segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ADEUS BRASILEIRÃO - Por Rodrigo Curty

E lá se foi mais um campeonato brasileiro, série A. Foram 38 rodadas de muita emoção, lambanças, surpresas e decepções.
O campeão foi o Corinthians com nove pontos de diferença para o segundo colocado Palmeiras. E o Timão entrou na competição como um azarão, principalmente por não ter no elenco, o que o time palestrino, Flamengo e Atlético MG, por exemplo tinham no papel. Por outro lado, mais uma vez ficou provado que um clube para ser o campeão deve ter um ótimo planejamento, união e principalmente ser um time e não um conglomerado de atletas, que muitas das vezes jogam apenas com o nome.
Santos e Grêmio fecharam o G4.
O torneio ficou aquém das expectativas no que diz respeito a técnica. Só que em emoção, sobrou até a última rodada. Quem imaginava que o Botafogo perdesse a vaga à Libertadores, dependendo apenas de suas forças em casa? E a Chapecoense se reconstruindo de maneira fantástica?  
Na parte da degola, em segundos, tivemos alternâncias de quem iria para à série B em 2018. Ora Vitória, ora Coritiba, ora Sport, ora Avaí. No fim literalmente, o principal protagonista desse maravilhoso esporte - o GOL definiu os últimos rebaixados Coxa Branca e Avaí para alívio do rubro-negro pernambucano e baiano. E olha que diferente de outros anos, apenas 43 pontos foram suficiente para se salvar em 16º colocado.
Já para os que buscavam uma vaga na Libertadores, o coração também trabalhou bem. Com a brecha de termos a possibilidade de nove equipes participantes, quem sorriu no fim além da Chape foram o Flamengo, o Vasco e o Atlético MG - calma lá, esse, desde que o rubro-negro carioca levante a taça da Copa Sul-Americana.  
Por pouco, quem diria o São Paulo não seria essa equipe a sonhar com a última vaga. Aqui a prova de que o campeonato é muito equilibrado. Um time que há quatro rodadas lutava para não cair, chegando à glória. Na atual conjuntura da competição, provavelmente teremos até a última rodada um time que lutava para não cair, jogando um torneio internacional. Esse o caso do Sport que vai para a Sul-Americana, caso o Flamengo seja o campeão da competição nesse ano.
Então pense comigo, um torneio com 20 equipes, provavelmente no fim, apenas cinco ficarão tristes de verdade, desde que tenhamos sempre uma equipe brasileira levantando as taças internacionais. Nesse ano, os que lamentaram foram: Vitória, Coritiba, Avaí, Ponte Preta e Atlético GO.  
Em 2018 com a Copa do Mundo pedindo passagem, o calendário apertado, haja emoção e novas surpresas. Faça desde já a sua aposta e até a próxima!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

BRASIL CONHECE OS ADVERSÁRIOS DA COPA - Por Rodrigo Curty

Foto: Berimbau em Foco
E nesta sexta-feira, a FIFA realizou o sorteio para à próxima Copa do Mundo. A anfitriã, estreará no dia 14/07/2018 pelo grupo A contra a Arábia Saudita. Depois encara Egito e fecha a primeira fase contra o Uruguai.
Já o Brasil caiu no grupo E, e terá pela frente a Suíça, Costa Rica e por fim a Sérvia.
O país que deseja ser campeão não deve escolher seus adversários, assim, independente do grupo que cada cabeça-de-chave caiu, o planejamento deve ser muito bem feito para evitar as sempre inesperadas surpresas.
A Seleção Brasileira é extremamente outra nas mãos do técnico Tite. O treinador sabe que não terá jogo fácil e que precisará de muito foco, união e respeito entre os selecionáveis. É fato que a delegação está praticamente definida e isso ajuda, afinal o elenco está mais entrosado.
Hoje eu não farei uma análise de cada grupo, prefiro apenas falar o que se esperar do Brasil na Copa. E prometo que mais para frente, faço a minha projeção, combinado?
Sinceramente, essa pode ser finalmente a grande chance de vermos o hexa se tornar uma realidade e de forma brilhante. Pelos prognósticos, fatalmente poderemos ter México, Bélgica, França, Argentina e Alemanha pela frente. Ia ser sensacional para uma Copa que terá as ausências de Holanda, Itália e Estados Unidos.
O planejamento começa desde já. Ficar em Sochi não será problema, mesmo tendo que se deslocar para os primeiros confrontos, na ordem - Rostov, São Petersburgo e Moscou. Após o dia 27/07, a gente vê o que será determinado de localização. 
Para se chegar ao tão sonhado título será preciso muita humildade. Sair dos holofotes, esse um grande adversário. Festas e regalias durante o torneio não pode acontecer. O brasileiro gosta de deslumbrar quando cresce. Se a lição já foi aprendida, com certeza os pés ficarão no chão. Um passo de cada vez, falar pouco e fazer mais. Evitar provocações, riscos de cartões para não sair de partidas importantes, enfim. 
A minha grande tristeza será ver o Brasil sendo campeão sem um time de jogadores que atuam no país. É uma Seleção estrangeira, queiram ou não. Mesmo com as desculpas de que os melhores atuam na Europa, a identidade pode ser crucial. Ganhar dessa forma, apenas fará com que cada vez mais não tenhamos os melhores jogadores em atividade em nosso solos e sim uma safra de jovens talentos, que surgem a cada dia nos subs 15, 17 e 20, buscando o caminho internacional. Uma pena e também a realidade dos que aqui estão - o de preferir ver a Seleção ser campeã, custe o que custar.
Caminhamos assim, e quem sabe um dia, mesmo distante, possamos vibrar com a Seleção Canarinho, proveniente dos times do país.
Até a próxima!

FLAMENGO COMO DEVE SER FLAMENGO - Por Rodrigo Curty

E o Flamengo conseguiu o que muitos não imaginavam. O rubro-negro venceu o bom time do Junior Barranquilla, em pleno estádio Metropolitano, na Colômbia. 
A equipe que vive momentos conturbados, de incertezas para o futuro e com uma temporada para ser esquecida, viajou com dúvidas de quem defenderia à meta na semifinal. Seria novamente Muralha, que já gastou todas as chances possíveis de fazer história positiva ou o prata-da-casa sem ritmo César? 
Ainda bem que para o bem de todos, a escolha de Rueda foi pelo jovem de 25 anos, que de esquecido, virou o personagem da partida. Nem os mais otimistas torcedores do Flamengo, esperavam tanta alegria e noite espetacular de um profissional que estava dois anos inativo e que no havia sido tirado da lista de inscritos da competição e retornou às pressas.
Ora, essas coisas que acontecem no futebol são inesquecíveis. César fez milagres, se impôs, provou que sabe o que é vestir esse pesado manto sagrado. Mostrou personalidade no primeiro lance de perigo - aquela bola, que se entra, desmorona todo emocional da equipe. Como um passe de mágica, esse peso foi para o time adversário, que sentiu jogar em casa e a responsabilidade de ter que fazer um único gol contra um time anos luz mais tradicional. Chutavam de tudo que era jeito, a fim de testar o "garoto esquecido". Tudo era em vão, e quando a bola ia na direção certa, César fazia o seu papel para o mundo ver, entender que de uma vez por todas, quando se tem preparo emocional, alegria, concentração e coragem, se chega longe. 
O Flamengo jogou com inteligência, aguentava a pressão e na segunda etapa conseguiu com seu outro "menino" dar início a conquista da vaga. Felipe Vizeu, o substituto de Guerrero, arrancou do meio-campo até a entrada da área, para com classe tocar por debaixo das pernas de Viera e calar o estádio.
Daí para frente o jogo ficou nervoso, a pressão aumentou com César sentindo câimbras e mesmo assim pedindo para permanecer em campo -  ele parecia já imaginar o que o destino reservava - Fez duas ótimas defesas e brilhou eternamente aos 43', quando encarou o craque deles, o veloz Chará, que da marca do pênalti viu uma verdadeira muralha rubro-negra saltar para o canto esquerdo e espalmar o que seria um gol para dar esperança aos colombianos. 
Para fechar com chave de ouro, novamente Vizeu, depois de bela jogada de Rodinei, estufou as redes, decretou a passagem às finais e a certeza de que craque o Flamengo faz em casa.
A história prova isso, o Flamengo não nasceu e nem vive para ter craques ou jogadores consagrados em outras equipes. O Flamengo vive e deve seguir com o que tem de melhor, com as suas crias, as suas pratas, afinal, são esses que na hora "h" não fogem, não se escondem e que assumem o compromisso de ter no fim o lugar ao sol.  
Agora é esperara e ver se essa diretoria que ganha 10 no quesito saúde financeira e para não ser radical ganha nota 6 em planejamento, aprenda de uma vez por todas e use essa semifinal como lição. O Mais-Querido merece um final de 2017 feliz e com o título internacional que não vem desde 1999. 
Que venha o Independiente, da Argentina. Que seja devolvida a perda do título em 1995 e que seja novamente um 13/12 inesquecível na Gávea.
Assim quem sabe 2018 definitivamente será o da ressurreição do Flamengo. O Flamengo que a torcida gosta de ver - o de raça, amor, paixão, identidade e títulos e mais títulos.
Até a próxima!

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

GRÊMIO GRANDE DO SUL - Por Rodrigo

foto: EL País
E mais uma vez o Rio Grande do Sul está colorido em sua maioria de azul, preto e branco. O tricolor gaúcho levantou mais uma taça Libertadores. A geração gremista deu conta do recado ao lado de jogadores considerados "refugos" em outros clubes. Isso sem falar que o comandante Renato Gaúcho, era visto apenas como um ídolo que tentaria a sorte de levantar títulos. 
Ora, o treinador provou que quem sabe realmente sabe e não precisa reinventar-se. Campeão da mesma competição em 83, no qual foi protagonista, inclusive na final do Mundial contra o Hamburgo-Ale, o ex-jogador mereceu e muito a conquista.
Renato bancou jovens como Maicon, Ramiro, Arthur, Luan, entre outros que jogaram a temporada com destaques que também vieram da base como o goleiro Marcelo Grohe e o meia-atacante Everton. E olha que devemos nos lembrar que Pedro Rocha também fez parte desse grupo e infelizmente teve que sair antes para o mundo internacional. Coisas do nosso futebol, que deve levar pelo menos dois dessa lista acima embora, se tudo correr bem, apenas no final do Mundial de clubes. Seria uma pena.
A noite foi eletrizante para o torcedor gremista. O Lanús buscava sua primeira taça na competição, estava com o apoio de seu torcedor e confiante, principalmente depois de eliminar o River Plate de maneira excepcional. 
O problema para os argentinos foi encarar um time copeiro e a fim de jogo. O primeiro tempo foi impecável, talvez um dos melhores de um time brasileiro no torneio. O tricolor foi soberano, calmo, estudioso e competente. Abriu 2x0 sem muito esforço e com erros dos zagueiros adversários, sim, em final, a atenção e a luta pela bola deve ser intensa. Melhor para o tricolor, que no primeiro gol, teve Fernandinho, quem diria, que saiu do meio-campo em velocidade até soltar a bomba da entrada da área e fuzilar Andrada. Depois o craque da Libertadores, o melhor jogador brasileiro em atividade no país, Luan fez uma pintura. Driblou os marcadores e com um toque embaixo da bola enlouqueceu sua fanática torcida presente no La Fortaleza. Era festa dos pampas na Argentina. 
Na segunda etapa como já era de se esperar, os comandados de Renato se defenderam, chamaram o Lanús e mesmo assim suportaram uma leve pressão, mesmo depois do pênalti infantil de Jailson, convertido pelo ídolo deles, o experiente José Sand.
O gol não passou de um susto, ainda teve tempo de Arthur sair machucado, Ramiro ser expulso e Luan perder o que seria o terceiro gol, após belo passe de Fernandinho.
Hoje o maior do sul é tri e no pôster estará os nomes de Bressan, Cortez, Jael, Cícero, Léo Moura e tantos outros questionados e capitaneados pelo não só cara de estrela, mas de grande conhecimento, competência e ainda mais ídolo Renato Gaúcho.
Parabéns Grêmio. E que as outras equipes entendam de uma vez por todas que um campeão se faz com respeito aos garotos, aos profissionais questionados e com um time e não apenas com nome no elenco. Que tudo é possível quando se honra a camisa que se veste, com raça, vontade e sem medo de ser feliz. Um título Tri-Legal. 


terça-feira, 28 de novembro de 2017

INDEPENDIENTE VENCE E ESTÁ NA FINAL - Por Rodrigo Curty

O cenário antes da partida válida pela semifinal entre Independiente e Libertad era de um estádio Avellaneda totalmente eletrizado, avermelhado, confiante e ansioso. E foi assim, durante e depois da partida, que ainda contou com mais um ingrediente, o grito de festa e comemoração pela classificação da tradicional equipe argentina.

O "Rojo" ou " Rei De Copas", como queira, não tomou conhecimento dos paraguaios. O Libertad havia vencido o primeiro duelo por 1x0, jogava pelo empate e até tomou a iniciativa, só que a pressão e dois lances capitais, culminaram para a sua eliminação na Copa Sul-Americana.
O jogo se resolveu na primeira etapa, e que bela partida. Ambos a fim de resolver logo, de chegar a final e longe de serem covardes. O time da casa aos 17' abriu o placar de pênalti - Barco sofreu a penalidade e depois cobrou com perfeição. O estádio foi abaixo e se contagiou ainda mais, após dois minutos, quando Gigliotti marcou o que seria o seu primeiro gol na noite.
Quem esperava um Libertad descontrolado se enganou - A bola parada que é o forte da equipe deu resultado na sequência com Cardozo Lucena aos 24'. O jogo ficou lá e cá até e aos 30', novamente Gigliotti, de carrinho deixava a vaga garantida à final 
Na segunda etapa o jogo seguiu com menos intensidade e mesmo assim teve alguns lances de perigo, principalmente contra o gol de Campaña. Os paraguaios perderam duas chances incríveis de empatar nos minutos finais. 
Valeu a valentia, a garra, só que no fim, prevaleceu a competência dos argentinos que agora esperam por Junior Barranquilla (col) ou Flamengo. No primeiro, o time carioca venceu por 2x1 e joga pelo empate. Confronto em aberto e bem complicado para os brasileiros. É aguardar para ver.
Até a próxima!

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

MURALHA ESTÁ PSICOLOGICAMENTE ABALADO - Por Rodrigo Curty

Foto: Gilvan de Souza/ Flamengo
E mais uma vez o Flamengo teve em Muralha a sua manchete. O goleiro falhou feio na derrota de virada por 2x1 contra o Santos. No primeiro gol santista, quis fazer o que não sabe, driblar o experiente atacante Ricardo Oliveira. Já no segundo, "comeu" um frango no chute de Arthur Gomes. A "cabeça" de Alex realmente não anda nada boa. Tudo dá errado.
É sabido que todo jogador profissional tem seus dias de glória e "aqueles" para serem esquecidos. O pior de tudo é que todo profissional que entende que pode ser o titular sonha e aproveita ao máximo quando a chance aparece - Faz de tudo para dar aquela "boa" dor de cabeça ao treinador.
Aí o X da questão, Muralha não só consegue dar a "terrível" dor de cabeça para Rueda como para os mais de 40 milhões de rubro-negros. Na final da Copa do Brasil, assim que falhou, entrou Thiago, esse "errou" na primeira final e para piorar, se contundiu. Logo na finalíssima lá estava ele, Muralha, e com ele, a expectativa de dar a volta por cima. O resto da história já conhecemos. Inseguro, nervoso, sem condições técnicas e se equivocando na estratégia das penalidades. Coisas do futebol.
Ali, ao meu ver, se injusto ou não, se profissional ou não, era a hora do Flamengo, que investiu tanto na trágica temporada, buscar um goleiro, e olha que não precisava ser nenhum arqueiro sensacional. Bastaria um que pudesse ser suplente em jogos de peso. 
Como se não bastasse a péssima temporada, os jogos perdidos por erros bizarros, Diego Alves, logo agora que melhorava a cada jogo, se acostumava  novamente com o futebol brasileiro se lesionou. Conseguir a classificação contra o Junior Barranquilla, na Colômbia, mesmo jogando pelo empate será uma missão desafiadora, sobretudo com o que Rueda decidirá para ser o camisa 1 - Muralha ou César? O primeiro deveria pedir para ser dispensado ou ser tratado como ser humano que é - um terapia poderia ser interessante. É nítido que o psicológico está muito abalado. Seria importante preservar seus familiares, amigos, e todos aqueles que torcem pela sua recuperação. 
O goleiro não é má pessoa, apenas está descontrolado e sem confiança. A melhor coisa a se fazer era dar férias para que se tratasse e procurasse novos ares. Já o segundo não atua há quase dois anos e mesmo assim tem como algo positivo ser um garoto formado na base, esses que sem dúvida nenhuma dão aquele "sangue" que o torcedor gosta de ver, principalmente nas adversidades. Basta ver quando joga Juan, Paquetá, Vizeu, Vinicius Júnior e agora Lincoln. A qualidade técnica não prevalece, ok, e sim, por outro lado sobra em atitude e determinação, o gosto de vestir o manto-sagrado e fazer história.
Ainda tenho dúvidas se a equipe passará às finais da Copa Sul-Americana e muito menos se vencerá o desesperado Vitória na última rodada do Brasileirão. A Libertadores é logo ali, e o caminho segue árduo para o Mais-Querido.
Vamos aguardar o desfecho desse capítulo. Até a próxima!


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

DRAMA RUBRO-NEGRO - Por Rodrigo Curty


Apita o árbitro, é fim de jogo no Maracanã. Depois de uma partida bem nervosa, gols perdidos, tristeza, aplausos, vaias e desconfiança, no fim das contas para o Flamengo a vitória de 2x1 de virada contra o bom time colombiano do Junior Barranquilla, em partida válida pelo primeiro duelo da semifinal da Copa Sul-Americana deve ser bastante comemorada. 
O rubro-negro entrou focado em campo com surpresas na escalação. Mancuello fez às vezes de Everton, que diga-se de passagem, fez muita falta no setor. Ok, quando o Flamengo joga com os pontas abertos, fica um time óbvio, porém consegue abrir uma defesa tão compactada e tão bem na marcação como esse adversário, que ao meu ver é a melhor equipe das quatro que buscam o título.
O fato é que no futebol a competência sempre será fundamental. Não importa ver um time chutar 20 vezes contra a outra que chutou menos e perder. Tem que ter frieza, concentração e fazer logo o resultado. O Flamengo tentou isso e mereceu aos trancos e barrancos, como nos velhos tempos de que o torcedor não esperava mais nada de positivo, inclusive com direito a um golaço de Felipe Vizeu, jogador com holofotes em cima, por causa das desavenças com Rhodolfo na última partida. Coisas do futebol. Sim, o que menos se espera acontecesse também de forma negativa - o goleiro Diego Alves teve uma fratura na clavícula e com isso, mais uma vez, apareceu Muralha para desespero da Nação. 
O apoio não faltou, só que os gritos com o nome do goleiro ao meu ver entusiasmou demais. Quando a estigma é forte não há reza que dê certo. Com menos de 1' em campo, veio o gol dos colombianos. Vamos combinar que a falha foi geral do setor defensivo e não apenas do goleiro que permitiu que a bola passasse sobre seus braços.
Deve ter vindo na cabeça de Muralha, o período de 57 dias da perda do título da Copa do Brasil, onde foi execrado por não ter pego nenhuma penalidade cruzeirense e ainda por cima o fez perder a confiança. Ali, talvez fosse o momento para negociar com outro clube.
Bem, não foi o que ocorreu, talvez porque, assim a diretoria deixaria escancarado que falhou nas contrações e planejamento para a temporada. Só que agora? O que deve ser feito pela cúpula rubro-negra? O regulamento da competição permite contratar um goleiro em caso de lesão. Valeria a pena fazê-lo ou correr novamente o risco de bancar o goleiro?
Eu penso quem duas coisas: A primeira é o que imagino - O ambiente está conturbado, cabeças vão rolar após a temporada, aconteça o que acontecer. A gestão sofrerá graves consequências da torcida. O time por mais que diga estar unido, ainda gera dúvidas. Falta química, tranquilidade e confiança. Mesmo assim deveria ter essa união e todos jogando por todos até a última gora de sangue. Fazer o jogo do ano.
Por outro lado, vem a necessidade absurda de triunfar. Fazer valer o que foi planejado, certo ou errado. O Flamengo é e sempre será maior do que quem o serve. Esquecer as vaidades e correr riscos pode ser interessante na atual conjuntura - Trazer um goleiro, desde que experiente para tapar essa lacuna na partida de volta e posteriormente ter a chance de levantar a taça pode ser válido, desde que haja consentimento de todos, principalmente de Muralha, que está emocionalmente abalado e que entrará, caso seja o titular muito preocupado em não errar. Nessa noite ele errou e quase comprometeu novamente. Corre o risco de acabar de forma lamentável a sua carreira. De entrar negativamente para a história do clube. Agora seria fantástico ele conseguir o improvável, calar todos e retomar a sua auto-estima. 
Haja coração para o já sofrido torcedor do Flamengo. Que dúvida cruel. Vale queimar um novo garoto? Isso também seria muito ruim. Pena o Thiago está em recuperação e Gabriel precisar de mais rodagem para a tal missão. O jogo na Colômbia será uma pedreira, seja lá quem for o goleiro. O fato é, se o time experiente fazer valer o que se espera dele, mesmo tomando gol, no final quem sabe não garante a vaga na decisão? O problema é que isso não parece ser o que veremos. O cenário hoje é de um massacre com Muralha no gol. Agora como rubro-negro fanático, o que se espera é a vitória na adversidade, o cala-boca quando se menos espera, o despertar de um gigante, será? É aguardar para ver o que rola até 5ªfeira que vem, e após o apito final. Boa sorte Mengão, aonde e como estiver, estarei.   
Até a próxima! 

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A COMPETÊNCIA GREMISTA FAZ A DIFERENÇA - Por Rodrigo Curty

Goal.com
E o Grêmio deu um importante passo para finalmente conquistar o tão sonhado tricampeonato da Libertadores. O tricolor gaúcho recebeu o "enjoado" time argentino do Lanús, em sua arena, e contou do início ao fim com o apoio de mais de 55 mil fanáticos torcedores.
Para quem esperava uma partida com o time da casa mandando, pressionando e dominando as ações, se enganou. Os argentinos não se intimidaram e jogaram com paciência, provocações e poderiam até sair com um resultado melhor, poderiam, afinal não contavam com uma noite inspirada de Marcelo Grohe, que salvou a sua equipe com duas excelentes defesas na primeira etapa - uma após o chute despretensioso do meia Martínez, e depois em uma cabeçada excepcional do zagueiro Braghieri. 
Os comandados de Renato Gaúcho insistiam nas bolas aéreas, erravam passes fáceis, não arriscavam chutes. Na segunda etapa o cenário mudou um pouco com as entradas de Everton, Jael e Cícero, esse o cara do jogo. 
O meia que estava esquecido no São Paulo foi um pedido de Renato. O treinador sabia o que poderia ter de retorno. A experiência, estrela e a determinação fazem a diferença numa partida como essa.
O grito de gol da torcida saiu aos 37', justamente com a "mão" do treinador gremista - Jael cruzou e Cícero venceu o goleiro Andrada. O estádio veio abaixo, era festa em quase toda Rio Grande do Sul. A competência fez a diferença.
E o placar só não foi melhor porque o árbitro chileno Júlio Bascuñan "pipocou ao não marcar pênalti em cima de Jael. Coisas de Libertadores. 
De qualquer maneira, a vitória deve ser bastante comemorada. No dia 29, a promessa é de um caldeirão no estádio La Fortaleza. Lá o Lanús é praticamente imbatível e com certeza fará o que tiver que fazer para conquistar o inédito título. Caso devolva a diferença de um gol, a partida seguirá para a prorrogação, permanecendo, o campeão saíra na decisão de penalidades. 
A semana será tensa, ansiosa para o time brasileiro e de expectativa, esperança e apoio para o time argentino. Tudo indica que será uma guerra daquelas que não nos esqueceremos jamais. 
Faça a sua aposta - teremos o Tri do time brasileiro ou o inédito título do Granate? Certeza mesmo é que aquele que for mais competente, levantará a tão sonhada taça.
Até a próxima!

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O CAMPEÃO DOS CAMPEÕES - Por Rodrigo Curty

Folha de S.Paulo - Uol
E deu a lógica -  Nessa noite, o Corinthians conquistou o seu sétimo título brasileiro, após vencer de virada o Fluminense por 3x1. A campanha até chegar aos 71 pontos foi impressionante, mesmo com um rendimento bem abaixo no segundo turno, comparado ao feito nas primeiras 19 rodadas, que convenhamos, algo totalmente fora da curva e das expectativas.
O Corinthians provou que um time para ser campeão necessita de planejamento, humildade e muito trabalho. Ora, sejamos sinceros, nem os mais otimistas corintianos poderiam esperar um título brasileiro com tanta facilidade com o que têm no atual elenco. 
Além disso, a falta de caixa, as despesas, processos, atrasos de pagamentos, direitos de imagem, e etc, etc. O Corinthians foi Corinthians. Venceu tudo e todos com sangue, raça e suor.
Alguns fatores fazem um time ser campeão - E o Timão fez bem a sua receita. O clube sabia de suas limitações e confiou em ter um time ao invés de um elenco recheado de nomes estrelares. Sabia que o banco não era tão homogêneo como outrora. Conseguiu mesmo nas adversidades se manter com uma gordura absurda dos adversários. Sim, perdeu jogos improváveis e também venceu quando foi colocado à prova. Demonstrou que merecia ser respeitado. 
Arrisco em dizer que daqui há alguns anos, o campeão da década se lembrará que das conquistas anteriores como os dois brasileiros, Recopa, Paulistão, Libertadores e Mundial, esse é sem dúvida o plantel mais fraco em questão de peso e talvez o mais focado internamente. 
Basta analisar e verá que o time não tinha vaidades. A prova disso foi ver Romero como um dos, se não o "cara" mais importante na conquista ao lado de Cássio e Jô, artilheiro com 18 gols. O atacante, inclusive pode entrar de vez para a história, uma vez que desde 1971, quando iniciou o Campeonato Brasileiro,  jamais o clube teve o artilheiro do torneio.
Parabéns para Fábio Carille que não inventou a roda, pelo contrário, manteve o mesmo estilo de seu mentor Tite - Um time burocrático, tranquilo e que sabia a hora de decidir e de ser competente. Montou uma bela espinha dorsal com defesa sólida, meio-campo marcador e produtivo e o ataque competente. Os números não mentem. Nas 35 rodadas até a conquista foram 21V / 8E / 6D. 48 gols marcados e apenas 24 sofridos.
E a arbitragem também colaborou para o feito? Sejamos sinceros e realistas na frieza da análise. Sim, como também errou e acertou para os adversários. Todos tiveram e ainda terão erros grotescos contra ou a favor. Por isso, vale a competência para que isso não prejudique no objetivo que se traça até o dia 03 de dezembro, término da competição. O Corinthias fez a sua parte e merece ser aplaudido e virar exemplo, principalmente daqueles que acham que um time é campeão apenas com o nome de quem veste a camisa. 
Até a próxima!

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

MEDIOCRIDADE ITALIANA - Por Rodrigo Curty

E mais um gigante do futebol mundial não garantiu vaga para à Copa do Mundo na Rússia.  Se os apreciadores do Esporte Bretão já ficaram desanimados por não ter Holanda e Estados Unidos, agora com certeza sentirá bem mais sem a tradicional Itália. 
Era sabido que as Eliminatórias europeias trariam surpresas ou decepções em seu término. O grupo da Itália era o mesmo da Espanha e ambas sobraram, mas como só a primeira garantia a vaga direto à Copa, restou aos italianos disputar à repescagem. Os suecos, por sua vez, pegaram um grupo mais equilibrado com França, que terminou em primeiro e a Holanda, eliminada pelo saldo de gols.
O futebol é competência. Não adianta jogar bem se a bola não entrar. Não adianta reclamar da "covardia" do adversário, se quando essa tem a chance marca seu gol. Assim, a tetracampeão mundial se despediu de forma lamentável para sua apaixonada torcida. O time do lendário, fantástico e exemplo - Gianluigi Buffon não saiu do empate sem gols contra a Suécia, em pleno San Siro, em Milão.
O estádio também chamado de Giuseppe Meazza estava lotado e desde o início apreensivo antes do duelo. No confronto em Estocolmo, o time da casa venceu por 1x0 e jogava pelo empate. É importante que se diga que "As três coroas" fez e bem a lição de casa. Assim como no primeiro confronto, aguentou a pressão até o fim, provou realmente contar com sorte e sim, qualidade defensiva para avançar. 
Ficou claro o nervosismo ofensivo da Azzurra - muitas bolas cruzadas, vontade e pouca objetividade. E olha que poderia ser pior -  O árbitro espanhol Antonio Lahoz cometeu erros bisonhos e deixou de marcar no mínimo uma penalidade para os visitantes. 
É a primeira vez, desde 1958, curiosamente na Copa da Suécia, que a Itália fica fora da maior competição do mundo do futebol. Em 1930, no Uruguai não participou por escolha própria.
Por outro lado, a Suécia retorna a elite do futebol, o que não ocorria desde 2006, na Copa da Alemanha, em que caiu nas oitavas de final. Olho neles, afinal, o futebol pragmático e o de resultados, independente de espetáculo pode voltar a dar suas caras.
Essa é a lista das Seleções garantidas na Rússia: Rússia, Brasil, Irã. Japão, México, Bélgica, Coréia do Sul, Arábia Saudita, Alemanha, Espanha, Inglaterra, França, Nigéria, Costa Rica, Polônia, Egito,Sérvia, Portugal, Islândia, Argentina, Uruguai, Colômbia, Panamá, Marracos, Senegal, Croácia, Tunísia, Suécia e Suíça.
Ainda restam algumas vagas, e a minha torcida é para que entrem Dinamarca que encara a Irlanda, Peru que mede forças contra a Nova Zelândia, Austrália que pega Honduras carimbem o passaporte. Todos os primeiros confrontos terminaram em zero a zero. É aguardar para ver o que vai dar.
Até a próxima!

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

CORINTHIANS MERECE O HEPTA - Por Rodrigo Curty

E a 33ª rodada do brasileirão foi benéfica para o líder Corinthians. E olha que pela primeira vez no segundo turno, os comandados de Fábio Carille conseguiram vencer duas seguidas.
O futebol é realmente apaixonante, curioso e inexplicável em muitos aspectos. Há cinco rodadas, muitos já questionavam a supremacia corintiana no primeiro turno e até se falava em título do rival Palmeiras. Por fora corria o Santos, totalmente desfigurado internamente e aos trancos e barrancos. 
É triste saber que agora verdadeiramente não teremos nessa reta final, e espero estar enganado, uma emoção em busca do título. O Palmeiras agora caiu na real de que Alberto Valentim é um bom nome, talvez para início de trabalho e não para o mesmo em andamento com tanta cobrança por resultados. Tudo bem, que nas últimas três rodadas, o alviverde se prejudicou pontualmente com à arbitragem em duas. Agora se tivesse tido competência desde o início, esses erros seriam absorvidos como tantos outros de renome que também tiveram erros terríveis contra. 
Os holofotes também não ficaram e muito menos ficará agora em cima do alvinegro, uma vez que além da enorme gordura, a emoção até o término está voltada para a parte do meio à zona de degola. O São Paulo é uma prova disso. Passou de um time que lutava apenas pela sobrevivência para um que pode jogar a próxima Libertadores. 
É uma pena que o brasileirão seja uma competição tão ruim tecnicamente e que suas variações de posições, sobretudo na parte da tabela citada acima, seja tão parelha. Isso engana e prova que os times que fizeram alto investimento falharam e feio no seu planejamento, enquanto alguns endividados e sem nenhuma grande estrela seja valorizado.
E sejamos sinceros, por que inventar a receita se estamos cansados de saber que a que dá certo é aquela que conta com um grupo fechado, homogêneo e sem vaidades? Um treinador que sabe trabalhar um grupo faz milagres. Veja, por exemplo, e de forma curiosa, dois treinadores que tiveram história no Flamengo. Paulo César Carpegiani e Zé Ricardo. O  primeiro, apesar de veterano merece aplausos pelo ótimo trabalho no Bahia. O tricolor sonha e pode sim estar em 2018 no torneio mais importante do continente Sul-americano.
O segundo não aguentou a pressão de lidar com estrelas e cair nas competições de forma precoce, porém faz com o Vasco o inimaginável. A vitória de virada sobre o Peixe, em plena Vila Belmiro dá a certeza que o time pode dar vôos maiores, mesmo com o conturbado futuro de sua presidência.  
Assim, doa a quem doer, o Corinthians merece e será hepta com folga. Longe de ter a mesma homogeneidade e principalmente o banco de reservas de 2015, por exemplo, mas foi burocrático, prático e objetivo. Entrou sabendo do que poderia fazer e se  muita pressão.
E apenas para finalizar, independente de erros de arbitragem, dúvidas sobre os méritos nas vitórias e principalmente a incompetência dos times que poderiam sim fazer da competição algo mais competitivo na parte de cima, desde seu início, é no mínimo desrespeitoso não aceitar que o título vá mesmo para o Parque São Jorge.
E você, ainda dúvida ou questiona essa conquista?
Até a próxima!

domingo, 5 de novembro de 2017

CORINTHIANS PARAGUAIO - Por Rodrigo Curty

E o Brasileirão deu uma bela esquentada em sua reta final. A 32ª rodada começou com o Santos se aproximando do Timão, após vencer bem o Atlético MG por 3x1 e com o Palmeiras almejando uma vitória sobre o alvinegro para diminuir a vantagem para apenas dois pontos.
A pressão sobre o Corinthians era enorme antes do Derby. No sábado a torcida compareceu em massa - mais de 32 mil pessoas fizeram uma festa incrível no treinamento. A ideia era dar um apoio, atenção e melhorar o ambiente. E olha que a atmosfera ajudou.
Nesse domingo, o estádio estava lotado, pena que apenas de corintianos, uma vez que em São Paulo, os clássicos permitem a presença apenas da torcida mandante, lamentável. 
Os presentes viram um primeiro tempo de muita intensidade e com ambas as equipes buscando o gol a qualquer custo. O Corinthians exigiu bela defesa de Fernando Prass, enquanto o ataque palmeirense forçava a saída de bola e arriscava pelos lados do campo sem muita eficiência.
Foi aí que entrou em cena o futebol paraguaio, ou melhor de Romero, o jogador que durante todo o campeonato se colocou como peça fundamental para a liderança de sua equipe. O atacante corre na frente, atrás, marca, chuta e defende. É o chamado jogador "chato". Foi dele o primeiro gol da partida, de forma irregular, afinal estava 90 cm à frente do último homem alviverde.
Ora, isso são erros comuns e todos já tiveram ou terão o mesmo a favor. O problema meu amigo é a situação das equipes no certame. É o tipo de erro que não poderia acontecer nessa altura do torneio. Mal deu tempo de comemorar e Balbuena aumentou a vantagem. Era um barulho ensurdecedor no Itaquerão e quis o destino que o Palmeiras com o zagueiro Mina marcasse e colocasse ainda mais tempero na partida já apimentada. 
Pois é, em um contra-ataque o atacante Jô ganhou de Edu Dracena, e na minha opinião sofreu a falta no início da jogada e cavou a penalidade na continuidade, o que tornou a situação discutível e não equivocada da arbitragem. O artilheiro do torneio com 16 gols bateu bem e fez 3x1.
Veio o segundo tempo e o jogo obviamente diminuiu a intensidade. O Corinthians fazendo o que mais sabe que é se defender e o Palmeiras tentando as bolas alçadas. O Verdão no fim, pelo esforço até merecia uma sorte maior e conseguiu diminuir com um belo gol de Moisés - Poderia ter empatado se o volante Gabriel tivesse sido expulso ao retornar ao gramado sem autorização do árbitro Anderson Daronco. Sim, o jogador entrou em campo por conta própria, o que é um absurdo, afinal não se cumpriu a regra. 
No fim, ainda deu tempo de Deyverson ser expulso, Cássio fazer bela defesa e Roger Guedes errar ao servir errado o que seria o gol de empate. No balanço, independente das polêmicas o placar foi justo porque o Corinthians jogou como se joga quem deseja ser campeão - foi focado, calmo, malandro e ousado.
Ainda restam seis rodadas para o final da competição e segue a dúvida se algum time conseguirá tirar a liderança do Timão ou se o poder "paraguaio" fará novamente a diferença. Faça a sua aposta.
Até a próxima!   

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

LANÚS AVASSALADOR FARÁ FINAL INÉDITA - Por Rodrigo Curty

E os deuses do futebol resolveram entrar em campo mais uma vez. Uma partida memorável e digna de uma Copa Libertadores. Um duelo entre duas equipes argentinas, no qual o impossível provou não existir, quando se joga sem medo, alegria e objetivo.
River Plate e Lanús fizeram, talvez a melhor partida da competição até aqui, e olha que falo de uma semifinal. O Millonario havia vencido o primeiro confronto por 1x0 e acredite, abriu 2x0, em plena La Fortaleza contra o esforçado, bravo e gigante time Granate. 
O jogo teve de tudo, pressão, gols perdidos, provocações e polêmica, claro. O River no final da primeira etapa reclamou uma penalidade, ignorada pelo árbitro colombiano Wilmar Roldán. Até aí ok, afinal a vantagem era estupenda e segue o jogo. Só que pouco antes do intervalo, o matador e ídolo Sand diminuiu e deu esperança a sua torcida.
E o jogo seguiu na segunda etapa bem diferente. O time da casa, logo de cara, novamente com Sand empatou o jogo. Os comandados de Marcelo Gallardo não tiveram força para reagir, aceitaram o golpe e pior, antes dos 20' decretaram o que seria uma de suas piores derrotas. Aos 16' Acosta virou o jogo e aos 19', a utilização do vídeo se fez presente e colaborou para a marcação do penâlti em cima de Pasquini, mesmo após a jogada prosseguir. Contra fatos não há argumentos, então com toda calma e categoria, Alejandro Silva marcou o gol que no final, garantiu a classificação inédita dos Granates à final do torneio.
Engana-se que não houve drama para abrilhantar ainda mais a vitória. O River nos minutos finais da partida mandou uma bola na trave, parou em defesas milagrosas de Andrada e teve que se contentar em reconhecer o ímpeto dos donos da casa. Virou freguês.
Agora o Lanús aguarda pelo vencedor de Grêmio e Barcelona de Guayaquil. No primeiro duelo, no Equador, o tricolor gaúcho venceu por 3x0 e deve pegar esse jogo como exemplo. Arrisco sem medo de ser feliz, que o Grêmio avança vencendo.
Um detalhe importante para o time brasileiro é que por ter tido a melhor campanha da Libertadores, graças também e, de forma correta levar os pontos dos confrontos contra a Chapecoense, por escalação irregular, decidirá em casa o título inédito no dia 29 de novembro.
Faça a sua aposta e até a próxima!!

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

GRÊMIO, UM TIME COPEIRO - Por Rodrigo Curty

E o Grêmio provou mais uma vez a sua força na Copa Libertadores. Se no Brasileirão, a equipe caiu e muito de produção, no torneio Continental, o que se viu foi uma equipe disposta a resolver logo a sua passagem às finais.
O duelo contra o Barcelona - EQU, em Guayaquil foi mais tranquilo do que se esperava. Sim, essa mesma equipe que tirou do caminho o Palmeiras e o Santos, buscava eliminar mais um brasileiro para chegar a tão sonhada conquista da América. Era primordial vencer em casa ou no mínimo levar uma vantagem, que desse para ser recuperada fora de seus domínios.
Para quem não se lembra da campanha, eu relembro - o time equatoriano atua melhor fora de casa. Agora será praticamente reverter o placar conquistado pelo bicampeão da América.
Os comandados de Renato Gaúcho estiveram ligados os 90' e poderiam até ter vencido pelo placar maior que os 3x0. É bem verdade que Marcelo Grohe fez um grande milagre e a pontaria dos "Los Canarios" esteve muito aquém da expectativa de seu torcedor.
A partida teve como grande destaque o atacante Luan. O artilheiro e grande nome gremista  na temporada foi o autor de dois gols, participou de outros bons lances e provou que recuperou a confiança, justamente no momento que seu clube mais precisa. 
O Grêmio caiu muito de rendimento com sua ausência e a de Pedro Rocha, que foi vendido ao Spartak Moscou. Longe de querer criticar, por exemplo Lucas Barrios que na Libertadores está super bem, mas que a dupla faz falta a torcida tricolor, isso ninguém discorda.
O lateral Edilson também deixou sua marca em uma cobrança de falta, sem chance para o goleiro Banguera, que diga-se de passagem, armou pessimamente sua barreira.
A partida de volta ocorre na próxima quarta-feira. Renato Gaúcho sabe que qualquer deslumbre pode ser fatal. Sua equipe terá que jogar na mesma intensidade, não cair em provocações, uma vez que tudo indica que o esquema dos equatorianos será um futebol  de esquema Kamikaze. Tem tudo para ser eletrizante, afinal, no futebol tudo é possível.
Na outra semifinal, o River Plate bateu pelo placar magro o Lanús. Quem tiver que vir, com todo respeito não será páreo para o tricolor gaúcho, desde que esse definitivamente volte a jogar o futebol que foi referência na temporada. O tri está perto e com ela a mística da camisa sete, que já foi de Renato Gaúcho. Faça a sua aposta e até a próxima!

terça-feira, 24 de outubro de 2017

QUAL O VERDADEIRO CORINTHIANS - Por Rodrigo Curty

E quem diria? O Corinthians é completamente outro no returno do Brasileirão. Se no primeiro turno, a equipe fez a melhor campanha da história dos pontos corridos, na segunda etapa os números são de equipes que lutam contra o rebaixamento.
Era óbvio, e não apenas para mim e para Renato Gaúcho que o rendimento cairia. Eu cravei antes mesmo da 11ª rodada do campeonato que somente daria para se ter uma ideia de quem seria  o campeão, por volta da 24ª rodada. Na época fui criticado, afinal a diferença era enorme, tudo dava certo para os comandados de Fábio Carille, o time era competente mesmo jogando mal. 
Só que agora o emocional, a pressão, problemas de relacionamento, por mais que queiram esconder e a falta de um banco homogêneo pode fazer toda a diferença. É claro que a diferença de seis pontos, faltando oito rodadas deve ser considerada. 
A equipe mesmo vindo de tropeços, se fizer a lição de casa, ou seja, vencer ao menos as quatro partidas que terá em Itaquera, levantará a taça. Resta saber, porém, qual será o Corinthians que estará em campo nesses duelos que conto a seguir.
Antes dessa relação vale mencionar Palmeiras e Santos, equipes que correm atrás do título, antes considerado impossível. O atual campeão brasileiro demorou para engrenar, mas antes tarde do que nunca. Bastou a saída de Cuca para o time ser um time. Valentim não inventa e tem no papo com o recheado elenco de estrelas, a certeza de que juntos poderão escrever uma história com um feliz feliz. Aparentemente o grupo se uniu, entende  e respeita as opções definidas pelo treinador. É bom não bobear com o time alviverde.
Já o Peixe teve seus percalços na temporada inteira. Os problemas vazados na semana passada, quando pediram a saída de Levir Culpi teve um alento -  O time se uniu e quer bancar o treinador, pelo menos até o final do ano. Mesmo sendo dos três, a equipe que menos se acredita poder levantar a taça, sinceramente é melhor não duvidar.
Restam apenas oito rodadas e as duas próximas serão cruciais e emocionantes. Confira:
Corinthians - Ponte Preta (F); Palmeiras(C);Atlético PR(F); Avai(C); Fluminense(C); Flamengo(F); Atlético MG (C) e Sport (F). 
O Palmeiras encara: Cruzeiro(C); Corinthians(F); Vitória(F); Flamengo(C); Sport(C); Avaí(F); Botafogo (C) e Atlético PR(F).
Já o Santos terá pela frente: São Paulo (F); Atlético MG(C); Vasco (C); Chapecoense (F); Bahia (F); Grêmio (C); Flamengo (F) e Avaí (C).
Reparem que na quarta e quinta partida, Corinthians e Palmeiras jogam em seus domínios e o Santos fora. Haja coração, matemática e mãos fechadas para não deixar os pontos necessários escorrer como areia pelos dedos. Faça a sua aposta.
Até a próxima!

domingo, 22 de outubro de 2017

RUEDA E SEU ESTILO PARREIRA DE SER - Por Rodrigo Curty

Foto: Reprodução SporTV
E mais uma vez o Flamengo ficou a desejar. Longe de menosprezar a vitória do São Paulo por 2x0, mesmo tendo a certeza que esse nem precisou se esforçar muito, pois no duelo de dois tempos distintos, teve apenas mais competência, vontade e situação à seu favor.
O fato aqui não é falar do tricolor que repito não caíra à segundona. A tabela favorece o time do Morumbi e se bobear ainda consegue, de forma inesperada alguma coisa inesperada, uma vez que o Brasileirão é péssimo tecnicamente.
O que discuto é o tal planejamento rubro-negro. Uma equipe repleta de jogadores renomados, caros e com um mínimo de objetividade, vontade, identidade e determinação. Se analisarmos friamente, o mesmo serve para outros dois - Palmeiras e Atlético MG, o primeiro precisou tirar o mal pela raiz. Sim, bastou Cuca ser limado, principalmente pela sua postura histórica de ter três ou quatro jogadores para formar uma panela no elenco para o time ser um time. O sonho do Bi segue vivo porque Valentim não inventa, apenas fala a mesma língua dos que julgam serem donos do clube. Já o Galo pode alcançar a vaga na Libertadores, mesmo errando no decorrer do ano e com problemas internos, por mais que digam o contrário.
Bem, mas de volta ao Flamengo. O culpado pela eliminação na Libertadores, pela má campanha no Brasileirão até então e certeza que tropeçaria na Copa do Brasil foi embora - Zé Ricardo. Hoje na direção do rival Vasco, ironicamente pode ultrapassar o ex-clube no final do certame.
Ok, no momento de sua saída tudo era euforia - Chegou Rueda depois que a queda de braço foi vencida pela torcida contra a diretoria, que diga-se de passagem é mestre em orçamentos e péssimo no quesito futebol, mesmo com um nome respeitado como o de Rodrigo Caetano. O problema aqui foi ceder sem nenhum fundamento. Tapar buraco na era de pontos corridos e calendário apertado não é solução.  
O colombiano teve sim seus méritos no trabalho à frente do Atlético Nacional e sim, poderia até ter assumido o cargo da forma que foi, mas friamente pensando, acredito que a história poderia ter sido outra se pegasse um trabalho desde o início. Os resultados atuais e a possível eliminação da Sul-Americana, fatalmente culminarão com sua saída no fim da temporada.
Os mais novos e estudiosos entenderão. Rueda lembra muito o ex-treinador Carlos Alberto Parreira. O cara é educado, culto, estudioso e tem um medo terrível de perder uma partida. Entra em campo com a vontade de empatar e se possível achar a bola que dará a vitória. Parreira tem um histórico vencedor, desde os tempos que era apenas um preparador físico. Levantou campeonatos brasileiros, Copa do Brasil e uma Copa do Mundo, só que tem na lembrança jogos em que seus comandados jogavam feio e apenas pelo resultado. Foi um dos culpados do fim do futebol arte do Brasil. A partir de sua "era" os treinadores atuais, sobretudo os gaúchos, assumiram que o mais importante é reter a bola do que atacar com toques de bola envolventes e de pressão ofensiva. 
Rueda inventa sem necessidade, talvez e se pudesse afirmar, diria que por imposição dos seus superiores é obrigado a colocar jogadores na equipe titular ou durante a partida para irritação da apaixonada e "diferente de outrora" torcida rubro-negra. Rueda muda um esquema de um jogo para outro sem nenhum fundamento. É nítido que é o homem do presidente - não fala, não briga, se omite em seu terno preto na beira do campo. 
O Flamengo é maior que isso, é um time que historicamente joga com menos qualidade técnica e com muita raça, amor, dedicação e sangue nos olhos. 
É aguardar para ver o que será de Rueda no fim da temporada. Torço verdadeiramente por ele, só que infelizmente não vejo sintonia com o clube, jogadores e torcida. Faça a sua aposta de quem será o próximo homem no comando.
Até a próxima!

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

MESMO DESESPERADO, SÃO PAULO NÃO VAI À B - Por Rodrigo Curty

O campeonato brasileiro está em sua fase final. Restam para as equipes que jogaram na noite da última quarta-feira, apenas nove partidas. O momento de várias equipes se equivale. A diferença de pontos do primeiro que cairia hoje, no caso a Ponte Preta (com um jogo a menos) para o 10º colocado, no caso o Fluminense, após a vitória sobre o São Paulo por 3x1 é de apenas seis pontos.
É claro que para os torcedores das equipes que a cada rodada respiram e mal conseguem se manter fora do Z4 é um fator para se preocupar.
O São Paulo, por exemplo não consegue manter a sua regularidade e hoje pode retornar a tenebrosa zona, caso a Macaca vença o Palmeiras, o Vitória o Atlético PR e o Sport o Santos. 
Mesmo assim, com todo respeito aos outros que também brigam pela permanência como Coritiba, Avaí, Atlético GO e equipes acima do tricolor como o tricolor carioca, o baiano, a Chapecoense e os Atléticos MG e PR, ainda acredito que a tabela e o fator casa possa ajudar o time do Morumbi, mesmo atuando no Pacaembu, com exceção à última rodada, quando volta ao Cícero Pompeu de Toledo.
Restam nove partidas e destas, o time comandado pelo técnico Dorival Jr receberá Flamengo e Santos na sequência, Chapecoense, Botafogo e o Bahia. Saíra para encarar Atlético GO, Vasco, Grêmio e o Coritiba. 
Ora, é claro que são confrontos difíceis, uma vez que todos brigam por algo, ou a Libertadores ou pela elite. Além disso tem os confrontos diretos. Só que aí, a camisa deve pesar. Arrisco dizer que o São Paulo some destes 27 pontos restantes, no mínimo 17. Se assim for, com os atuais 34, terminaria com 51 pontos e muito acima do imaginado 46 da sobrevivência. 
Agora alguns fatores devem ser analisados com muita atenção. A questão de levar para dentro do vestiário ou a estigma de que time grande não cai e que os outros não farão à lição de casa é um perigo. Nunca a competição esteve tão parelha da parte intermediária até a degola. 
A cada rodada tudo muda, o que torna impossível fazer prognósticos, ainda mais, quando ocorre o que ninguém imagina, que é a derrota de desesperados jogando em casa. Uma prova disso, por exemplo é o Avaí e o Vitória - o segundo então é um mistério. Vai muito bem contra os favoritos fora de casa e em seus domínios não sabe o que é vencer. 
Podem me cobrar, vejo o São Paulo se salvando não pelo futebol apresentado, o que convenhamos é muito aquém de suas tradições, e sim, pelo fator casa, afinal, mesmo indo mal, consegue tirar da cartola, os gols e consequentemente as viradas inesperadas. As duas próximas partidas seguidas em casa, ou melhor no Pacaembu será determinante para o emocional e sua permanência.
É aguardar para ver. Até a próxima!

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

A CULPA ERA DE ZÉ RICARDO - Por Rodrigo Curty

Foto:LANCEPress
E mais um a vez o time do Flamengo decepcionou seus torcedores. Longe de não valorizar a vitória do Botafogo de Jair Ventura, o problema é entender porque sempre restam desculpas para os tropeços. A comparação de elenco passa longe. Um time de estrelas contra um considerado de "refugos" e que ao mesmo tempo se estivessem em clubes midiáticos, seriam mais valorizados. O Glorioso, pelo que tem merece respeito e aplauso.
Definitivamente a gestão Bandeira de Mello vai muito bem na parte administrativa, jurídica e planejamento visando o bem do clube, principalmente no quesito cofres, o problema é que segue péssimo para a sala de troféus. É importante que os envolvidos entendam de uma vez por todas que esse clube vive ou que deveria viver mais de títulos. 
A semana era vista com bons olhos pelo fanático torcedor, que diga-se de passagem foi questionado, polemizado de na primeira final da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, em pleno Maracanã, de estar calada. Ora, independente de Flamengo, tudo leva a crer que a tendência é de termos nos estádios ou melhor na Arenas, apenas os que são providos de dinheiro ou que, de forma sem muita explicação, guarda aquele "dinheiro" do mês para ver o seu time de coração de perto. E que dinheiro com tantos jogos rolando no mês.
Assim, o "povão", o verdadeiro torcedor que canta os 90', que chora, sorri, empurra e que jamais deixa de estar junto se afasta cada vez mais, seja pelos preços, seja pela violência ou simplesmente pelo péssimo nível técnico e estrutura do nosso futebol.
No caso do Flamengo, o torcedor cansou de ver sua equipe ser considerada uma "potência" e na hora da verdade, ainda deve se contentar com os tropeços. A quem diga que a culpa era de Zé Ricardo e que com Rueda tudo será diferente. Finalmente chegou um "cara" que conhece como fazer a máquina girar para o caminho esperado da glória.
Confesso que vi sim melhoras na equipe, pelo menos no quesito diminuição de espaço, concentração e uso da bola a favor. Por outro lado, a metodologia de jogar com pontas avançados, a falta de jogadas trabalhadas, seja ela no contra-ataque ou nas bolas paradas, a quantidade de jogadores de nome que não conseguem dar "liga", entre outras coisas, ainda irrita e muito a maioria.
Zé Ricardo deixou a herança para Rueda e pode ser pelo fato de ainda não conhecer completamente o grupo, o que é de se entender, pelo pouco tempo e devido tanta competição ao mesmo tempo, o mesmo faz de seu time, um "bando" sem vibração e sem muitas mudanças táticas e técnicas. 
É claro que deve ser bem complicado administrar um elenco tão valioso e repleto de peças que deveria ser titular. Fora isso, o planejamento de quem joga esse ou outro torneio também ajuda na falta de identidade. Parece não haver critério e sim direcionamentos.
O problema é que do jeito que está não pode ficar. É impossível acreditar que não há ninguém que se incomode com a falta de utilização de jogadores como Mancuello e Conca. Nada contra Gabriel e Matheus Sávio, mas arrisco novamente em dizer que não tem critério para que ambos joguem esporadicamente. Tem muita coisa estranha no ar. Aliás, os garotos da base deveriam ser mais utilizados. A identidade do clube está indo para os ares. Senão como você explica o time que perdeu para o Botafogo com nomes como Diego Alves, Rhodolfo, Rômulo, Éverton Ribeiro, Cuellàr, Geovânio, Guerrero, etc tropeçarem da forma que se viu? É inaceitável ver um elenco considerado alternativo e que sem dúvida é um timaço melhor que quase todos da série A, não render o esperado
Ainda penso que o Flamengo para voltar a vencer precisará de uma vez por todas ter "cara, alma e coração" de Flamengo. Pode até ser que não falte raça e vontade, porém falta ousadia, coragem de jogadores potenciais em chamar o jogo, ir para cima do adversário e decidir. Falta aquele chute de fora da área, aquela garra em querer ganhar a qualquer custo. Isso não se vê.
Agora é esperar a continuidade do "tic-tac" impregnado na equipe que joga pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana contra a Chapecoense. Se passar, ainda terá muitas batalhas para levantar um torneio internacional, que cada vez mais mancha a história do clube com tantos fracassos. Será que dá para acreditar? Sinceramente, eu penso que desse jeito que está ainda não, assim não só ela, mas também a Copa do Brasil será perdida e a vaga para Libertadores no ano que vem, se vier, será na preocupante repescagem.  
Faça a sua aposta, de certo mesmo é que doa a quem doer, a torcida rubro-negra estará presente com o time aonde este estiver.
Até a próxima!

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

ERGUER OU NÃO A MURALHA - Por Rodrigo Curty

E amanhã será o dia da primeira final da Copa do Brasil. Flamengo e Cruzeiro decidem quem garantirá a primeira vaga para à próxima Libertadores.
O Maracanã será o palco da primeira batalha e estará lotado de uma massa rubro-negra empurrando, torcendo e na expectativa de um resultado positivo. Do outro lado, aproximadamente cinco mil cruzeirenses torcerão por um bom resultado para a volta no dia 27/09, no Mineirão.
Como se não bastasse os ingredientes favoráveis para uma bela decisão, visto que o time carioca eliminou equipes como Santos e Botafogo e a equipe mineira tirou do caminho São Paulo, Palmeiras e Grêmio, resta a dúvida, de quem sentirá mais falta dos jogadores impossibilitados de entrar em campo.
Reinaldo Rueda não pode contar com Diego Alves, Éverton Ribeiro e Geovânio. Nessa primeira partida também não terá Guerrero suspenso e Felipe Vizeu machucado. Do lado de Mano Menezes, o principal desfalque será o atacante Sassá. Coisas do belo regulamento brasileiro. Quem perde é o espetáculo.
De qualquer maneira, ambas as equipes contam com bons jogadores que têm tudo para abrilhantar à decisão. Esse é o típico duelo que um erro poderá ser fatal. Quem joga em casa deve ir para frente com tudo ou deve esperar? O visitante deve esperar ou tentar usar o fator torcida contra ao seu favor? Enfim, é importante lembrar que no caso do Cruzeiro, um gol fora de casa pode valer muito. No Flamengo, o controle emocional e a busca pelo placar positivo, seja ele qual for também.
E por falar em fator emocional, essa parada no calendário amenizou, porém não apagou o passado e momento ruim que vive o goleiro Alex Muralha. Essa uma dor de cabeça para Rueda. O que deve fazer o treinador? Erguer a Muralha ou mantê-la sob cuidados? Difícil a decisão, mesmo que digam que o grupo está unido pelo companheiro. Que todos jogarão, independente de quem assuma o gol. No caso do protagonista, penso que, por mais que tenha maturidade, tenha assimilado as críticas feitas pelo tabloide Extra e não se assuste com a torcida sem paciência, o certo, talvez fosse pedir para que Thiago assumisse o gol. Só que você no lugar dele, como profissional, faria isso? Ora, em muitos casos, nesse momento é que se mostra o nosso valor. 
A questão é que praticamente podemos afirmar que a cabeça de Alex não deve estar boa. A insegurança é nítida e mais forte que a experiência. Imagine você, se Rueda decidir por ele amanhã, e sinceramente, arrisco dizer que assim será, a torcida ao ver seu nome na escalação, provavelmente terá vontade de vaiar, xingar e só não fará porque não é burra a esse ponto. Do lado dos comandados de Mano, a certeza será a confiança em arriscar ainda mais em busca do gol e se aproveitar do emocional do arqueiro. 
Faça a sua aposta. Se Muralha jogar, poderá escrever um capítulo positivo se reinar no gol. Se falhar, dificilmente voltará a vestir a camisa rubro-negra. Que tensão rodeando essa decisão. Vale ressaltar que Rueda sabe o que faz. Mesmo com pouco tempo à frente do Flamengo, conhece o que tem em mãos. Fora isso, ele tem o seu padrão de jogo definido. O de toque de bola, espaços longos entre os jogadores, composições táticas e uma força defensiva, que seja lá qual for o goleiro, a bola pode nem chegar como foi contra o Botafogo, mesmo sendo a Raposa um belo time ofensivamente. 
É aguardar para ver! Até a próxima!

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

FALTOU LIGA AO FLAMENGO - Por Rodrigo Curty

O Flamengo está eliminado da Primeira Liga. Apesar do torneio ainda não empolgar muito os clubes e as torcidas, no fundo nenhum participante gostaria de ficar de fora, afinal, conta com uma boa premiação ao campeão e, no caso do Flamengo, era importante para fazer o elenco "girar".
Muito bem, longe de questionar ou criticar a estratégia do técnico Reinaldo Rueda contra a equipe do Paraná. O treinador optou poupar as principais peças do clube para a final da Copa do Brasil. A decisão ao meu ver foi correta.
O lado positivo foi ver garotos da base sendo testados como Léo Duarte, Klebinho e Thuler. A zaga foi diferente e não comprometeu, as laterais teve a improvisação de Gabriel, que também não teve culpa. Já do meio para frente, um elenco de respeito, mesmo com alguns questionamentos: Rômulo, Márcio Araújo, Éverton Ribeiro e Geovânio. No ataque Vinicius Junior e Felipe Vizeu.
No papel tinha tudo para o rubro-negro avançar. O problema foi a falta de ritmo de algumas peças, a falta de objetividade e coragem para definir as jogadas, além da nítida preguiça, semelhante ao início de temporada. 
Para piorar, o time saiu na frente com o gol de Éverton Ribeiro, em bela cobrança de pênalti. O time mal conseguiu saborear, uma vez que Alex Muralha falhou feio na falta de Renatinho. O jogo foi se arrastando e Rueda ainda tentou algo novo com as entradas de Conca, quase no final e de Lucas Paquetá, que substituiu Vizeu lesionado no joelho, de forma que preocupa para à decisão contra o Cruzeiro.
O time apostava nas descidas de VJ, que ontem ficou devendo como Geovânio. Faltou a concentração ao garoto e entusiasmo ao já rodado camisa 23. Ambos estavam displicentes. Foi assim, inclusive que Vinicius e Paquetá perderam as cobranças alternadas. De qualquer maneira, a torcida espera que ambos sejam cobrados e ao mesmo tempo preservados. 
Agora Alex Muralha, bem, a torcida não aguenta mais as chances dadas à ele e esperam que Tiago possa ser o goleiro nas finais. Esse será um problemão para o treinador resolver.
A eliminação deve trazer poucas consequências à Rueda, porém com uma certa dor de cabeça. Ele terá que trabalhar a possível "briga de egos" do elenco que via nessa competição, uma ótima chance de mostrar valor e que infelizmente não deu "liga". 
Assim, agora resta saber se o time alternativo será usado também na Copa Sul-americana ou se os considerados titulares terão que ter fôlego para a sequência das competições.
É aguardar para ver.
Até a próxima!