E após quase 50 dias, finalmente a Libertadores da América voltou para
delírio da Nação Sul-americana.
Na primeira partida da semifinal, o duelo entre River Plate e Guaraní teve
muitos ingredientes da competição. O Monumental de Nuñez estava lindo, completamente lotado e
ensurdecedor.
No campo, o time da casa esteve nervoso, apreensivo e com dificuldades
para furar a retranca paraguaia. O objetivo principal da equipe que não sabia o
que era disputar uma semifinal há 10 anos, quando caiu diante do São Paulo era
fazer o placar em casa para aí sim começar a pensar no tricampeonato.
E olha que o River Plate no início era uma equipe praticamente eliminada.
Foi a última colocada dos classificados às oitavas, graças ao empate em 2x2 no
apagar das luzes contra o Tigres(Mex). Mal sabiam que ali era o início da
arrancada e resgate da confiança na competição. É verdade que os Millonarios ainda
tiveram a classificação contestada por alguns nas oitavas contra o seu grande
rival Boca Jr, no jogo do gás de pimenta, entre outras coisas. Eu discordo e
penso que foi feito justiça. Prova disso foi o duelo nas quartas contra o
Cruzeiro. Não teve jeito, os críticos tiveram que se render com a bela
apresentação dos argentinos.
De volta a partida, o que se viu foi o time da casa sofrendo
os mesmos problemas enfrentados por Corinthians e Racing nas fases anteriores. O
time paraguaio é bem armado, sabe esperar para dar o bote e principalmente
jogar pelo placar que interessa. Até então não havia levado gols nos duelos de
mata-mata. Mas como diz o ditado de “água mole, pedra dura, tanto bate até que
fura” veio à tona. Na bola parada o lateral direito Mercado apareceu de
surpresa e furou o bloqueio do adversário. A pressão continuou e ganhou força
com o incentivo das arquibancadas. Assim, veio o mérito ao melhor jogador da
partida, Rodrigo Mora. O atacante com
frieza e precisão marcou um golaço por cobertura. Vitória mais do que merecida
por 2x0 da equipe bem dirigida pelo ídolo Marcelo Gallardo e um pé já garantido na final, após 19 anos. Se hoje a tendência é de que haja festa
na madrugada afora, a outra é de que não tem nada ganho, afinal o Guaraní já
provou do que é capaz e não entregará o osso tão fácil para se tornar o novo
Once Caldas e LDU da competição.
Vamos aguardar. A difícil missão será na próxima
terça-feira, no também tradicional estádio do Defensores Del Chaco, no
Paraguai. Quem vencer terá pela frente o vencedor do duelo entre Internacional e
Tigres que medem forças a partir de amanhã, em Porto Alegre.
Até a próxima!
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