terça-feira, 5 de maio de 2015

A COPA PARA ESQUECER A COPA - Por Rodrigo Curty

E está quase na hora da bola rolar para mais uma Copa América de futebol. O Brasil busca seu nono título na competição que tem a liderança do atual campeão Uruguai que já levantou a taça em 15 oportunidades. A Argentina vem logo atrás com 14 conquistas. Já o Paraguai e o Peru conquistaram duas taças cada e Colômbia e Bolívia uma vez.
Nesse ano a Copa será disputada no Chile, que conta com um time bem competitivo e que fará de tudo para levantar a taça pela primeira vez.
A Seleção Brasileira ainda é uma incógnita. Apesar de termos que reconhecer que com o retorno de Dunga ao comando o time tem uma postura diferente do que apresentada na Copa do Mundo, onde jamais será esquecido o trágico 7x1 da Alemanha. A Seleção venceu equipes tradicionais como Argentina e França e marcou mais do que sofreu gols.
A campanha é ótima e digna de uma camisa com o peso da amarelinha, mas pelo menos para mim não convence o patriotismo. O problema não é o Brasil e sim a entidade que à administra. A CBF está longe de ser amada pelos torcedores, principalmente por manter uma postura pouco democrática e que ajude os clubes a se tranformarem em potências, financeiramente falando. A proibição de cada clube em poder buscar um caminho de transmissão televisiva, por exemplo é um grave problema. A amarração CBF e Globo é algo que incomoda muito. Está mais do que na hora da CBF trabalhar a mentalidade e buscar concorrências para às transmissões. Seria bom para todo mundo. TVs, anunciantes, clubes, imprensa e para a torcida que poderia assistir aos jogos em horários mais interessantes e não engessados e quando estiver em casa na TV que mais lhe agradar. Poderemos discutir esse assunto mais frente.
Hoje falo da Copa América. A tendência é que o Brasil busque e até conquiste o título. O ponto principal, porém será observar os jogadores que poderão atuar nas Olímpiadas no Rio de Janeiro, uma vez que para quem se julga o país do futebol esse é um título que falta na rica galeria de troféus.
Confira os grupos do torneio:
Grupo A: Chile, México, Equador e Bolívia
Grupo B: Argentina, Uruguai, Paraguai e Jamaica
Grupo C: Brasil, Colômbia, Peru e Venezuela. A estreia brasileira será contra a Seleção do Peru em 14 de junho.
Classificam-se os dois primeiros de cada grupo e os dois melhores terceiros colocados.

Confira os 23 nomes chamados por Dunga:
Goleiros: Jefferson (Botafogo), Diego Alves (Valencia) e Marcelo Grohe (Grêmio);
Zagueiros: David Luiz, Marquinhos, Thiago Silva (Paris Saint-Germain) e Miranda (Atlético de Madrid);
Laterais: Marcelo (Real Madrid), Filipe Luís (Chelsea), Danilo (Porto) e Fabinho (Monaco);
Volantes: Luiz Gustavo (Wolfsburg), Fernandinho (Manchester City), Elias (Corinthians) e Casemiro (Porto);
Meias: Everton Ribeiro (Al Ahli-EMI), Douglas Costa (Shakhtar Donetsk), Willian (Chelsea) e Philippe Coutinho (Liverpool);
Atacantes: Neymar (Barcelona), Diego Tardelli (Shandong Luneng), Robinho (Santos) e Roberto Firmino (Hoffenheim).
Percebe-se que o time de Dunga é mais homogêneo que o que disputou a Copa do Mundo, mas o padrão tático óbvio precisa ser revisto e ter pelo menos duas alternativas.  As caras são novas em todas as posições, isso é bom. Sou a favor de termos duas Seleções, uma caseira e outra com os jogadores de fora. Mesclar é interessante, mas nem sempre a solução como já vimos nas últimas Copas. A hora é de resgatar a paixão, mas sinceramente o país está mais preocupado com o que ocorre nas questões políticas e o torcedor, bem esse não mostra sinais de que a Seleção voltará tão cedo a ser um patrimônio de respeito, afinal ter o clube de coração no topo vale muito mais que o time do povo.
Até a próxima!
 

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