segunda-feira, 7 de agosto de 2017

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER - Por Rodrigo Curty

coluna do Flamengo
O assunto de hoje não é livro e nem cinema. Trata-se de futebol, que não deixa de ser uma arte e tão pouco, em sua atual conjuntura de vendas mirabolantes e jogos tecnicamente fracos possa ser comparado ao clássico do tcheco Milan Kundera.
Para quem não conhece a obra, uma pequena descrição para entender o que vem a seguir. O livro conta com enredos erótico-amorosos e se passa em um tempo politicamente opressivo. Traz uma reflexão da existência humana como um enigma que resiste à decifração. Mostra a escolhas e situações do acaso de seus protagonistas, que remete o peso insustentável que guia a vida e o reconhecimento da opressão, de forma que consiga suavizá-la
O romance tem muito a ver com a situação atual ou de alguns anos do Flamengo. Começando pela política do clube e longe de criticar a forma com Eduardo Bandeira de Mello e seus respectivos gestores conduzem o clube, principalmente no quesito financeiro.
Sem sombra de dúvida, o que se viu do Flamengo "no papel" no ano passado para esse é completamente diferente. A receita que entra e sai é absurdamente maior, assim como os nomes para vestir o manto rubro-negro.
Esse ao meu ver foi um dos principais aspectos que culminaram na demissão de Zé Ricardo. Se no ano passado, o comandante teve um rendimento extraordinário, mesmo caindo inexplicavelmente na reta final da competição, pelo menos via dentro do campo, um time com raça, entrega e sintonia entre os escalados e reservas. 
Nessa temporada, o peso ambicioso de conquistar a Libertadores e o Brasileirão naufragaram com os que chegaram para somar e sem nenhum planejamento, afinal toda semana era um ou outro que se juntava aos presentes.
A primeira queda, ainda na fase de grupos ajudou na sequência ruim, sobretudo emocional. A falta de competência, poder de reação, jogo bem definido, alternâncias táticas, confiança e união colabora para a diferença gritante de 18 pontos para o líder Corinthians.
O título nacional é uma ilusão e por que não entender que uma das vagas à Libertadores também? O time atual do Flamengo não tem nenhuma identidade com o clube, as tradições e só se fala em dinheiro, sócios-torcedores e trabalhar, trabalhar e trabalhar para mudar uma situação que não parece ter cura.
Assim a culpa maior vem sobre o treinador, claro. A mudança de comando sempre é válida se houver um desgaste e falta de pulso. A derrota por 2x0 para o Vitória, na Ilha do Urubu, estádio esse que veio com a ideia de ser um caldeirão, se transformou no inferno astral e a certeza da falta de comando de Zé Ricardo.
O treinador entrou com um estilo de jogo e uma escalação completamente diferente do que vinha fazendo. Entregou de vez os pontos e jogou para sorte a sua permanência. Acreditava como tantos rubro-negros que o elenco desse calibre rendesse se jogasse solto e sem medo de perder. Tinha tudo para dar certo se não fossem os mesmos erros dos jogos anteriores. Laterais que viram avenidas, zagueiros lentos e um meio que toca, toca, toca e não arrisca chutes, que insiste em chuveirinhos, não ousa em jogadas individuais e que não têm confiança.
Hoje o Flamengo busca entender a opressão de seus apaixonados torcedores. Tenta juntar os cacos, buscar a cura para amenizar a crise escancarada. Tenta recuperar o prestígio, a confiança dos que pagam altos valores pelo ingressos, dos que se associam, dos que não darão paz ao presidente e diretor de futebol Rodrigo Caetano e que desejam ainda as "cabeças" de Muralha, Rafael Vaz, Márcio Araújo, Gabriel, e por aí vai.
A tendência, se vierem os resultados é de um acordo de paz, principalmente porque um dos que desejavam a saída partiu - Zé Ricardo com seus 62,6% de aproveitamento nos longos 432 dias no comando e no currículo, a conquista do carioca desse ano e suas 47 vitórias, 25 empates e apenas 17 derrotas.
A ferida precisa ser estancada logo, independente de quem venha à assumir. Dizem que deve ser um nome de peso, um cara de pulso, que vibre e faça o time vibrar. Outros acreditam em nomes conhecidos, paizões e de identidade com o clube. Por fim, os mais pessimistas, pensam em soluções caseiras ou "inventadas" por essa diretoria que faz muito bem a conexão com empresários,e que nos faz lembrar de gestões como a de Kléber Leite. Sim, muitos jogadores e nada de resultados no campo.
Faça a sua aposta, alguns nomes como Carpegianni, Dunga, Jorginho, Oswaldo de Oliveira, Ricardo Gomes, Roger Carvalho e até de Reinaldo Rueda ventilam, mas quem assume mesmo, pelo menos até o jogo de quarta-feira contra o Palestino é o Sr. Jayme de Almeida.
Força ao Flamengo e pés no chão. O Brasileirão é ilusório, mas a Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana é uma realidade, antes mesmo da obrigação.
Até a próxima!

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

CORINTHIANS É LÍDER PELA COMPETÊNCIA - Por Rodrigo Curty

E o Brasileirão chegou a sua rodada de número 18 e o Corinthians ainda segue invicto. Dessa vez a vítima foi o Galo, em pleno Mineirão. Vitória por 2x0 com Jô voando e em uma fase espetacular na carreira.
A marca impressionante pode ainda ser histórica. Para se ter uma ideia em 2003, o Cruzeiro de Vanderlei Luxemburgo no comando e capitaneado pelo meia Alex chegou aos 100 pontos, sendo que no 1º turno terminou com 47 pontos. Na época o torneio contava com 24 clubes, assim é impossível não valorizar os atuais 44 pontos da equipe de Fábio Carille com menos partidas.
Se no início da temporada, a "quarta força" paulista aparentava ser apenas mais um coadjuvante, a cada rodada cala os críticos, não pelo futebol apresentado, e sim pela sua competência e frieza para vencer as partidas.
Quando falo de futebol apresentado, quero deixar claro que estou longe de valorizar o estilo de jogo, uma vez que sinceramente não me agrada, pois gosto de ver equipes ofensivas, jogando sem medo, mesmo que isso custe a vitória. É assim que acontece com equipes mais fortes no papel como Flamengo e Atlético MG, por exemplo. O Palmeiras, que também não escapa desse quesito deve ser lembrado porque é o melhor das últimas dez rodadas. O time de Cuca aos poucos se reencontra com o bom futebol ou melhor com a melhor forma burocrática de vencer as partidas. Em pontos corridos é o que vale.
De qualquer maneira, o Corinthians merece respeito. O time joga um futebol pragmático, inteligente e acima de tudo com muita personalidade. Não é à toa que hoje já conta com a melhor campanha na "era" dos pontos corridos. Um aproveitamento de 81,5% (13V e 5E). Fora isso, mesmo quando "peca", mantém a longa margem de distância dos que correm atrás. Grêmio e Santos com uma diferença de oito e dez respectivamente devem crescer ainda mais e jogam um futebol que o público gosta de ver. Isso não é certeza de conquistas, mas de lembranças mais positivas para os amantes do esporte Bretão.
É bem verdade que ainda teremos um segundo turno inteiro pela frente. Serão mais 19 rodadas e muita coisa pode acontecer. O fato é que por ser tão forte em casa, dificilmente o Timão fica sem essa taça no final do ano. O motivo é simples. A equipe venceu jogando fora equipes como Vitória, Vasco, Grêmio, Palmeiras, Fluminense e Atlético MG. Essas que dificilmente são batidas em casa. 
Vamos aguardar para ver o que acontece, enquanto isso, o elenco questionado e considerado sem banco segue a sua jornada e merece a liderança. Faça a sua aposta e até a próxima!

segunda-feira, 31 de julho de 2017

FUTEBOL CHATO OU JUSTO - Por Rodrigo Curty

O futebol brasileiro está muito enjoado. Como se já não bastasse o nível técnico ser tão ruim, a falta de preparação adequada para os profissionais, sobretudo da arbitragem, polêmicas desnecessárias e muita, mais muita hipocrisia têm cada vez mais destaques.
Os erros sempre existirão porque o esporte é feito de seres humanos. Errar e acertar faz parte de qualquer coisa na vida ou pelo menos deveria ser assim. O que dói é ver o time que torcemos ser o prejudicado da vez, uma vez que quando é beneficiado, simplesmente entendemos que o azar é do outro. 
O curioso que os dois lances mais polêmicos no intervalo de quatro dias envolveu o Flamengo. O rubro-negro na quarta-feira, pela Copa do Brasil teve uma penalidade marcada a favor do Santos e depois tirada, uma vez que o quarto árbitro informou ao árbitro principal, no caso Leandro Vuaden, de que não houve a penalidade. O que deveria ser aplaudido virou revolta e pior, o repórter da Globo Eric Faria foi acusado de ter sido o responsável em informar o fato "real" e ainda foi ameaçado de morte. Já o clube carioca foi acusado de ser ajudado pela Globo.
Muito bem, domingo chegou e com ele o clássico das multidões entre Corinthians e Flamengo. O jogo foi de um time por tempo. O Timão, líder absoluto do certame antes de marcar o seu gol, havia feito com o mesmo Jô, um legítimo e que de forma bisonha, lamentável, ridícula e catastrófica foi anulado pelo assistente Pablo Almeida da Costa.  
O jogo seguiu e o time da casa que vencia por 1x0, levou na etapa final um tremendo sufoco e acabou sofrendo o empate e só não foi derrotado porque esse ainda não era o dia. 
Na coletiva, veio o que se esperava. Pouco assunto da partida e apenas perguntas sobre o erro grotesco de Pablo. Fábio Carille, técnico corintiano estava revoltado com o erro e tem razão. O presidente do clube Roberto de Andrade também foi outro que reclamou e muito. E é bom que se diga que ambos reconheceram também que o Corinthians já foi beneficiado de forma equivocada na competição. 
Longe de achar que é bonito termos um dia de caça e outro do caçador e muito menos achar que afastar os péssimos árbitros fará a diferença. É preciso uma preparação séria, profissional e rodiziar os trios que ao invés de entrosamentos, seguem fazendo lambanças. Basta analisarmos que muitos dos erros ocorrem do mesmo trio. 
A imprensa também ajuda e muito nas polêmicas. Ontem por exemplo, houve quem questionasse aos jogadores do Corinthians se esse erro não foi de má fé para equilibrar o campeonato. Ora, isso é o cúmulo do ridículo. Todos foram e muitos ainda serão "ajudados" e "prejudicados" na competição.
Enquanto não houver educação nas quatro linhas, hombridade, fair play dos próprios atletas, essas polêmicas seguirão sendo mais manchetes do que os lances que valem ser comentados.
Por isso, sou sim a favor da tecnologia igual ocorre no vôlei, no tênis e no basquete, por exemplo. Na dúvida, vale a pena pedir o desafio. Fazer o que é certo. Mesmo que Carille e tantos outros entendam que isso fará do futebol algo chato, eu pergunto: É melhor correr esse risco de ter um futebol mais justo no quesito arbitragem ou se acostumar com essas bizarrices que vemos rodada a rodada no Brasileirão?
Pense, enquanto isso a bola continua rolando sem brilho e com espetáculos pobres, de conceitos de posse de bola sendo mais valorizado que a falta de gols, de equipes que perdem chutando o triplo, dobro dos que têm a competência de vencer com apenas dois, três chutes por partida. E viva o eterno 7x1.
Até a próxima!
 



quarta-feira, 26 de julho de 2017

FLAMENGO PERDE E AVANÇA - Por Rodrigo Curty

A Copa do Brasil já conheceu o primeiro duelo das semifinais de 2017. Flamengo e Botafogo farão o clássico regional na competição. 
O Botafogo derrotou o Atlético MG por 3x0 e manteve a hegemonia no duelo, afinal eliminou o Galo nas últimas oportunidades em que estiveram frente a frente no torneio (2007, 2008 e 2013). O Glorioso joga um belo futebol e é cirúrgico. Jair Ventura é um excelente comandante.
Já o rubro-negro encarou o Santos na Vila Belmiro. A partida eletrizante. O Peixe precisava vencer por pelo menos 2x0 para tentar avançar e o Flamengo buscava um gol para ter aumentar ainda mais a sua vantagem. E foi o que aconteceu - Berrío abriu o placar. Daí para frente a equipe de Levir Culpi buscava o resultado de 4x1. E não é que quase conseguiu? Pois é. Bruno Henrique empatou com um golaço, depois poderia virar a partida, após "sofrer" pênalti de Réver. Calma lá, Leandro Vuaden marcou e depois com a ajuda do quarto árbitro, que viu o certo, o desvio apenas na bola, voltou atrás. A polêmica foi desnecessária e convenhamos não seria tão apimentada se a segunda etapa fosse diferente. O Flamengo com Guerrero fez 2x1 com menos de um minuto. Era preciso mais três gols e lá foi o Santos. Com falhas grotescas de Rafael Vaz e Muralha marcou dois gols com Copete e Victor Ferraz em apenas um minuto e, ainda no fim com Copete novamente chegou aos 4x2. 
A Vila Belmiro viu uma partida e virada memorável de sua equipe. Agora polemizar que houve colaboração de jornalista, no caso Eric Faria para à não marcação da penalidade é no mínimo covarde. Penso que jornalista deve fazer apenas o seu papel, ou seja cobrir o evento e quando for perguntado pela emissora opinar. Jamais deve se envolver em decisões ou abrir a "boca" para falar o que viu, ele não é torcedor e sim um profissional.  Agora, também chegar ao ponto de ser ameaçado e acusado de ter interferido no resultado é lastimável. 
A questão que fica é que se o Flamengo que também teve um gol mal anulado na primeira etapa, estivesse vencendo ou perdendo de 2x1, dificilmente valorizariam o fato. Por isso deveríamos ter dois aspectos para se pensar - A ajuda da tecnologia de uma vez por todas para coibir a falta de fair play, malandragem e erros grotescos. E o pulso do árbitro em seguir com sua convicção, mesmo que absurda, ou seja, marcou o pênalti mesmo que equivocadamente, sustente a decisão.
Os dois times seguem firmes no G4 do Brasileirão. Contam com dois elencos interessantes e precisam entender que sempre estarão vivenciando erros e acertos da arbitragem, infelizmente isso não é exclusividade de ninguém, o que não pode é buscar coisas que não existem. 
Parabéns ao Flamengo, que avançou e que tem em Zé Ricardo uma incógnita. Prefiro acreditar que o treinador escale certos nomes para que os mesmos tenham mercado e saiam do clube e não por opções táticas. Vamos aguardar os próximos capítulos.
Até a próxima!
 

domingo, 23 de julho de 2017

O ETERNO WALDIR PERES - Por Rodrigo Curty

E hoje o futebol brasileiro ficou mais triste. Waldir Peres Arruda, o Waldir Peres sofreu um infarto fulminante aos 66 anos de idade.
O ex-goleiro, nascido em Garça, interior de São Paulo que iniciou a carreira no Garça FC, passou pela Ponte Preta em 1970, viveu o auge da carreira de 73 a 84 no São Paulo e ainda vestiu as camisas do América -RJ(84), Guarani(85 e 86), Corinthians(86 a 88), Portuguesa e Santa Cruz em 88 e, encerrou a carreira na Ponte Preta em 89 foi vencido pelo coração. Como treinador comandou durante 22 anos, de 1991 até 2013, equipes como (São Bento, Inter de Limeira, Nacional, Ferroviária  Oeste, Itabaiana-SE, Rio Branco-PR, Uberlândia-MG, Vitória-ES e Grêmio Maringá-PR.
É claro que não podemos esquecer da passagem de Waldir Peres pela Seleção Brasileira. Participou de 3 Copas do Mundo (74 e 78 na reserva e 82 na equipe titular). Quis o destino que participasse daquele time histórico, que encantou o mundo e infelizmente sucumbiu contra a Itália de Paolo Rossi. Se não há maior, com certeza uma das maiores derrotas do futebol mundial.
Muitos não sabem, mas Waldir como titular pela Seleção jogou 39 partidas e perdeu apenas essa partida. Fez defesas antológicas nessa Copa. Conquistou a Copa Rio Branco, a Copa Roca e a Taça do Atlântico. 
Em toda a sua carreira, porém, o time que mais agradece a sua presença é o São Paulo. No tricolor, o camisa 1 teve a fantástica marca de 617 partidas(perdendo apenas para Rogério Ceni). Conquistou 296 vitórias, 193 empates e apenas 122 derrotas. Levantou as taças do campeonato paulista de 75,80 e 81 e o brasileiro de 77, o primeiro do time paulista contra o Atlético MG, em pleno Mineirão. A conquista ficou marcada pela "malandragem" do arqueiro, que apesar de não pegar nenhuma cobrança, sem dúvida colaborou para que três (Toninho Cerezo, Joãozinho Paulista e Márcio) mandassem a bola para fora da meta.
Waldir Peres foi ídolo dos mais jovens são-paulinos. Era o "cara" que toda criança gostava de falar o nome nas partidas de rua, clubes e aonde quer que a bola corria, principalmente quando tinha uma penalidade máxima. Sim, Waldir também era pegador de pênaltis. Como se esquecer das defesas no histórico 19 de maio de 1981, quando o Brasil encarou a Alemanha em Stuttgart, vencendo por 2x1 e o lateral-esquerdo Paul Breitner, que nunca havia perdido uma penalidade na carreira, perdeu duas. A primeira no lado direito e na nova cobrança na esquerda? 
Waldir Peres deixa três filhos (dois homens e uma mulher) e uma noiva. Sem dúvida deixará saudades e uma marca importante, pelo menos para mim no que avalio dos goleiros. Goleiro bom é aquele que leva frango e se supera, é aquele que deixa sua marca e causa nervoso nos adversários. Aquele que tem maturidade de saber que errou e humildade quando faz o seu papel em campo. Vai com Deus Waldir.

Até a próxima!

quarta-feira, 19 de julho de 2017

ERROS DO FLAMENGO VÃO ALÉM DA ARBITRAGEM - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez o Flamengo tropeçou jogando em sua casa. A Ilha do Urubu não esteve completamente lotada para o duelo contra o Palmeiras, o que de certa forma foi uma pena, afinal a partida foi muito agradável, repleta de emoções e infelizmente contou com erros bisonhos da arbitragem, no caso do senhor Jailson Macedo Freitas.
Independente do árbitro não ter marcado falta nos dois lances que resultaram os gols do time paulista no empate em 2x2, o fato é que o rubro-negro está muito, mais muito aquém do que se espera dele na competição.
As contratações não param e os jogadores que chegam ainda precisam se adaptar. Essa tarefa não é nada fácil com o calendário do nosso futebol. A culpa então cai nas costas de Zé Ricardo. Ora, o treinador têm sim muita parcela pela falta de regularidade de sua equipe. Ele é o responsável por escalar e principalmente mudar as peças, após a leitura do jogo. As substituições são sempre as mesmas, a postura emocional da equipe é lastimável e o esquema é no mínimo óbvio, logo a leitura deve estar sendo feita de forma equivocada. 
E falando bem sério, o que alivia os torcedores é que essa falta de resultados positivos não é uma exclusividade do Flamengo. O próprio Palmeiras também investiu muito forte para a temporada e não agrada. A semelhança dos dois vai além dos "gastos", "estrutura" e do empate. Ambos contam com dois treinadores que possuem um elenco forte, porém sem um time formado. Cada hora é uma mudança aqui ou ali, no caso de Zé Ricardo, a escalação das últimas partidas até vem sendo mantida e esse é o problema - o desgaste de peças importantes como Diego e Everton Ribeiro dentro do esquema equivocado sobrecarrega.
O esquema de tic-tac, valorização do posse de bola sem eficácia e a falta de inteligência para manter o placar à favor ou postura de liquidar logo as partidas está longe de acontecer.
Isso é inadmissível com o plantel atual. Analise comigo o que Zé Ricardo tem nas mãos - No gol, o ótimo Diego Alves tem tudo para amenizar os erros grotescos de uma zaga formada por Réver e Rafael Vaz. As laterais falham nas coberturas e são ineficientes nos cruzamentos. O meio tem a correria de Márcio Araújo, proteção de Cuéllar e as múltiplas tarefas para Diego e Evérton Ribeiro que ainda não se entenderam. No ataque Guerrero precisa voltar para abrir espaços para as subidas e aparições eficientes de Everton. 
Está na cara que o time precisa urgentemente ter o retorno do zagueiro Rhodolfo, que ao meu ver deveria formar a dupla com Juan, inexplicavelmente fora da equipe titular. No meio, o time tinha que aproveitar o que tem no banco e valorizar o jogo bonito, rápido e buscar incansavelmente o gol, mesmo abrindo mão de volantes. Por que não testar um time por exemplo com Arão, Diego, Éverton Ribeiro e Geovânio? E ter no ataque Guerrero,  Éverton, Bérrio ou Ederson, que também não entra mais? Por que insistir em Mancuello? Por que não testar Conca? As resposta talvez seja o básico -  O time tem que ter dois alas que apoiam e ter a proteção de volantes como Márcio Araújo. 
É certo afirmar que o Flamengo seria totalmente outro se valorizasse seu poder ofensivo e jogasse como por exemplo o Grêmio. O time de Renato Gaúcho joga sem medo e tem um banco homogêneo e equilibrado, ou seja, mudam as peças, mas não a postura e a vontade de ganhar.
Está mais do que na hora do Flamengo parar de reclamar de arbitragem e mostrar de uma vez por todas que está preparado para uma sequência longa, cansativa e rodar corretamente o elenco. Priorizar tudo que disputa sem inteligência custará as eliminações e perda do título brasileiro. 
É questão de tempo para a "casa cair", mas ainda tem muito chão e seja com Zé Ricardo ou outro treinador, o fato é que esse "homem" precisa definir dois times para colocar em campo, de acordo com os adversários e competições, caso contrário, cansará o time e morrerá na praia. 
O maior desafio do comandante é saber liderar e potencializar seu plantel, deixando claro que todos fazem parte das 11 opções. Convenhamos, o rubro-negro está bem longe de fazer isso. 
Arrisco dizer que bastará um novo tropeço ou eliminação da Copa do Brasil para a "desgraça" anunciada chegar na Gávea. O ambiente não está bom, Bandeira está desgastado e a paciência, bem essa só Deus sabe até quando se manterá. Faça a sua aposta.
Até a próxima!

sábado, 8 de julho de 2017

VASCO E FLAMENGO DEVERIA SER SÓ FUTEBOL - Por Rodrigo Curty

E um dos clássicos mais tradicionais do país, infelizmente terminou de forma trágica, vergonhosa e para não ser esquecido. Quando digo não ser esquecido, é por torcer, que de uma vez por todas, a justiça seja feita.
O tradicional jogo chamado de "clássico dos milhões" tinha tudo para ser apenas futebol, mas não foi. A rivalidade novamente deixou de ser apenas no campo e se transformou em uma batalha dos derrotados. E olha que não é exclusividade no Rio de Janeiro. Em grandes centros como São Paulo e Belo Horizonte, as autoridades não permitem clássicos de duas torcidas, o que convenhamos é lamentável e uma prova da falta de competência por parte dos organizadores. 
Ora, os estádios sempre ficam mais belos, quando divididos. As gozações, as comemorações de jogadores com sua torcida, a vontade de uma equipe derrotada em casa reverter na casa do adversário, disse adversário e não inimigo. Esses deveriam ser os ingredientes.
E olha que a partida tinha seus ingredientes apenas no fator campo - De um lado um Cruz-Maltino em uma nova fase e buscando se afirmar de vez na competição. Do outro, um Flamengo ainda sem dar o espetáculo esperado pela sua torcida, porém mais equilibrado e aparentemente nos eixos sonhados por Zé Ricardo.
O primeiro tempo foi pegado, ruim tecnicamente e cheio de faltas. As duas equipes não conseguiam criar. Veio a etapa final e a qualidade e diferença técnica do rubro-negro se fez presente. Pressionado desde o início, o Vasco achou o seu gol, que corretamente foi anulado, uma vez que Luis Fabiano na jogada anterior entrou forte em Léo Duarte e só não foi expulso por Daronco, porque este não teve pulso para dar o segundo amarelo, como não teve, quando Guerrero acertou anteriormente o zagueiro Rafael Marques na boca. O árbitro amarelou literalmente com sua farda amarela.
Daí para frente foi a vez de Diego perder um gol cara a cara com Martín Silva e do camisa 7 da Gávea aparecer. Éverton Ribeiro driblou com classe o lateral Henrique e cruzou na cabeça de Everton para o placar ser aberto. Ficou assim até o final. O Flamengo, pelo menos até amanhã seguirá na segunda colocação com 23 pontos e o Vasco na sexta com 16 pontos.
Quem dera, pudéssemos parar por aqui, mas a segunda derrota dos comandados de Milton Mendes em São Januário foi catastrófico. Cenas lamentáveis da torcida vascaína quebrando o próprio patrimônio, jogando rojões, bombas e objetos na direção da polícia militar, além de aterrorizar ambulantes e "torcedores do bem", que na confusão tiveram que se salvar, através das janelas das cabines de rádio. Os jogadores do Flamengo não saíram tão cedo do gramado e sofreram com o gás pimenta.
A guerra seguiu no entorno do estádio, entre grupos de torcedores vascaínos e da polícia militar. Haja garrafas, pedras, munições e bombas de efeito moral pelas ruas.
O presidente do Vasco, Eurico Miranda assumiu a coletiva para pedir desculpa pelas cenas. Sinceramente, pela arrogância em afirmar que o estádio é seguro, que havia pedido à polícia que o clássico fosse realizado com torcida única, não justifica a falta de organização e falta de segurança. Porém é aceitável que tenha declarado que o incidente estava premeditado, em caso de derrota, como o quase ocorrido, na derrota para o Corinthians. Ora, se o presidente já tinha essa ciência, por que então não se antecipou? 
E sejamos realistas. A partida de volta provavelmente será na Ilha do Urubu, pergunto: Um derrota rubro-negra será levada na boa ou terá a mesma repercussão? O país está um caos em todos os setores e, enquanto houver impunidade, tudo é possível. 
Vamos aguardar para ver se essas cenas mais uma vez terminarão impunes, assim como seus protagonistas. Sou a favor de uma pena muito pesada, seja com o Vasco, seja com qualquer outra agremiação. Os clubes devem ter o controle de quem entra e saí de seus estádios, caso contrário, precisam pagar o "pato", perdendo pontos, mandos de campo e até ausências de competições.
Até a próxima!

quinta-feira, 6 de julho de 2017

BOTAFOGO TÚ ÉS O GLORIOSO - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez o Botafogo foi maiúsculo na Libertadores. A equipe alvinegra, que desde a fase da repescagem cala os críticos, venceu mais um campeão da competição. Se anteriormente os tradicionais Colo-Colo (Chi), Olímpia (Par), Estudiantes (Arg) e Atlético Nacional(Col) sucumbiram diante do Glorioso, agora foi a vez do tricampeão Nacional (Uru).
O placar de 1x0, em pleno estádio Parque Central, em Montevidéu foi muito comemorado entre jogadores, comissão técnica e torcedores. E não tinha como ser diferente. Fogos de artifício na porta do hotel em que ficou hospedado, vestiário ruim, pressão dos torcedores locais e muito frio foram apenas alguns dos ingredientes. Nada disso, porém foi suficiente para tirar a proeza do time carioca.
É fato e merece aplauso o que Jair Ventura faz com o que tem nas mãos. A todo momento um jogador se machuca ou acaba saindo do clube. Recentemente foi o ocorrido com a grande contratação para a temporada - o meia Montillo, que infelizmente, pelas seguidas lesões desistiu do futebol no campo.
Mas quem sabe o que tem nas mãos e com competência consegue o resultado esperado. O jovem volante Matheus Fernandes, de apenas 19 anos é prova disso. Jair entrou com uma equipe formada por três volantes e mesmo assim não deixou de objetivo. Mesmo abrindo mão de um meia de criação, no caso Camilo, que entrou apenas no final da partida, a espinha dorsal formada pelo bom goleiro Gatito Fernández, o xerife argentino Joel Carli, os volantes Rodrigo Lindoso e Bruno Silva, além de João Paulo, que tem potencial e fez o gol tão esperado por todos do elenco, na frente tem a experiência e frieza de Roger deu conta do recado. Hoje é impossível deixar de acreditar no alvinegro e colocá-lo como uma das melhores equipes da temporada.
A partida foi tensa como é toda a Libertadores. Truncado, provocado, sem muitas chances de gols. Está mais do que provado que o Glorioso aprendeu, mesmo que de forma precoce a jogar como se deve a competição. Sem medo, afobação e aguardando a "bola" para resolver.  
O time de Jair Ventura não vence e nem marca gols há dois jogos no Brasileirão, mas na Libertadores provou ser cirúrgico, seguro de suas ações. Não falha quando tem a chance. Venceu assim aos 37' com o gol de João Paulo.
Depois aguentou a pressão, se agigantou e agora espera manter isso na partida de volta para chegar a tão sonhada quartas de final. É bom se atentar contra os uruguaios, afinal, não faz muito tempo que surpreendeu e eliminou fora de casa, duas grandes forças como Palmeiras e Corinthians.
Boa sorte ao Glorioso que já faz mais do que se esperava e prova que com planejamento, união e responsabilidade pode-se ir longe em qualquer torneio.
Até a próxima!



segunda-feira, 3 de julho de 2017

11ª RODADA DO BRASILEIRÃO - Por Rodrigo Curty

E lá se foi mais uma rodada do brasileirão, série A. Desta vez, a maioria dos mandantes não perdeu, porém empataram em cinco oportunidades contra os visitantes. Aos poucos, as equipes que eram tidas como favoritas ao título no final do ano, rendem o esperado.
No sábado foi assim. Duas das principais equipes do certame, infelizmente tiveram que jogar com suas equipes reservas. Melhor para o Palmeiras que alcançou a quarta vitória seguida e subiu na tabela. O Grêmio se manteve na vice-liderança e agora foca na Libertadores. O Santos não saiu do empate em 1x1 com o lanterna Atlético GO. De negativo mesmo foi a lesão no ligamento do joelho de Victor Bueno. O meia-atacante só retorna no ano que vem. Boa sorte!
O Botafogo bem que tentou parar o Corinthians. Só que o líder isolado venceu por 1x0, gol de Jô. O time segue como grande favorito ao título. Apesar da regularidade, entrosamento e força em casa, ainda acredito que seja muito cedo para cravar o campeão.
Já Flamengo e Atlético MG mostraram bom futebol contra São Paulo e Cruzeiro, respectivamente. O rubro-negro passou pelo tricolor por 2x0, chegou a terceira posição e, de quebra, colaborou na demissão de Rogério Ceni. Já a Raposa levou a virada em tarde inspirada de Fred. Mano Menezes, queira ou não balança no comando. Bastará cair na partida de volta das quartas da Copa do Brasil contra o Palmeiras.
Outro rubro-negro que foi bem foi o Sport. O campeão pernambucano conquistou a segunda vitória seguida e sonha alto. Vitória de 1x0 sobre o Atlético PR, que deve se atentar. Vanderlei Luxemburgo acredita no planejamento para calar os críticos. Quem não consegue sair do lugar é a dupla Ba-Vi. Empate sem gols e muito trabalho pela frente.
O mesmo serve para Avaí e Coritiba. O primeiro, em casa não conseguiu passar pela Ponte Preta. O segundo virou para cima do Vasco, e no apagar das luzes, cedeu o empate com sabor de derrota.
Hoje a noite, quem sentiu esse sabor foi a Chapecoense. O time catarinense foi melhor que o Fluminense e no fim, acabou castigado. 3 x 3 que custará a demissão de Vagner Mancini.
Pode anotar e até a próxima!

quarta-feira, 28 de junho de 2017

QUARTAS DE FINAL DA COPA DO BRASIL - Por Rodrigo Curty

A bola rolou pelas quartas de final da Copa do Brasil. E olha que a expectativa do público em assistir belos jogos se concretizou. Os duelos de clássicos foi eletrizante como conto a seguir.
Grêmio e Atlético PR abriram a noite da competição. O jogo no estádio do tricolor gaúcho praticamente garantiu o seu classificado às semifinais. Claro que falo dos comandados de Renato Gaúcho.
O tricolor sobrou contra o perdido, nervoso e sem vibração rubro-negro. O Grêmio, sem dúvida nenhuma apresenta hoje o melhor futebol do país. O time é envolvente, conta com variação tática e uma sincronia entre defesa, meio e ataque. Os jogadores estão voando. Edílson, Geromel, Ramiro, Barrios, Luan, Pedro Rocha, etc, estão iluminados. O time joga com uma sobriedade de dar inveja aos concorrentes. O time de Eduardo Baptista não viu a cor da bola. A vitória de 4x0 ainda ficou barato. Se não fosse por Weverton, a goleada seria ainda maior. Olho nos gaúchos que sonham alto na temporada.
Já na Ilha do Urubu, o Flamengo fez mais uma vítima. Desta vez o derrotado foi o Santos, que até teve alguns momentos de lucidez, porém sem competência para ameaçar a meta defendida por Thiago.
Já o rubro-negro foi mais envolvente, mesmo sendo precavido. A formação com dois volantes, desta vez formada por Márcio Araújo e Cuèllar e o apoio dos laterais Pará e Trauco, além das jogadas pelo meio com Diego que buscava a velocidade de Éverton e Berrío. Isso sem falar de Guerrero que ajudou novamente na defesa e no ataque. O time está longe de empolgar a sua torcida. O trauma da eliminação da Libertadores perdura e somente se cicatrizará de vez com conquistas. A Copa do Brasil, assim como o Brasileirão e a Sul-Americana é o sonho do torcedor. O elenco é maiúsculo e homogêneo, assim se bem organizado pode ganhar as competições.
A noite foi de golaços. Éverton e Cuèllar conseguiram vencer o ótimo goleiro Vanderlei que parou Berrío, em pelo menos três oportunidades. Se não fosse por ele, a classificação estava garantida hoje mesmo. A volta na Vila Belmiro ou Pacaembu não será fácil mesmo com a vantagem de 2x0. Vamos aguardar.
Já na Arena Palmeiras, quem esteve presente, viu um jogaço. Palmeiras e Cruzeiro, sete títulos da competição em campo honraram as tradições. Em dois tempos distintos, seis gols. Se o Cruzeiro pareceu que aplicaria uma goleada histórica no Verdão, na etapa final, quase viu a virada se transformar em realidade. 
O apagão das duas equipes ficou evidente. Temos que vibrar pela quantidade de gols e chances desperdiçadas, e sim, jamais analisar a falta técnica de ambas as equipes para evitarem esse tipo de tragédia. Deveria ser inadmissível aplaudir um time que ao mesmo tempo marca três gols com facilidade, sofrer os gols da forma que sofreu. 
Ficou claro que o time de Cuca aparentemente voltou a ser "cascudo", determinado a fazer a lição de casa, enquanto o de Mano Menezes ser um time sem equilíbrio emocional, mesmo com jogadores experientes em campo. O empate em 3x3 é uma vantagem a ser considerada, mas sinceramente, o sabor de "vitória" deu um sabor de quero mais ao Palmeiras para a partida em Belo Horizonte. Confronto aberto.
Hoje Atlético MG e Botafogo fecham a série da primeira partida das quartas de final. Por jogar em casa, vejo uma ligeira vantagem aos mineiros. É aguardar para ver.
Até a próxima!

CHAPECOENSE E CORINTHIANS NA SULAMERICANA - Por Rodrigo Curty

A Copa Sul-Americana é um desejo de muitos clubes do Brasil. Para alguns vale para se afirmar, enquanto para outros para fazer história. Muito bem, foi assim que Chapecoense e Corinthians jogaram essa noite.
O primeiro foi até Buenos Aires encarar a surpresa da competição, a equipe da Defensa y Justicia, que na fase anterior eliminou o São Paulo, em pleno Morumbi. A Chape busca o bicampeonato e sabe que para isso terá fazer muito mais do que o demonstrado. 
O erro de esperar por uma "bola" e aceitar a pressão do adversário custou caro. Por pouco o time de Wagner Mancini não sai com um empate honroso, uma vez que jogou com um a menos, após a expulsão infantil de Andrei Girotto no começo da etapa final. 
Mas de tanto insistir os argentinos mereceram o placar magro, porém importante por 1x0 aos 49'. Na partida de volta, no dia 25 deste mês, os brasileiros têm tudo para reverter a vantagem, mas para isso terá que ter afastado a má fase. O time perdeu a sua quarta partida seguida. Força Chape!
Já na Colômbia, o time reserva do Corinthians mediu forças contra o desconhecido Patriotas. O técnico Carille, visando a manutenção da liderança no Brasileirão e para evitar um desgaste maior de seu elenco resolveu poupar quatro importantes titulares - Guilherme Arana, Maycon, Jadson e Jô.
A partida foi disputada no estádio La Independência sobre uma altitude de 2.800m e com um gramado alto, fofo e pesado. O Timão sentiu a dificuldade, mereceu perder pelo péssimo futebol apresentado. Porém, graças a sua principal característica, o de não se entregar até o final, conseguiu um empate com o zagueiro Balbuena já no apagar das luzes e aumentou sua invencibilidade para 24 partidas.
Na partida de volta, no dia 26/07, dificilmente o Corinthians cometerá os mesmos erros, principalmente o demonstrado no 1º tempo contra o ajustado time colombiano. Pelo contrário, deve passar e com folga se jogar com a força máxima. 
O que fica de lição na verdade nesse empate é o que eu já imaginava. Falta à equipe um elenco mais fortalecido no banco de reservas. O plantel é reduzido e sem a presença de jogadores que formam a espinha dorsal que atua como música, que leva pressão, mas quando dá o bote se consagra fará falta em outras oportunidades. Por isso é bom aumentar ainda mais a gordura no Brasileirão, caso contrário, o momento atual será de um sonho bom que não durou até a sua plenitude.
Até a próxima!

segunda-feira, 26 de junho de 2017

O MÉRITO DO CORINTHIANS - Por Rodrigo Curty

E a décima rodada do brasileirão, série A foi muito boa para os postulantes ao título. Corinthians, Flamengo, Palmeiras e Atlético MG venceram seus jogos e curiosamente fora de seus domínios.
Tudo bem que o Grêmio atua de forma brilhante na competição e, assim como Cruzeiro e Santos pode brigar até o final pelo título.
É importante ressaltar que a liderança corintiana não é à toa. O clube que começou o ano sendo considerada a quarta força do paulistão, acabou como campeã e diferentemente daqueles que se iludem, após a conquista regional, planejou e bem seu início no torneio e soube se reerguer, mesmo em uma grave crise financeira.
A identidade do clube faz muita diferença. A manutenção do padrão desde a "era" Tite é fundamental para o sucesso da equipe. Basta lembrar que anteriormente Oswaldo de Oliveira e Cristóvão Borges tentaram impor uma nova cultura e metodologia de trabalho e foi uma lástima.
A velha máxima de time que se ganha não se mexe deve ser levada em consideração. Calma, longe de não ser a favor de mudanças, mas penso que cabe principalmente a comissão técnica criar alternativas táticas e estudar bem aspectos básicos como logística e adversários. Inventar ou querer mudar cultura não é fácil e muita das vezes é algo necessário.
No Corinthians definitivamente não é o que importa. Para o clube hoje mais vale manter o que se tem do que investir forte. Se não concorda, como explicar a efetivação de Fábio Carille e poucos jogadores contratados para a temporada? 
O primeiro semestre houve um investimento de apenas R$12 milhões em contratações, sendo a do volante Gabriel o mais caro (R$ 6,7 milhões por 50% dos direitos).   
O elenco é unido e homogêneo. Na equipe titular jogadores como Cássio, que voltou a defender como nos tempos áureos do clube, Fagner, Balbuena, Pablo(emprestado pelo Bordeaux para a temporada) e Arana levaram apenas cinco gols nos dez disputados. No meio, seja com Gabriel ou Paulo Roberto ao lado de Rodriguinho, Maycon e Jádson dá o equilíbrio e a qualidade no passe para o ataque com Romero e Jô deslanchar.
Outro fator importante dessa equipe é o equilíbrio emocional. O time não soma 26 pontos em 30 disputados apenas por sorte. Se analisarmos os números dos confrontos até aqui, na maioria, os comandados de Carille tiveram menos posse de bola e chutes à gol. Ora, no futebol o que vale é a competência. É melhor dar um chute e ganhar o jogo, do que chutar 15 e sair derrotado. Essa é a tal metodologia que perdura após Tite. Um time pragmático e sem a preocupação em dar espetáculo. O torcedor quer viver de títulos e não de exibições de gala.
Ainda tem muita coisa pela frente, porém o fator casa que é primordial para todos os participantes não é diferente em Itaquera. No ano passado, na mesma 10ª rodada, o Palmeiras era líder com 22 pontos, dois a mais que o então rebaixado Internacional, ou seja, os números não param de crescer e a tendência é ainda durar por um longo período.
Vamos aguardar para ver se haverá queda de rendimento na primeira derrota e quebra de recorde no ano. Já são 23 jogos invictos e outro torneio à vista - 4ªfeira é dia de Sul-americana contra o Patriotas (Col).
Faça a sua aposta. Apesar de aplaudir e elogiar o belo trabalho de Carille, a minha é que o Timão não terá fôlego até o final da temporada para se campeão, mas se manterá entre os quatro primeiros, pela "gordura" e fator casa. 
Até a próxima!
Até a próxima!

quinta-feira, 22 de junho de 2017

FLAMENGO GOLEIA E EMPOLGA - Por Rodrigo Curty

E mais uma vez a torcida presente na Ilha do Urubu saiu em ritmo de festa. O Flamengo goleou o bom time da Chapecoense, que definitivamente não consegue voltar a vencer na competição.
A obrigação do rubro-negro em somar mais três pontos e conseguir de vez uma sequência de vitórias na competição ficou nítido desde o início. Defesa, meio e ataque estão sincronizados e concentrados. Fora isso, a sintonia estádio e jogadores parece que deu liga.
Hoje Diego e Guerrero foram os grandes destaques da partida. O camisa 35 abriu o placar com um belo gol de fora da área. Já o camisa 9 calou aqueles que acham que ele tem mais a fama de perder do que marcar gols. 
É bem verdade que o peruano perdeu boas oportunidades de marcar até mais do que os seus três primeiros gols no torneio. Mas é fato também que o atacante ajuda e muito no esquema de Zé Ricardo. Ele marca atrás, tabela no meio e finaliza sempre que sobra uma bola. É um jogador inteligente e muito bem preparado fisicamente. Foi assim que deu o passe na medida para Diego marcar outro golaço na partida.
Quem estreou na zaga do Flamengo foi Rhodolfo. Ele entrou, por causa da contusão do capitão Réver, logo após a falha do goleiro Thiago no gol de Victor Ramos. E olha que mesmo sem ritmo de jogo, mostrou que sabe se antecipar as jogadas e dar segurança quando o time é pressionado. 
Ainda é muito cedo para cravar que o Flamengo decolará. A goleada foi merecida e mesmo em momentos de ansiedade o time se portou bem e soube esperar o momento de consolidar a vitória que poderia ter sido ainda maior.
O rubro-negro tem muita qualidade técnica e diversas opções para a maioria das posições. O planejamento é essencial nessa retomada tão desejada pela torcida e comissão técnica.
O mês foi cansativo, assim como será julho. Jogos sem tempo de folga para treinamentos, riscos de lesões, jogadores com altos salários no banco de reservas, enfim, gerenciar tudo isso não é uma tarefa fácil nem para um treinador considerado medalhão.
A vida de técnico no Brasil não é fácil, quem dirá então em um time de tanta tradição. Zé Ricardo ainda é questionável, mas precisa de tranquilidade para comandar. Precisa parar com a tal questão de "meritocracia". Penso que deveria simplesmente sentar com todos da comissão e jogadores e bolar equipes para os torneios que o clube se encontra. 
Nesse domingo, por exemplo, a partida contra o Bahia tende ser complicada, seja pelo desgaste, seja pela pressão do tricolor ter que voltar a vencer, após duas derrotas de forma avassaladora contra Palmeiras e Corinthians.
Zé Ricardo deve entender de uma vez por todas que têm um elenco de suplentes que dá conta do recado. Pense você que no banco tem jogadores como Muralha, Pará, Cuéllar, Rômulo, Conca, Ederson, Mancuello, Vinicius Junior e Leandro Damião. Isso sem falar que Everton Ribeiro deve fazer a sua estreia. Ora, será que não vale poupar nomes como o da dupla que acabou com o jogo de hoje, pensando já na partida de ida das quartas da Copa do Brasil contra o Santos? Fora isso, é importante levar em consideração a questão de evitar as lesões musculares pelo excesso absurdo de jogos. É para se pensar e confiar que no Flamengo, assim como em outros clubes, haja uma inteligência para saber como cada atleta se encontra após as partidas, seja física, emocional ou fisiologicamente. 
Hoje o time goleou e sim, bastará um tropeço domingo para toda pressão, desconfiança e cobranças voltarem à tona. Vamos aguardar para ver o que rola nos próximos capítulos. A Nação espera que a sequência tão esperada.
Até a próxima!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

A RODADA DOS MANDANTES - Por Rodrigo Curty

A nona rodada do brasileirão, diferente da anterior teve a supremacia dos mandantes com exceção de Santos e Fluminense que venceram bem os seus jogos.
O Peixe segue firme e com uma invencibilidade de cinco partidas. Mesmo desfalcado de importantes jogadores, os comandados de Levir Culpi conseguiram vencer o Vitória, em pleno Barradão por 2x0 e finalmente parece ter entrado nos eixos.
O Vasco, por sua vez, único time a vencer em casa na última rodada perdeu mais um clássico. O Botafogo quebrou um jejum de 4 anos ou 11 jogos com a maiúscula vitória por 3x1, com dois gols de Roger. Esse time de Jair Ventura joga um futebol agradável de se ver. Resta saber até quando irá durar.
No Allianz Arena, o Palmeiras mais uma vez cansou de perder gols e não empolgou a sua torcida. O adversário, o fraco tecnicamente Atlético GO quase que empatou no final, mas seria um pecado pelo o que se viu na partida. Vitória magra, porém importante para Cuca e cia. Agora é ver se embala.
E por falar em embalar, quem definitivamente não consegue engrenar uma sequência positiva é o Atlético MG. O Galo tropeçou novamente no Horto. Desta vez, o algoz foi o Sport Recife. Excelente empate em 2x2 que deixa Roger à perigo. Será?
Outro que teoricamente poderia sofrer pressão por melhores resultados é Rogério Ceni. O técnico do São Paulo não agrada a todos. O tricolor foi muito superior ao Atlético PR, que venceu por 1x0, graças a mais uma falha defensiva dos paulistas. A falta de sorte e competência custou mais uma derrota e a expectativa é de dias melhores com a chegada dos três reforços - Arboleda, Gomez e Petros. Já são quatro partidas sem triunfar e zona de degola cada vez mais próxima.
Por fim, o Fluminense bem desfalcado passou pelo fraco Avaí, em plena Ressacada. Maicon, ex-lateral da Seleção Brasileira teve uma estreia para esquecer - gol contra e desvio no chute de Mascarenhas. Abel Braga definitivamente tira leite de pedra. Aqui a base mais uma vez merece atenção.
Amanhã a rodada se completa com quatro partidas. O líder Corinthians recebe o Bahia, o vice-líder Grêmio encara o Coritiba, o Flamengo entra pressionado na estreia do zagueiro Rhodolfo contra o bom time da Chapecoense e o Cruzeiro visita a Ponte Preta. Faça a sua aposta. 
Até a próxima!

ESTAÇÃO DE INVERNO SKI MONTAIN RECEBE ETAPA DE VELOCROSS - Por Rodrigo Curty

E nesse próximo domingo, dia 25/06/2017, os apaixonados pelo velocross - motos que correm sem contar com obstáculos e saltos, como ocorrido no motocross, tem a oportunidade de participar e assistir a 1ª etapa da Copa Oeste de Velocross 2017.
O evento será realizado no belo espaço do parque Ski Montain Park, em São Roque. A organização garante a segurança e conforto de todos que participam e prestigiam as etapas, assim como as atrações e entretenimento do espaço. A competição que já está em sua quarta temporada, a cada ano desenvolve um trabalho sério e dedicado ao esporte familiar voltado ao lazer. 
Desta forma, aqueles que buscam adrenalina e oportunidades de um dia de muita curtição, adrenalina e boas brincadeiras não podem ficar de fora.
As atividades terão início às 7h30 com a abertura das inscrições e com os treinos livres que acontecem até às 10h30. Serão mais de cem atletas roncando suas motos para o delírio dos visitantes que acompanharão a partir das 11h a primeira largada.  
A prova é disputada em circuito fechado de um quilômetro e terá um tempo total de dez minutos e mais duas voltas, totalizando a média de 15 minutos. 
Durante a temporada de inverno vale a pena usufruir de todas as variedades turísticas e serviços oferecidos pelo município, através da Estância Turística de São Roque.
O diretor Roque Silva, do belíssimo espaço Ski Montain Park, demonstrou um grande orgulho em receber o evento, uma vez que isso reafirma o compromisso do parque com o esporte, como ele mesmo explica - “Abrimos nosso espaço ao esporte porque essa é a nossa essência. Velocross, além de um esporte radical, tem amantes de todas as idades e famílias inteiras apreciam a modalidade”.
É importante que se diga que o Velocross cresce a cada dia. Para se ter uma ideia, serão doze largadas para as dezessete categorias, separadas por idade, nacionalidade da motocicleta (nacional / importada), cilindrada e categorias femininas.
Os dez primeiros colocados ganharão troféus. O piloto que fizer primeiro a curva leva o Troféu Holeshot.  As categorias disputadas são: 50cc / 65cc / VX Junior (85cc 2t ou 125cc 4t) / VXFN (Fem.) / VXFE (Fem.)  / VX Nac. Amador / VX 2 TEMPOS / VX 200 / VX 230F (CRF TTR) / VX 250+ / VX Intermediária / VX 30 / VX 40 / VX 1 / VX 2 / VX Nacional Força Livre / VX Especial Força Livre.
Aos interessados em fazer parte, atenção - As inscrições devem ser feitas na secretaria da organização ou por meio da ficha eletrônica disponibilizada via e-mail, contato@copavelocross.com.br
Outras informações:
Endereço Ski Montain.: Estrada da Serrinha s/nº - Bairro Cambará – São Roque
Facebook.com/skipark.saoroque
Facebook.com/copavelocross
Organização: (11) 9 9786-7620 / (Reginaldo Andrade ).
Boa aventura e até a próxima! 

terça-feira, 20 de junho de 2017

GRÊMIO E O VALOR DA BASE - Por Rodrigo Curty

A oitava rodada do brasileirão foi fechada com uma bela partida. Cruzeiro e Grêmio fizeram um duelo de seis gols e muitas chances perdidas. Para quem viu apenas o resultado, pode pensar que os gols saíram pela falta de qualidade técnica das equipes, quando na verdade foi o contrário. Os dois times sempre buscaram o ataque e tiveram ótimas trocas de passes, jogadas estudadas e trabalhadas. Confira os melhores momentos e faça a sua análise.
Como seria bom se fosse sempre assim. Das 20 agremiações que participam do certame, infelizmente são poucas que valorizam a posse de bola, de forma efetiva, envolvente e com coragem para marcar gols, mesmo correndo riscos de levar.
O Grêmio é um time a ser analisado com atenção. Tudo bem que estamos apenas no início da competição e com a tradicional "janela" tudo pode mudar de forma drástica. O próprio tricolor deve perder uma de suas maiores joias, o atacante Luan. Jogador inteligente, frio e que joga pelo time. 
Entendo que um dos grandes segredos do time gaúcho é a valorização no que é desenvolvido na base. Jogadores como Marcelo Grohe, Arthur, Ramiro, Everton, Luan e Pedro Rocha são titulares absolutos e se conhecem desde o time da base. O time precisa acreditar naquilo que "fábrica". Deve usar desse artifício para voos maiores e até se equilibrar financeiramente, uma vez que é complicado e impossível competir com o mercado estrangeiro, o que é uma pena. 
É muita das vezes melhor ter uma equipe entrosada, unida e sem nenhuma estrela do que com jogadores que não possuem uma identidade e empatia do grupo. Quantas vezes não nos deparamos com ótimas equipes no papel e na prática ficam a desejar?
Além disso é importante ter alguém não apenas capacitado, mas também com uma história para fazer a "garotada" entender o que é vestir uma camisa de peso. Esse cara hoje é Renato Gaúcho. O herói e ídolo tricolor no ano de 83 faz um excelente trabalho, acima até da expectativa dos analistas de plantão, que entendiam até então, que o tempo de "férias" ou longe das quatro linhas lhe fariam mal ou na melhor das hipóteses, o transformariam apenas num tampão. 
Ora, às vezes é melhor ter alguém com a identidade do clube e com vontade de trabalhar sem holofotes, cobranças e expectativas, do que com medalhões que insistem em não admitir a necessidade de se reinventar. 
Em tempo, o líder hoje é o Corinthians, que ao meu ver também merece aplauso por apostar na base e não investir muito em jogadores para obter o sucesso. Resta saber se a longa temporada e elenco reduzido possa custar o sucesso, espero que não, afinal, a minha torcida é para que equipes tão tradicionais em desenvolver talentos, voltem a ter seus "meninos" atuando como titulares e resgate aos clubes, nomes que se transformem em ídolos por anos. 
Um time que faz muito bem isso e há anos é o Santos. Quem sabe, o Peixe em breve não incomode ainda mais os líderes e consiga o tão sonhado título brasileiro ou da Copa do Brasil? É esperar para ver. 
Até a próxima!

O VOLEI DO BRASIL MERECE RESPEITO - Por Rodrigo Curty

E lá se foi a primeira fase da importante competição de vôlei mundial - A Liga. Assim como outras grandes seleções, o Brasil não atuou nas nove partidas com sua equipe considerada principal.
Foram três semanas de duelos e um segundo lugar conquistado, após seis vitórias e três derrotas. A melhor seleção foi a França, derrotada apenas em uma oportunidade. Com a dupla acima, estarão na próxima fase da competição, Sérvia, Estados Unidos, Rússia e Canadá. Os duelos serão disputados no Brasil, na cidade de Curitiba
Sobre a nossa seleção, apenas na última semana, o técnico Renan Dal Zotto contou com os considerados principais jogadores. A base é a do time campeão olímpico com Bernadinho. A tendência é do time evoluir, desde que se use bem a mescla, afinal, sem os "medalhões" teve importantes vitórias e quando esteve mais forte, sucumbiu contra a Argentina, por exemplo. É normal vencer e perder, resta saber como manter o equilíbrio. 
É sabido que na hora "H" a Seleção Brasileira costuma dar conta do recado. Julho está aí e a disputa contra Rússia e Canadá não deve trazer surpresas. Do outro lado estarão Estados Unidos, Sérvia e a evoluída e constante França. 
Curitiba com certeza apoiará os nossos garotos. Bruninho, Wallace, Lucão, Lucarelli, Evandro, Renan, Lipe, Thiago Blendle, Thales, Maurício Borges e etc terá a nossa torcida e apoio com essa nova fase que o vôlei atravessa.
Agora é aguardar esse tempo de preparação e ver quem pode entrar com 100% de sua capacidade técnica e física. Brasil sempre entra como favorito e é bom que se diga, que uma perda de título deverá ser entendida pelos apaixonados por esse belo esporte.
Boa sorte Brasil e até a próxima!

















segunda-feira, 19 de junho de 2017

GRÊMIO EM BUSCA DA LIDERANÇA - Por Rodrigo Curty

E a rodada de número oito do Brasileirão, série A será fechada hoje com a promessa de uma grande partida. Cruzeiro e Grêmio medirão forças no Mineirão.
Apenas para variar a rodada teve várias polêmicas e erros de arbitragem. Isso não é novidade e ficará assim até o seu término, que diga-se de passagem, infelizmente, apenas na reta final, ganhará destaque sobre quem foi mais ou menos beneficiado. 
O campeonato deve ser valorizado pelas suas equipes e ter no campeão o mérito pela conquista no campo. A preocupação deve ser pelo desempenho e não pelos erros. 
A minha torcida é para que o jogo de hoje seja espetacular em todos os sentidos. E há ingredientes de sobra. O  time da casa se vencer dará um enorme salto na tabela e terminará a rodada na sexta colocação. Já se o tricolor gaúcho vencer, esse assumirá a liderança do certame, graças ao empate do Corinthians com o Coritiba. 
É verdade que estamos apenas na oitava rodada da competição. Apesar disso, é importante avaliarmos a tabela de cada um dos considerados favoritos e também daqueles que lutam na zona de degola. Muita coisa vai mudar e pode apostar, somente dará para termos certeza do que esperar das equipes na rodada de número 23, 24.
É fato que até aqui o que vimos foram equipes sem muito investimento surpreendendo. Corinthians, Grêmio, Coritiba, Santos, Botafogo, etc, fazem uma campanha interessante. A questão é até quando conseguirão superar equipes mais inchadas e melhores, pelo menos no papel? 
Calma, longe de menosprezar a posição dessas na tabela, apenas faço a consideração que, por causa de outras competições como a Copa do Brasil, Sul-Americana e Libertadores, que em breve voltam à ativa, as coisas provavelmente mudem de figura. 
Dos primeiros colocados hoje, entendo que apenas o Grêmio possa se manter, mesmo com o Timão sendo muito forte em casa. Para voos maiores é preciso ser forte também fora.
A equipe muito bem dirigida por Renato Gaúcho é assim, afinal joga da mesma forma dentro ou fora de casa. Tem elenco para suportar as competições. Resta saber se as lesões podem lhe custar o sucesso. Hoje a noite o time terá desfalques importantes. A Raposa também terá, mas diferente do time do sul, os comandados de Mano Menezes não conseguem embalar e ter a tão desejada regularidade. Hoje pode ser o dia, assim como viver um novo tropeço, o que não seria desastroso. Tudo é possível. O que a torcida deve se preocupar é como o time atuará e o que esperar quando joga em casa.
O fator casa sempre foi e será um grande aliado das equipes, sobretudo das mais fracas ou menos avantajadas. Essa rodada até aqui foi terrível para os mandantes e se mantiver, o torcedor do Grêmio agradecerá e torcerá para que o feito tão importante, quanto o de chegar à liderança perdure. O time sem dúvida nenhuma tem potencial para ficar por um bom tempo no primeiro lugar. Vamos aguardar.
Até a próxima!