sexta-feira, 9 de outubro de 2015

BRASIL LEVA OLÉ DO CHILE E ENTRA PARA HISTÓRIA - Por Rodrigo Curty

A vida é realmente uma coisa maravilhosa e repleta de surpresas, mas nem sempre é lembrada de forma agradável. No mundo do futebol, a situação não é diferente. Como tudo na vida, sempre tem a primeira vez, e na maioria das vezes, essa quando chega, nem o protagonista, nem a vítima consegue esquecer.
A Seleção Brasileira, por exemplo vive até hoje o pesadelo de nome Alemanha. O vexame de 7x1 contra os últimos campeões mundiais, em pleno país, ainda deixa marcas. A equipe de Dunga não consegue deslanchar, passar confiança e provar que apesar de faltar muita coisa pela frente nas Eliminatórias, hoje não seria uma irresponsabilidade pensar que o time Canarinho, pela primeira vez poderá ficar de fora de uma Copa do Mundo.
Já é sabido que hoje o Brasil é na melhor das hipóteses à quarta força sul-americana, pois não tem qualidade técnica, alternâncias táticas e porque parou no tempo. Ok, hoje o consolo é dizer que à tão valorizada e falada Argentina também perdeu na estreia. Mas cá entre nós, isso é péssimo, pois no caso, o Equador que fez 2x0, em pleno Monumental de Nuñez, joga a próxima em casa e poderá abrir larga vantagem, colocando o Brasil disputando uma das vagas no G4 com os hermanos. Isso porque a Colômbia, Uruguai e Paraguai também venceram, sendo os dois últimos fora de casa.
Já foi tempo que só a camisa ganhava o jogo. Hoje é preciso que a seleção saia da soberba, coloque os pés no chão e tenha a humildade para reconhecer que deve de uma vez por todas ser “do povo” e não da CBF.
A estreia provou isso. O Brasil encarou a “não” mais surpreendente Seleção do Chile, em Santiago. A Roja está demais. O time hoje merece ser respeitado, independente de ter sido o último campeão da Copa América. O planejamento, paciência na filosofia de trabalho do treinador Jorge Sampaoli, o olhar profissional desde à categoria de base devem dar ainda mais resultados. A vitória de 2x0, gols de Vargas e Alexis Sánchez, encerrou um jejum de 15 anos contra o Brasil, que de quebra, perdeu pela primeira vez uma estreia de eliminatórias, que se iniciou em 1954.
O adversário sempre tido como “freguês” calou os mais otimistas, que insistem em acreditar que o futebol por aqui só precisa de pequenos ajustes, e apesar dos pesares ainda vai de vento em popa. Ora, vamos acordar para à realidade. O resultado foi ainda pior para Dunga e os seus selecionáveis. Em breve sairá o novo ranking da Fifa e a seleção chilena estará pela primeira na história, em uma colocação melhor do que o Brasil.
Mas a vida deve seguir. O próximo adversário será a “zebra” Venezuela, que perdeu em casa, pelo placar de 1x0 para o Paraguai. O jogo em Fortaleza deve ter festa, afinal o brasileiro, em sua maioria gosta mesmo é da farra. Mas é bom os torcedores se atentarem, pois Dunga, apenas para variar, deve seguir com sua teimosia e escalar mais uma vez de forma equivocada. Sempre respeito o que um treinador pensa ser o melhor, mas insistir no erro não dá. A torcida é para que Dunga “abra os olhos”, assim como os seus “companheiros” de comissão e, coloquem na cabeça que Gil, Kaká, Renato Augusto ou Lucas Lima e Ricardo Oliveira iniciem à partida.
Vamos aguardar. E por favor, não se empolgue com uma possível goleada, afinal, nem isso será capaz de fazer o brasileiro esquecer dos gritos de olé, olé, olé no estádio Nacional e do futebol antiquado que vem jogando.

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