E situação do São Paulo se complicou na Copa Libertadores. O tricampeão do
torneio buscava pelo menos um empate contra o The Strongest, da Bolívia, mas perdeu
muitos gols, falhou em lances pontuais, e acabou derrotado por 2x1.
O jogo foi bastante equilibrado. Ambas as equipes buscaram os gols. Para o
time da casa, apenas a vitória interessava. A pressão foi grande e o maior
obstáculo para o tricolor foi à temida altitude. Longe de colocar isso como um
fator determinante para a derrota da equipe brasileira, porém é fato que na
primeira fase, na repescagem, o Bolívar se aproveitou desta artimanha e virou o
que parecia impossível e fez 4x3 nos comandados de Ney Franco.
Na partida de ontem ficou claro que apesar da falta de controle emocional,
Luis Fabiano é mais do que necessário ao ataque. Aloisio e Osvaldo não são
goleadores e estão anos luz do Fabuloso, que punido pela Conmebol desfalcará o
time também na partida do ano contra o Atlético MG.
A partida é considerada a mais importante da temporada porque o que parecia
fácil se complicou. Antes do início da competição, tanto a equipe paulista como
a mineira eram dadas como favoritas as duas vagas do grupo 3, porém se o Galo
se sobressaiu e faz a melhor campanha de todos os representantes com cinco vitórias e 100% de aproveitamento, o Soberano
falhou contra o Arsenal(Arg), onde somou apenas um ponto, sofreu para ganhar
dos bolivianos, em casa por 2x1 e sucumbiu contra os mineiros. Desta forma,
muitos não acreditam que a vitória venha daqui a duas semanas no Morumbi, e o
pior, que o resultado no duelo de argentinos e bolivianos seja favorável.
Depender de outros resultados é algo terrível, mas possível, apesar de termos a
certeza que os comandados de Cuca farão de tudo para fecharem a fase de grupos
com chave de ouro.
O que é certo afirmar é que mesmo os placares sendo favoráveis, muitas coisas
precisam mudar no tricolor. É bem verdade que equipe lidera o Paulistão, joga
relativamente bem em alguns momentos, sofre com a má sorte, e arrisco dizer que
conta com problemas internos que aos poucos serão pulverizados.
Ney Franco aparentemente ainda tem a confiança do presidente Juvenal
Juvêncio que admite reformular o elenco. É nítida a falta de lateral de ofício
do lado direito e a insatisfação do torcedor aos que representam o lado
esquerdo, a zaga não se entrosa e falha constantemente, os volantes e meias se
confundem e o ataque, bem este precisa urgentemente melhorar tecnicamente.
Outro ponto importante é que um grande clube começa com um grande goleiro.
Rogério Ceni faz parte disso, porém atravessa uma péssima fase, admite que tenha
culpa por ser o capitão, mas não admite os erros pelas falhas. Ontem falhou nos
dois tentos bolivianos. Craque precisa saber a hora de parar, mas o pouco que
conhecemos do RC, ele não entregará os pontos na atual situação.
É aguardar para ver qual será o próximo capítulo do grupo 3. Agora,
sinceramente, a Libertadores na fase seguinte é outra história. Vale mais um
planejamento do que ser o melhor, fora isso a tradição é fundamental, e isso o
tricolor tem de sobra, por isso é bom os rivais não vacilarem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário