Os campeonatos da série A e B
estão praticamente em sua reta final. O curioso é que independente da divisão,
as disputas seguem equilibradas nas duas pontas da tabela. O motivo está longe
de ser apenas pelo nível técnico dos clubes, mas se dá praticamente pela falta
de estrutura física e financeira. Não temos super equipes, e as poucos que se
sobressaem, tropeçam em momentos inesperados.
Hoje falo da série B. Com todo
respeito as outras equipes, mas nesta divisão, o time que deveria estar nadando
de braçadas era o Vasco, afinal é o de maior porte e títulos, mas atualmente o
clube está na terceira colocação com 54 pontos, três a menos que Joinville e
seis da Ponte Preta. Por sorte, se é que podemos dizer isso, o quinto colocado
é o Ceará com 50, ou seja, mesmo que volte a tropeçar contra o líder na próxima
rodada, o Vasco não sai do G4.
O importante no fundo para o
torcedor vascaíno é voltar a série A, e isso é praticamente certo. A questão é
que o Cruzmaltino atravessa, assim como outros clubes, inclusive da Série A,
muitos problemas internos e financeiros. Se nos bastidores falam que Roberto
Dinamite estragou o clube e que é um péssimo administrador, entre tantas outras
coisas, do lado oposto estão os oportunistas e velhos conhecidos, que para o
bem do futebol deveriam passar longe das frentes do comando. Nesse caso falo de
Eurico Miranda. Se no passado, o futebol vibrou ao ver o que era tido como um
câncer saindo de cena, agora o mesmo aposta que a doença foi curada e que um
clube do tamanho do Vasco pode ter a salvação com o antigo presidente. Eu não
me coloco entre essas pessoas, afinal o futebol brasileiro, a partir da CBF,
precisa é de gestores e não chefões.
É necessário que se olhe com mais
profissionalismo para os clubes. A folha salarial é uma discrepância. Os
empresários são os principais donos das pratas das casas e portas de saída para
vários lugares do Mundo. O deslumbre, falta de recursos, induções de
possibilidades até então inimagináveis são os principais culpados dessa injusta
concorrência. Os clubes deveriam ter uma garantia, como em outros tempos de que
nenhum jogador poderia sair antes de completar 21 anos. A multa deve ser
absurdamente alta, caso contrário, as agremiações continuarão produzindo e
lapidando possíveis joias para os clubes de fora, que em menos de duas
temporadas se enriquecem com as transações.
Há muito tempo vivenciamos às más
gestões, os trabalhos pontuais, a escassez de bons meias e atacantes, óbvio.
Hoje um jogador que corre vira lateral ou volante. Falta tempo de trabalho,
antigos olheiros, disciplinadores e pessoas que conhecem do esporte bretão.
Tudo que se vive hoje é o dinheiro e não a qualidade, infelizmente.
Até quando iremos esperar? Teremos
ligas sendo formadas para bater de frente com a CBF? Claro que não, pois a Fifa
precisaria reconhecer, e cá entre nós, é sabido que não interessa a mudança,
afinal basta analisar que amistosos são realizados em locais inóspitos para
interesses políticos e grana no bolso de quem não interessa.
Torço demais pela mudança,
acredito que uma hora isso venha acontecer, mas por enquanto o que posso fazer
é lamentar ter que acompanhar esse término de temporada da forma como está, mas
ao mesmo tempo me empolgar em saber que do outro lado do mundo, ainda existem
grandes clubes fazendo um espetáculo digno para os apaixonados.
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