E mais uma vez a Seleção Brasileira entrará em campo com a obrigação de
encantar a torcida. O palco de hoje é o belo estádio Castelão. O adversário será
a inexpressiva Venezuela, que ao meu ver, ao lado da Bolívia não deverá ser
mais do que uma coadjuvante a lanterna das eliminatórias, mas no futebol, há
muito tempo acabaram os chamados times bobos.
O Brasil que o diga. Se antigamente a camisa amarelinha, por si só já
fazia o adversário tremer, hoje a falta de inovações táticas, e quantidade de
jogadores comuns, além da falta de comprometimento de alguns que vestem à camisa
como se fosse qualquer uma, prova que o jogo continuará sendo decidido no apito
final e sem favoritos.
Se a estreia contra o Chile teve o ponto negativo de ter sido a primeira
derrota desde 1954, quando se iniciou as eliminatórias, pode acreditar que uma
vitória maiúscula hoje fará com que parte da “imprensa” volte a elogiar o time
de Dunga e passe à acreditar que a síndrome do 7x1 não existe mais.
Ora, quanta besteira. Todos sabemos que isso não se apagará jamais, porém as
cobranças para as renovações seguirão intensas, independente da forma que Dunga
explica que “terão que pagar” a conta que não pertence à eles. O treinador
cometeu um grande erro ao se excluir dos que foram derrotados. Basta ver os
convocados e perceber que muitos fizeram parte da tragédia do Mineirão. Penso
que a postura deveria ser outra daquele quem tem a missão de comandar o Brasil
à mais uma Copa do Mundo. É preciso humildade para reconhecer a necessidade de
reciclagem, valorizar mais o trabalho de base e os clubes brasileiros. Os “olhares”
estão muito voltados para fora, afinal é lá que o dinheiro corre em alta
escala.
O imundo mundo do futebol entristece os mais saudosistas, mas sem
hipocrisia, é sabido que não é de hoje que rolam interesses “extracampo” para
que uma Seleção convoque esse ou aquele jogador. Os empresários também têm
grande parcela de culpa nisso tudo. Agora se os envolvidos já sabem disso,
então por que não mudam? Ora, assim como na política, essas coisas não mudam da
noite para o dia, mas a cada queda, decepções, sujeiras que aparecem na mídia,
além das novas mentalidades que assumem às gestões dos clubes e das entidades,
vale acreditar em um futuro mais decente, mesmo que a longo prazo.
A questão é o presente. Hoje discutimos o que se esperar da Seleção
Brasileira principal nas Eliminatórias para à Copa do Mundo da Rússia. Sinceramente
ia ser muito interessante ver o país fora de um evento dessa magnitude.
Acabaria, talvez com a soberba de continuarem acreditando que somos o país do
futebol.
Por outro lado, é importante nos atentarmos que com às Olímpiadas no ano
que vem, no Rio de Janeiro, as chances do Brasil conquistar o primeiro ouro no
futebol são enormes. A base é muito boa e promissora. Vencer seria importante
para provar que, de fato existe a “tal renovação”. Mas e os jogadores que atuam
no país e que lá estarão? Ficarão no país? Claro que não, pois provavelmente,
antes mesmo da disputa estarão em terras estrangeiras. Uma pena e uma realidade
difícil de mudar.
Assim, seguimos com o patriotismo, pelo menos no futebol em segundo plano,
afinal, o que vale para 9 em cada 10 torcedores é a posição que o seu clube de
coração se encontra na tabela.
Até a próxima!
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