terça-feira, 19 de janeiro de 2016

CONCENTRAÇÃO GANHA JOGO - Por Rodrigo Curty


A maioria dos jornalistas não é a favor das concentrações nas equipes de futebol. Eu também me incluo nessa lista. Não que não entenda que deva ter um entrosamento do plantel, principalmente quando a equipe é quase que praticamente reestruturada, mas há outras maneiras de se fazer isso, menos sacal. A concentração deveria ser feita de forma mais leve e com certa liberdade, desde que houvesse o comprometimento.
Os tempos são outros no esporte Bretão. Impossível não entender e aceitar também que antigamente o nível de profissionalismo era totalmente diferente. Que me perdoem os jogadores atuais, mas mesmo com as raras exceções, hoje não a quem goste muito de ficar preso sobre regras de horários, cartilhas e outras obrigações de comissão técnica e cia.
A concentração anteriormente servia para criar um entrosamento dentro e fora do campo. A mídia não “enchia” e “vigiava” tanto. Os jogadores sabiam como lidar com a “prisão”. Eram profissionais que respeitavam e entendiam que eram meros funcionários e não apenas estrela do clube.
Era fato que tinha jogador que adorava esse momento, pois sabia que valia a pena vivenciar o quarto com o mesmo parceiro, armar brincadeiras com outras duplas, dar uma fugida para aprontar ou provar ser diferenciado. Isso sem falar que alguns, por causa dessa obrigação iniciaram uma amizade pós- clube.
Mas hoje, os grandes do futebol brasileiro sofrem demais com essas obrigações. Como se não bastasse os jogadores, ao voltarem das férias precisam se adequar as tarefas do dia a dia na academia, coletivos e trabalhos específicos para os que engordaram acima da média.  
Além disso, participam de torneios caça-níqueis, de verão e amistosos para recuperar urgentemente a forma física para quando for jogar no que vale não sentirem o peso.
Sou a favor de algo mais leve, porém com responsabilidade. Treinador que libera esposas, filhos e parentes para dar um apoio final. Horário liberado, desde que não comprometa no campo, afinal cada jogador tem a sua particularidade e sabe lidar com o seu, independente da concentração.
E você, acredita que esse aspecto é fundamental para um time ser o grande vencedor na temporada?
Até a próxima!

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