A Copa América acabou para o Brasil. A Seleção Brasileira mais uma vez
sucumbiu. Dessa vez o adversário era o mesmo de quatro anos atrás. O Paraguai
mais uma vez estragou a festa dos brasileiros. Se a partida foi tecnicamente
ruim, com as duas equipes sem muita criação, errando passes, e arriscando
pouco, quis o destino que no fim, a classificação às semifinais viesse da forma
mais dolorida.
Hoje vão dizer que os comandados de Dunga caíram porque não tiveram
Neymar. De certa forma é óbvio que o craque faz a diferença, mas um time é
formado por conjunto e não apenas um jogador. O problema é o esquema tático,
atitude, opções de banco e por aí vai. O Brasil é definitivamente um bando e
uma vitrine para venda de jogadores. Nada contra alguns nomes que surgiram na
tal renovação cobrada, após a inesquecível goleada de 7x1 para à Alemanha,
porém se a camisa “amarelinha” não tiver o respeito de quem a comanda, esqueça
uma volta aos primeiros lugares.
Se o ano estava sendo considerado positivo pela invencibilidade, de nada
valeu com a eliminação. Para quem nãos e lembra, Dunga já temia isso. Afirmou
que de nada valeria a campanha até aquele momento, se na Copa América os
resultados não aparecessem. De um Neymar nervoso, suspenso, de trocas e
alternativas de um meia de criação, veio a decepção com mais um erro infantil
de Thiago Silva que em algum momento da vida, sonhou em ser jogador de vôlei.
Mas não vamos culpar esse que quando quer, se transforma em um zagueiro de
qualidade A verdade é que em nenhuma partida o Brasil brilhou. O time é óbvio,
sem vibração, nomes de peso e chato de se ver. Acabou o respeito pelo que um
dia foi considerada a maior potência do futebol.
De qualquer maneira não penso que fazer loucuras seja a melhor saída. Ok,
Dunga não é treinador, a comissão técnica é uma piada para muitos, mas então quem
poderia assumir e dar jeito , sabendo que a CBF sempre estará por trás nas
decisões? A melhor resposta, talvez seja, a mudança radical. Acabar com a
entidade e formar uma nova liga. Ter verdadeiros gestores de futebol assumindo
a responsabilidade, desenvolvendo o futebol interno, trazer de volta a
identidade Seleção e Povo. O período até a próxima Copa deveria ser assim e não
insistir em jogadores do exterior e sonhadores de contratos milionários.
Hoje é bem provável que a maioria dos times da Série A encarassem de igual
o time de Dunga. Mas não vamos menosprezar o Paraguai, pois temos que admitir
que se reorganizaram e voltaram a ser uma das forças do continente. Jamais desistiram e venceram com méritos na
marca da cal, após empate em 1x1. Para eles, novamente uma Argentina pela
frente e a esperança desses não acharem os gols que tanto fazem falta. Promessa
de grande jogo.
Para o Brasil resta levantar a cabeça e avaliar a tal reformulação. E
nunca é demais lembrar que muita coisa está por vir na novela Marín.
Até a próxima!
De fato a Seleção Brasileira não é mais aquela. Sua torcida não é a canarinho mais, que torcia pelo canto que ouvia em campo.
ResponderExcluirTemos muitos craques vivos ainda da Seleção de l970, tri campeã do mundo, que são nossas testemunhas do que era jogar com amor pelo país e vencer equipes fortes para se sagrar campeã. A Pátria os inspirava.
O modelo marquetizado hoje que reina no ambiente da formação e administração do torneio, é muito diferente daquele que tinha um comandante que inspirava os jogadores, respeito aos símbolos do país e vontade, garra, futebol bonito e eficiente para ganhar. Isto nos deu brilho de ser brasileiro, orgulho pelos títulos de l958, l962 e l970. De lá prá cá, entraram os cartolas que sabemos que fizeram da FIFA o Banco dos interesses, não da organização do futebol mundial. E a CBF...João Havelange, Ricardo Teixeira, Marim, agora Del Nero, o que esperar? Povo torcedor precisa abrir o bico, fazer sua cobrança.