sábado, 4 de julho de 2015

CHILE EM FESTA - Por Rodrigo Curty

E finalmente a nação chilena pode vibrar com a sua seleção. Foram longos anos e oportunidades para se conquistar um título de expressão para o país. Desta vez, o fator casa fez a diferença contra a equipe da Argentina. 
Se anteriormente as derrotas inexplicáveis, a falta de má sorte e comemorações de adversários em seu território abalaram e sempre deixavam a sua torcida com um pé atrás, desta vez o que se viu foi uma equipe de grande geração, talvez a melhor dos últimos anos e que tende a dar ainda mais alegria.
Mas sejamos sinceros. A equipe chilena, mesmo jogando bem nas partidas que atuou nesta Copa América até a grande decisão, teve lá seus benefícios. O time se tornou odiado por muitos, virou alvo de polêmicas, principalmente após a vitória sobre o Uruguai, mas de qualquer maneira não pode ter a conquista inédita contestada pelo que produziu e se propôs a fazer no torneio. É de se elogiar o trabalho do técnico argentino Jorge Sampaoli e o que demonstraram alguns jogadores como o experiente goleiro Bravo, Medel, Vidal, envolvido em acidente no início da Copa, Aránguiz, Valdivia e Alexis Sánchez.
Hoje, o Estádio Nacional de Santiago que já foi palco de opressão nas décadas de 70 e 80, nos terríveis tempos da ditadura de Pinochet hoje contou com mais de 45 mil testemunhas que vibraram, choraram e sorriram em sua maioria no gol de Alexis Sánchez que decretou a vitória nas penalidades por 4x1. A festa das bandeiras doadas também fizeram a diferença na beleza da festa que só não foi 100% louvável, por causa da falta de educação ao vaiarem o hino argentino, mas infelizmente isso não é uma exclusividade chilena, vide o comportamento da maioria dos países do continente. 
No caso da Argentina, penso que merecia uma sorte melhor, mas esqueceu de jogar o belo futebol apresentado contra o Paraguai. Foi covarde, se preocupou mais em não levar gols do que fazer. 
Messi, na minha opinião é um craque incontestável, porém na seleção ainda não teve a sorte ou para azar das competições o gosto de levantar a taça. Foi a  terceira vez que o gosto amargo do vice fez parte da vida do camisa 10 que seguirá com essa cobrança. A geração é muito boa e tem tudo para brilhar nas eliminatórias e consequentemente na próxima Copa do Mundo, mas para isso terá que se ajustar na defesa, setor que fica a desejar pela ótima qualidade meio e ataque. O fanático torcedor argentino hoje chora ao invés de gritar é campeão, mas jamais abandonará seu país. 
Para o Chile vale  e muito comemorar e não perder o foco daqui para frente. O próximo desafio é a eliminatória para a Copa na Rússia. O sorteio ocorre no dia 25 de julho e pode anotar que será uma das mais equilibradas. O Brasil que se cuide e abra o olho para não ficar fora pela primeira vez de uma Copa do Mundo. Já a disputa da próxima Copa das Confederações, em 2017, também na Rússia está garantido com o título. 
Parabéns a Roja que agora pode se gabar de não ser um time do "quase" e que ganhou de vez o respeito sul-americano. Pode esperar, pois eles querem mais para alegria de seu torcedor.
Até a próxima!
 

Um comentário:

  1. De fato, o Chile fez por merecer este título inédito.
    Sua seleção é boa, competitiva. Entrou em campo muito bem articulada e não deu espaços para a Argentina jogar como fez contra o Paraguai.
    Seu técnico é argentino, sabe tudo sobre as manhas e manhãs da forma da Argentina jogar. Tanto assim que pareceram fazer os mesmos esquemas lá e cá. Parabéns ao Sampaoli serelépico.
    Parabéns ao Chile. Argentina também está de parabéns. Reconheceu a igualdade e só foi derrotada nos pênaltis.
    Quanto ao Brasil, até parece que não foi a esta Copa.
    Está precisando muito de organizar-se. Coisa que não sei se saberá fazer.

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