Por
isso, longe de querer fazer intriga contra o evento ou simplesmente bater de
frente com quem é a favor e acredita que o país será realmente bem visto lá
fora, mas é impossível não pensar que EUA ou Inglaterra, para não citar outros
países que contam com estruturas prontas para receber toda essa magnitude
deveriam ser as escolhidas.
De
qualquer maneira, eu quero apenas debater apenas alguns pontos importantes para
sua análise meu caro leitor.
Ora,
é sabido que nosso país foi o primeiro na história a se convidar para ser sede
e contar com um período de sete anos para fazer a "Melhor Copa" de
todos os tempos. Para você ter uma ideia, a França teve três anos e entregou
faltando 1 ano e 2 meses para o evento. Vivia uma crise econômica, e nem por
isso se aproveitou pela escolha, ou pelo menos não de forma descarada.
Em
relação ao prazo que temos, infelizmente não foi e não será suficiente para
entregar o evento como esperado não apenas por quem de fato acompanhou cada etapa
e cobrou pelos resultados, mas pela entidade que se responsabilizou em aceitar
o desafio e se mostra para muitos arrependida.
A
revista France Football retratou recentemente o possível fiasco que será a
próxima Copa do Mundo, e de quebra citou pontos como estrutura, crise econômica
e fonte de angústia para os realizadores. O curioso não é apenas a matéria em
si, mas a censura da reportagem de 12 páginas no Brasil.
Um
dos maiores erros do país está justamente na transparência dos fatos, das
aplicações e investimentos feitos para a realização do evento.
Hoje
somos vistos lá fora como um país que conta com uma corrupção que vai do povo
ao governo, além de sermos por exemplo, uma fonte de receita para os
oportunistas que se aproveitam de burocracias. A estrutura é uma das mais
precárias, seja pela altíssima carga tributária, seja pelo serviço público.
O
Brasil ser sede de um evento desse patamar seria positivo se questões primárias
estivessem em ordem como a educação, vias de acesso e hospitais, sem falar de
outros pontos simples e que não são levados à sério, afinal Ronaldo Nazário já
deu o recado aos críticos de que "Uma Copa se faz com estádios e não com
hospitais", ora isso é óbvio, mas cadê os mesmos? Nem os principais
protagonistas da Copa se fazem presente, e de quebra por questões políticas
seguem sendo aprovados a qualquer custo.
O
país é enorme, mas se houvesse o real planejamento, transparência e fosse o
objetivo de fazer o país crescer e ser visto positivamente lá fora, algumas
largas contas seriam sanadas como de termos no máximo oito sedes. Provavelmente
teríamos aeroportos e estradas em condições de provar que o país se desenvolve,
apesar da velha desculpa de ser "novo", e por isso ainda é falho.
Vamos
ficar atentos nesse próximos meses, pois a tendência é que tenhamos novos
confrontos, manifestações, e maquiagem e aumento nos setores de desenvolvimento
como o das obras atrasadas e que são pagas com o dinheiro público e não
privado, para alegria das empreiteiras que não se importam se as sedes pós-Copa
serão esquecidas e não utilizadas como multiuso, o que seria o mínimo.
Na
questão dos transportes, o buraco é mais embaixo. Foram aprovados orçamentos
pelo PAC de bilhões para o tão sonhado trem-bala que ligaria SP/RJ/MG/DF e o
que se viu foram às estradas se deteriorando, nenhuma cidade sede com metrô até
o aeroporto, os valores das passagens aumentando, enfim, o mais importante é
ter os estádios.
Já
na saúde nem vale reclamar, a tendência é piorar cada vez mais se considerarmos
que na última década o número de leitos em hospitais públicos caiu 15%, que o
país importa médicos de Cuba e aplica uma miséria do PIB no setor.
Mas
chega de indignação, nessa altura do campeonato é melhor fazer a nossa parte e
fazer de tudo para não lamentar com a vibração dos polianos, que acreditam
mesmo que o país não tem solução, e que já que temos a Copa, que esta então
seja de vibração e alegria do povo.
Até
a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário