri, um dois dois poderia ter sido o herói, mas o goleiro do Fluminense foi o vilão. Chutou sua cobrança para fora e não defendeu o do substituto de Jefferson. Coisas do futebol. O arqueiro não pode ser insultado, pois está lá para pegar e não para fazer.
Resta agora o tricolor se planejar para seguir firme no Brasileirão sem a parceira de anos - Unimed e provar que a mescla de experientes e jovens, diga-se de passagem com talentos pelo menos se mantenham na zona intermediária. Será um ano de Flu contra todos, afinal até hoje a maioria não aceita que a Portuguesa tenha pago o "pato" do rebaixamento.
Ao Botafogo meus parabéns pelo heroísmo, mas a ordem agora é se recompor logo e se preparar melhor fisicamente e tecnicamente para chegar ao tão sonhado título que daria moral para a disputa da série B. 
Sinceramente vejo Vasco e Flamengo que lutam pela outra vaga amanhã mais preparados. A questão é que no futebol se ganha na bola e muitas das vezes a vontade e superação vence a técnica e o elenco mais estruturado. Vamos aguardar.
Até a próxima!

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