E não se passou nem uma semana que o mundo do
futebol vivenciou momentos lamentáveis de corrupção com certo final feliz, onde
vários “chefões” foram presos na Suíça para termos novas surpresas. Na ocasião,
a alegria só não foi completa, uma vez que é a expectativa de muitos que amam e
apenas se utilizam do futebol em prol do que é a razão deste esporte esperavam
ver acontecer. Trata-se da saída de personagens que insistem em permanecer em
suas respectivas federações e na maior instituição de todas, a FIFA.
De forma questionável, o então presidente
reeleito da FIFA Joseph Blatter seguia forte e respondia as questões sobre
corrupção que lhe foram perguntadas. Afirmou não dever nada, de ter a consciência
tranquila e ainda colaborar para que os corruptos fossem punidos.
Porém, bastou a ameaça da UEFA, através de
muitos de seus principais dirigentes inconformados com a reeleição de Blatter para articular um novo
torneio como alternativa à Copa do Mundo, juntamente com outros países não
afiliados para a corda apertar no todo poderoso do esporte Bretão. A pressão e a ausência do representante
inglês David Gill da primeira reunião do Comitê Executivo da FIFA, ocorrida no
dia seguinte à votação e sua provável renúncia ao cargo, assim como a
possibilidade do derrotado nas eleições, o príncipe jordaniano Ali bin
al-Hussein seguir pelo mesmo caminho foi a gota d’água.
Joseph Blatter, que preside a FIFA desde 1998,
a princípio para o bem do futebol renunciou e como tudo indica será substituído
no final do ano. Blatter sai com o desejo de que o futebol volte a ser visto de
forma limpa e que fique provada que a instituição não é toda essa sujeira que
pintam. Se até o momento não há provas para incriminá-lo, o mesmo talvez não
ocorra para nomes que mancham o futebol brasileiro como Ricardo Teixeira e
agora se “laranja” ou não Marco Polo Del Nero. Vamos aguardar os próximos
capítulos. Quem sabe não estamos próximo do belo dia do fim da CBF e
consequentemente surja uma liga mais justa e colaborativa aos associados?
A princípio é certo afirmar que a
credibilidade da FIFA não será retomada tão cedo. Os mercados que investem
pesado nas Seleções participantes da Copa do Mundo, além de tantos outros que
de certa forma colocam suas marcas pontuais no momento do evento estão
preocupadas, algumas até manchadas com os escândalos deflagrados e que
trouxeram uma imagem negativa que poderão ser recuperadas com as ações pensadas
pelo presidente da UEFA, Michel Platini.
O futebol sempre será um negócio. Uma fonte
de receitas extraordinárias, através de suas competições, mas que também prova
que sem gestão profissional dificilmente deixaremos de vivenciar os “chefões”
enriquecendo cada vez mais com jogadas políticas e perpetuando no poder.
Até a próxima!
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