O tempo passa, a bola rola, os gols saem, as vitórias só aumentam e a ansiedade para levantar mais um título não cessa.
Qualquer semelhança nessas virtudes e estado de espírito com o Corinthians nesse Brasileirão é mera coincidência.
Ora, por mais que muitos ainda insistam em dizer que as “tais” ajudas ou “erros” de arbitragem à favor da equipe paulista tenham culminado para tal situação da equipe, sejamos sinceros em admitir, que de fato o “Timão” faz jus ao apelido.
É verdade que foram muitos erros que hoje poderiam mudar o cenário atual, mas todos tiveram “ajudas” da péssima arbitragem brasileira. A diferença é que o Corinthians soube se aproveitar e teve competência para administrar a liderança.
Basta lembrarmos do início da competição. Os dirigentes corintianos, assim como muitos dos comandados de Tite, para quem não se recorda foram judiados. O elenco dava à impressão que seria um mero coadjuvante, afinal se desmantelou com a saídas de peças importantes como Fábio Santos, Emerson Sheik e Guerrero, por exemplo.
Mas bastou dar tempo ao tempo e deixar o treinador trabalhar com a maestria de poucos que dirigem o time de Parque São Jorge ou como queiram, o de Itaquera. Tite conhece muito o elenco e bastidores do alvinegro. Segurou a onda e soube transformar à água em vinho e separar as arestas e vaidades.
Mas qual o segredo para o sucesso no Brasileirão? Ora, é sabido que o campeonato, apesar de ser fraco tecnicamente precisa de regularidade, e nisso o Corinthians sobra. O time não vacila como os “antes” candidatos ao título. Assim fica impossível não reconhecer a soberania do time paulista.
O elenco é para variar, assim como nos últimos anos homogêneo. As peças de reposição resolvem dentro do esquema de jogo, mesmo que burocrático, afinal o que vale mesmo é ser funcional. A zaga é sólida: Cássio, Felipe e Gil dão tranquilidade aos laterais que entram como titulares. Ora Fagner, ora Edílson, ora Arana, ora Uendel. No meio-campo um “tic-tac” de dar inveja em qualquer equipe. Um time titular que tem Ralf, Elias, Renato Augusto e Jadson não tem como dar errado. Até mesmo quando uma das peças ficam ausentes e entram, por exemplo, Cristian, Bruno Henrique, Danilo ou Marciel, o padrão é mantido.
O ataque que até pouco tempo era questionado também não decepciona. O contestado e inicialmente reserva, a ponto de ficar chateado - Vagner Love é uma unanimidade. O artilheiro do amor já fez 11 gols, sendo três nas últimas duas partidas e é muito importante para o esquema de alternâncias táticas. Luciano, Rodriguinho, Malcom, Rildo e até mesmo Romero tiveram uma importante parcela para o clube estar em primeiro com números tão expressivos: 21V – 7E – 4 D. Marcou 58 gols e sofreu apenas 25.
Ainda faltam seis rodadas, porém por mais que possa doer nos rivais ou nos clubes de outros estados, o fato é que o Corinthians merece o aplauso por mais uma conquista e por provar que é possível chegar ao topo com planejamento, comprometimento e união. Sim, hoje só um erro tremendo de percurso para o título cair nas mãos do Atlético MG, uma vez que os outros brigarão apenas pelo G4.
Até a próxima!
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