quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

A ESTRATÉGIA DE ROGERIO CENI - Por Rodrigo Curty

E o São Paulo venceu mais uma. Não é que o técnico do tricolor, o eterno ídolo da equipe, Rogério Ceni está surpreendendo?É lógico que os trabalhos apenas começaram e ainda será necessário passar por testes de verdade para saber se tudo não passa de um fogo de palha.
O fato é que o treinador aos poucos ganha o respeito e atenção dos adversários, atletas e da grande mídia, que em sua maioria, por mais que não declarem, torcem contra o sucesso do ex-goleiro artilheiro.
O jogo contra o Santos deixou claro, pelo menos para mim que o M1to gosta do futebol ofensivo e erra nas suas escalações. Erra? Bem, por que não acreditar que na verdade o que Rogério faz é dar oportunidade para todos que estão à sua disposição? Acredito que o papo de vestiário é de que não existe no elenco os 11 titulares e sim um grupo que deve respeitar as decisões e estratégias pensadas pelo treinador para cada partida que o São Paulo irá enfrentar.
Nesta noite contra o Santos isso me pareceu claro. Neilton que foi muito bem na temporada passada com a camisa do Botafogo, definitivamente não se encaixou na equipe. Parece um aspirante ao lado de veteranos. Na parte defensiva, e olha que isso não é de hoje, ainda há muito o que ser arrumado. Os laterais não passam confiança, e o miolo é confuso quando pressionado. Na parte de criação, entendo que antes há uma preocupação em recuperar a bola para depois abastecer o ataque. João Schmidt, Cícero, Thiago Mendes, e ainda com as possíveis entradas futuras de Jucilei e Wesley no decorrer dos jogos, os esquemas serão alternados entre um 3-4-3 e um 4-1-4-1. O ataque a princípio não preocupa. Chavez, Cueva, Gilberto e Pratto que estreia contra o Mirassol, dificilmente não darão conta do recado.
É bem verdade que ajustes devem ser feitos o quanto antes. Essa foi a terceira partida que o São Paulo saiu atrás no placar e conseguiu a virada, porém nem sempre será assim, e contra uma equipe que enxergue isso, é certo até dizer que o tricolor poderá ficar vulnerável.
E olha que contra o Santos isso era até certo ponto esperado. Sim, nem o mais otimista acreditava na proeza da virada e na quebra de um tabu que já durava quase sete anos(considerando todas as competições). O olhar do treinador e a composição tática fez toda a diferença. Rogério tem a capacidade de ler a partida e acertar o que antes era considerado um erro. Tem os seus méritos e se não deixar subir na cabeça pode ter uma equipe bem competitiva na temporada e chegar ao estrelato, antes do esperado. O risco de aceitar se expor "precocemente" está dando resultado porque entende a linguagem e sabe passar a sua liderança.
A prova disso foi a entrada de Luiz Araújo no lugar de Neilton - Fez a diferença ofensiva. O jovem jogador marcou dois gols e ao lado de Cueva foi um dos destaques da vitória de virada por 3x1. Apesar dos gols, é certo afirmar que a vaga no ataque ainda é uma incógnita e sim, deve ser preenchida por Wellington Nem, assim que esse se recuperar de sua lesão. 
Vamos aguardar os próximos capítulos e as partidas mais graúdas para termos a certeza de até onde vai a glória de Rogério Ceni. Se de fato é uma grande descoberta ou um sortudo temporário. Desejo sorte e parabéns ao treinador são-paulino.
Até a próxima!

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