quinta-feira, 10 de agosto de 2017

GALO AO CHEIRO VERDE - Por Rodrigo Curty

E o Brasil decepcionou mais uma vez na Copa Libertadores. Exceção ao Grêmio, que mesmo levando um susto no início para os argentinos do Godoy Cruz, virou a partida para 2x1, com gols para variar de Pedro Rocha. 
A noite poderia ser melhor para os brasileiros, só que o fantasma do "favoritismo" deu às caras. Depois da eliminação precoce do badalado Flamengo, desta vez, quem viu a "casa cair" foram outras duas agremiações tidas como as favoritas a ganharem tudo na temporada.
Pois é, quem poderia esperar que o Atlético MG fosse eliminado pelo frágil Jorge Wilstermann, da Bolívia, em pleno Mineirão? E para quem não se lembra, o time foi o primeiro na pontuação geral, ou seja, de nada valeu.
O fato é que o Galo foi cozinhado bem antes da partida. O clima, a falta de motivação, comando, sintonia time-torcida não existe há tempos na Cidade do Galo. Prova disso é o time, que no papel sem dúvida conta com um dos melhores do país, porém na prática ainda deve muito, afinal o que se viu foi uma falta de objetividade no duelo. Um gol bastava para tentar a sorte nas penalidades. Um vexame inesquecível para os atleticanos.
A ordem do presidente Daniel Nepomuceno é que o seu clube garanta vaga na Libertadores do ano que vem. Será que com Rogério Micale e sem possibilidades de reforços de peso, isso é possível? Claro que sim, basta entrar nos eixos e ter vergonha na cara. Vamos aguardar e esperar para ver se o Galo definitivamente sai da panela para não continuar sendo cozido.
Já O Palmeiras fracassou contra o "enjoado"time do Barcelona de Guayaquil, em plena Allianz Arena. O estádio estava pronto para a festa da classificação. O time de Cuca, para variar errou demais na hora da conclusão. Correu, correu, correu, levou sustos e não cansava de levantar bolas na área. 
Longe de querer criticar a escalação da equipe, uma vez que quem é responsável por isso é o treinador. De qualquer maneira, penso que Cuca se equivocou, respeitou demais e acreditava que sem um meia, um atacante de área, utilização de jogadores "cascudos" e apenas forçar a pressão na base de toques rápidos e chuveirinhos, chegaria a vitória com a diferença mínima de dois gols.  
O Palmeiras provou ser uma equipe normal, sem brilho e um verdadeiro "bando" sem identidade, sem um líder, sem um cara que chama o jogo e resolve. Mesmo em má fase, o jogo era para Borja, Michel Bastos ou Zé Roberto. Pelo menos um entrou e deu conta do recado. O "homem" da confiança de Cuca, Moisés que aos cinco minutos da segunda etapa fez o gol que trouxe a esperança da classificação.
Então pergunto: Se o jogador estivesse desde o início em campo, o time resolvia a partida? Mesmo sem condições, não era melhor arriscar desde cedo e depois se necessário o substituir para manter o placar necessário? O "se" não entra em campo, mas a chance era grande.
Daí para frente o que se viu foi uma correria desenfreada. Os espaços de sobra para o time equatoriano jogar, a trave salvando e um erro da arbitragem ao não marcar um pênalti claro para o visitante. Viu-se também o belo chute de Keno no travessão e por fim, o apito final para a dramática, lírica e patética decisão na marca da cal.
E se para muitos esse tipo de decisão é loteria, eu prefiro acreditar em competência. Infelizmente um time tem que sair derrotado. O nervosismo e a ansiedade se fizeram presentes nas cobranças de Bruno Henrique (bom que se diga que o goleiro Banguera se adiantou muito) e na derradeira do lateral-esquerdo Egídio fechando em 4x5.

Fim de um sonho, de um planejamento e de investimentos catastróficos. Início de uma cobrança por melhores dias, permanência ou saída de jogadores. Resta o Brasileirão, e convenhamos, esse "cheirinho verde" está bem longe de ser sentido no final do ano.
Até a próxima!
 

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