sábado, 18 de julho de 2015

ACABOU O CAÔ - Por Rodrigo Curty


E o Maracanã parece ter voltado a ser a casa rubro-negra. Fazia tempo que o Flamengo não jogava de uma forma que o adversário sentisse a pressão.
O cenário era propício. A dupla Sheik – Guerrero, finalmente estreariam juntos no ataque. A torcida queria ver de perto a grande estrela que até aqui justifica e bem o investimento feito. O adversário, o Grêmio, era um time que buscava se aproximar dos líderes e que merecia respeito.
O jogo foi bastante equilibrado, mas com o time da casa empurrado por mais de 50 mil pessoas. O Flamengo não deu espaços, falhava nos detalhes do último passe e nas conclusões, mas ao mesmo tempo dava aquela certeza de que o gol seria questão de tempo. E quis o destino que viesse no 2º tempo, após uma bola parada, bela defesa de Marcelo Grohe e gol de Guerrero, o terceiro dele em três jogos. Acabou o Caô, o time dirigido pelo sempre na berlinda Cristóvão Borges espera daqui para frente manter a regularidade.
A dúvida que fica é se o ciúme irá atrapalhar ou se o time se unirá cada vez mais. O capitão Wallace, talvez tenha sido mal interpretado, quando no fim deixou claro que a torcida veio ver o Guerrero e não o Flamengo. Na verdade, de certa forma ele está correto, pois admite que a equipe não joga por merecer esse público maciço. Os resultados, principalmente no Maracanã são terríveis, mas quem sabe isso agora não será coisa do passado?
A fórmula misturada entre torcida, ídolo e união pode dar certo. Em 2009, longe de comparações também foi assim. Na ocasião, o desacreditado e irregular Flamengo tinha um belo goleiro, uma defesa experiente, um maestro e um matador. Semelhanças a parte, e pelo atual nível do nosso futebol, é certo afirmar que goleiro e atacantes de qualidade o time já tem, basta aguardar um meia para dar esse equilíbrio ao determinados volantes e assim voltar a ser respeitado.
Tem muita água para correr debaixo da ponte, mas é bom ficarmos de olho no rubro-negro, uma vez que quando tem o apoio da torcida costuma crescer nas adversidades.
Até a próxima! 

 

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