quinta-feira, 6 de junho de 2013

FANTASMA DA MÁ ADMINISTRAÇÃO - Por Rodrigo Curty

E bastou um péssimo início de brasileiro para o técnico Jorginho deixar o Flamengo. Quem diria? O Flamengo no final do ano passado foi elogiado pela maioria de seus torcedores pelas políticas de pés no chão. Com uma nova direção, alegrias pela queda de Patrícia no comando maior do clube e teoricamente uma reestrutura financeira, a raiva e decepção ficaram evidentes no que diz respeito a pressão por melhores resultados no futebol.
Em quatro partidas no Brasileirão, foram duas derrotas e dois empates, desempenho aquém, mesmo se considerarmos que o time é bem fraco tecnicamente. 
O fato é que o presidente Eduardo Bandeira de Mello, o diretor de futebol Paulo Pelaipe e Jorginho, após a derrota por 1x0 para o Náutico entraram de vez na na berlinda. Muros da Gávea foram pichados, exigências foram feitas, e apenas um pagou o pato, claro como sempre o treinador. É bem verdade que Jorginho nunca foi uma unanimidade. As constantes mudanças nas escalações, a falta de padrão tático, por que não a falta de comando entre alguns atletas, principalmente os mais experientes pesaram pela demissão. 
Hoje a cúpula estuda uma mudança drástica do planejamento traçado no início da gestão. O que era pés no chão pode virar loucuras emergenciais. O fato é que a pressa sempre será a inimiga da perfeição. A falta de calma, análise fria e por que não a sondagem ao maior patrimônio do clube será determinante para o resto da temporada. A torcida merece fazer parte da melhor escolha e assim caso de um erro, a pressão poderá ser menor.
Nomes como o de Mano Menezes não é uma saída interessante. O ex treinador da Seleção Brasileira quer um clube aonde entende que possa trabalhar em paz e por longo período. Mas se Dorival Jr caiu pelos altos custos, aonde está a coerência? E Muricy Ramalho? Medalhões não são necessários agora. Avalio um treinador que está com sede de voltar às quatro linhas como um a solução mais viável, e nada de Celso Roth que teve uma passagem ruim na última oportunidade. Penso que Renato Gaúcho pode ser uma ótima aposta. Fora de combate por um longo período, o ex jogador polêmico e acostumado a pressões, têm tudo para balançar o grupo de experiência e juventude. A linguagem do boleiro no peso que se deve ter, a obrigação por melhores resultados e trabalhos táticos que funcionaram em Vasco e Fluminense pode ser a salvação e dias melhores no rubro-negro.
O Flamengo precisa de um elenco mais competitivo. Pelo menos um lateral-direito, dois zagueiros, dois meias e um atacante. Carlos Eduardo foi uma péssima aposta e possui alto salário.Hernane não é o nove para ser titular. Paulinho, Val, Gabriel, enfim, nomes sem peso precisam de atitude para jogar no Flamengo. Os jovens podem se queimar cada vez mais. Felipe, Leonardo Moura, Elias, Renato e Marcelo Moreno devem puxar a responsabilidade.
É aguardar para ver se o fantasma da má administração que insiste em perdurar na Gávea volta à tona, ou se a paciência e maturidade em gerir uma entidade com mais de 40 milhões de apaixonados será preservada.
Até a próxima!

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