E o futebol brasileiro caminha a passos largos para o buraco. Os regionais
se arrastam e empolgam, se é que pode-se dizer isso, apenas nos clássicos. A
maioria das equipes consideradas grandes parecem não se preocupar muito com os
seus resultados.
Vejamos, por exemplo no Rio de Janeiro. O torneio, apesar de muitos
entenderem que está melhor que no ano anterior já era uma vergonha antes mesmo
de seu início.
A falta de unanimidade entre os quatro grandes junto a Ferj deixou claro
que o torneio teria problemas. A dupla Fla x Flu se considera a mais prejudicada e
de fato devem ficar atentos. Podem esperar que a reta final nos provará isso.
Ontem a dupla fez o clássico da rodada e contou com um lance bastante polêmico.
O árbitro Wagner Magalhães ajudou a complicar ainda mais a vida do Fluminense e estragou o que já
estava ruim de assistir. A vitória de 3x0 do rubro-negro ficou em segundo plano.
O motivo? Bem, o atacante Fred que já tinha amarelo sofreu uma falta clara e
acabou sendo expulso, por este profissional ter achado que foi simulação. Ora,
a imagem não mente, mas também pela experiência do jogador do Fluminense, bastaria
apenas cair e não ter feito uma cena como se tivesse amputado a perna. Não
quero acreditar em más intenções e sim na falta de técnica adequada aos
árbitros e, sem mudar de assunto, basta ver o que ocorreu em Friburgo. O time
da casa que heroicamente venceu o Vasco por 5x4 teve três pênaltis marcados
contra, sendo que se muito, apenas um aconteceu. Lamentável.
Mas de volta ao lance equivocado do Maracanã. Na saída do gramado, Fred
abriu a boca e falou muitas verdades que outros deveriam ter a coragem de
dizer. Tudo bem que quem fala é punido. O clássico da Mordaça deixou isso
claro. Luxemburgo também criticou e falou verdades, teve o apoio do tricolor e
dos torcedores antes da bola rolar e foi punido de dirigir sua equipe. A relação
atual entre os dois clubes é boa e bem unida. Tanto é verdade que na bola os
tricolores admitem que o rubro-negro foi leal e independente de ter um a mais
em campo, respeitou e provou ser mais organizado e técnico.
Mas infelizmente, a questão que a imprensa comenta hoje não é essa e sim
os erros atrás de erros. Não é de hoje que os regionais não agradam, porém não
sou a favor de sua extinção e sim de uma reciclagem. Porque não pensar em um
torneio em que os pequenos joguem nos meses de novembro, dezembro e janeiro e
que os grandes entrem apenas na fase de quartas de final ou simplesmente participem
de outras competições como o RJ x SP, Sul x Minas, e por aí vai? Valorizaria os
times de menor porte, daria planejamento e tempo para os grandes focarem apenas
nos torneios mais importantes do país. Mexeria com a rivalidade regional, seria
um aperitivo para o Brasileirão.
Agora isso dificilmente irá acontecer com a CBF do jeito que é. Assim, continuaremos
com as federações administrando de forma completamente inadequada e mandando os
times colocarem o que têm de melhor em campo. Seguiríamos com os fracos
regionais. Não concorda? Ora, basta olhar para o cenário atual. Os custos são
altos, os times menores sem investimentos são presas fáceis , a torcida não se
empolga com os péssimos níveis técnicos e os valores dos ingressos são fora da
realidade.
A solução para um campeonato mais profissional, rentável e empolgante está
longe de ser uma realidade. Por isso, é melhor não se frustrar com erros de
arbitragem, placares vergonhosos em Copas do Mundo e muito menos sofrer com o
futebol.
Até a próxima!
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